A Samsung meteu-se numa grande alhada com o Galaxy S7. Porquê? Porque corrigiu – e bem – quase todos os erros que tinham sido apontados no modelo topo de gama anterior. O maior elogio que a marca pode receber é esse mesmo, o de ter ouvido os consumidores e ter feito algo nesse sentido. A questão é que agora sobra pouca margem de evolução direta – e isso obrigará a Samsung a descobrir novos caminhos para espantar os consumidores num futura versão.
O Galaxy S7 é um equipamento poderoso e sem grandes falhas a apontar. Tem um apelo estético muito bom, tem um ecrã de alta qualidade e com cores muito fortes – ainda que eu prefira o do Xperia Z5 Premium – e tem aquela que é a melhor câmara que já experimentei num smartphone. O sensor pode ser ‘apenas’ de 12 megapíxeis, mas é sobretudo nos cenários com menor luminosidade que vemos toda a sua capacidade.
Se tivesse de escolher um smartphone para jogar, o Galaxy S7 certamente apareceria no primeiro lugar da minha lista. Graças à otimização que a Samsung fez não só no hardware, mas também no software, agora os títulos executam de forma muito suave. Do lado do software ainda há elementos que a Samsung pode melhorar ao nível da personalização, mas comparativamente aos últimos anos, houve uma grande evolução por parte da empresa.
Por outro lado o Galaxy S7 é um dispositivo que está constantemente sujo e cheio de impressões digitais, o que não contrasta bem com o requinte do seu visual.
Um outro aspeto negativo a apontar é o facto de ter uma autonomia razoável – dá para um dia, mas pouco mais do que isso. A tecnológica sul-coreana reforçou esta questão no Galaxy S7 Edge, mas não foi esse o modelo que testámos.
O preço de 730 euros não o coloca ao alcance de qualquer um. Mas estamos a falar daquele que é um dos melhores smartphones do ecossistema Android. Daqui a três anos ainda terá um bom smartphone de certeza e não deverá ser muito diferente dos que forem lançados na altura: é que perante tamanha capacidade de aprimoramento, as tecnológicas estão a ficar com a margem reduzida para fazerem grandes saltos tecnológicos.