Os smartphones vieram roubar clientes às máquinas fotográficas compactas por isso as empresas tomaram a decisão óbvia: começaram a criar equipamentos cada vez mais potentes e cheios de qualidade para mostrar quem manda. A Panasonic foi uma das marcas que melhor soube evoluir neste segmento e a Lumix TZ100 é disso exemplo.
Pegou em algumas das suas melhores tecnologias e colocou-as num corpo de metal bem construído e visualmente apelativo. Sensor MOS de uma polegada que produz imagens de 20,1 megapíxeis, lente Leica e objetiva com zoom ótico até 10 vezes, visor eletrónico de alta qualidade, ecrã de três polegadas sensível ao toque, anel para focagem manual e ainda vários modos de criação em 4K, incluindo o post-focus.
Esta funcionalidade é particularmente interessante. O que a câmara faz é captar a mesma imagem várias vezes, mas alterando o ponto de focagem. O utilizador depois só tem de escolher qual a sua abordagem preferida na fotografia – mas atenção, como este é um modo de fotografia em 4K, a resolução das imagens baixa para os 8,3 megapíxeis.
Relembramos: todas estas características integradas num corpo pequeno e fácil de transportar.
Em termos de experiência de utilização isso significa que imediatamente no momento em que ligar a câmara pode começar a tirar fotografias de grande qualidade. O recorte e a definição dos elementos são dois aspetos que caracterizam as fotografias da Lumix TZ100, mas também agradou o facto de conseguir reproduzir cores fiéis e não exageradas da realidade.
A dinâmica de contrastes é um dos outros pontos fortes desta câmara, assim como a categoria de vídeo – todos os elementos que são relativos à fotografia em termos de qualidade de imagem também se aplicam ao vídeo. Tem inclusive a hipótese de filmar em 4K, um elemento que sendo mais comum, continua a ser de valor numa máquina compacta. Aliando isto aos cinco eixos de estabilização de imagem e terá aqui um gadget muito capaz para pequenas produções.
A TZ100 apresenta uma abertura máxima de f/2.8-5.9, o que acaba por ser generoso numa compacta. Já na área do ISO pode ir até aos 12.800, um valor que permite à câmara adaptar-se bem a ambientes de baixa luminosidade ou até com luz artificial. Um dos aspetos que mais gostámos foi o facto de as fotografias não apresentarem muito ruído quando são tiradas em ambientes escuros, algo que justifica-se também pelo sensor maior em comparação com a Lumix LX100 e de outras câmaras compactas de outras marcas.
Tem ainda à sua disposição vários botões que lhe permitem controlar os parâmetros manuais da fotografia. Se por um lado é positivo, pois permite um maior controlo da criação, por outro lado pode ser negativo pois pode representar uma curva de aprendizagem acentuada para o utilizador. E quem procura um equipamento assim vem à procura de simplicidade.
Para câmara compacta a TZ100 apresenta um zoom ótico de 10x bastante generoso e que por ser ótico não prejudica a qualidade geral das fotografias – se fosse digital a história seria outra. Ficam aqui alguns exemplos de imagens captadas com a Panasonic Lumix TZ100:
Temos acima de tudo apontado bons aspetos na câmara da Panasonic pois de facto é um equipamento de grande qualidade e que pode surpreender aqueles que se deixam enganar pelas aparências. Mas a qualidade paga-se e se quiser ter a da TZ100 terá de investir cerca de 700 euros.
Por este valor esperávamos, por exemplo, um viewfinder um pouco mais generoso no tamanho já que a qualidade está lá, e também pedíamos um ecrã que não fosse fixo. Para quem procura um pouco mais de criatividade e sobretudo neste segmento, parece-nos essencial permitir que o utilizador possa ter um ecrã amovível.
Já na questão do NFC damos a mão à palmatória – a norma de comunicação sem fios não marca presença neste modelo da Panasonic e a verdade é que também não sentimos a sua falta pois a partir do momento em que existe Wi-Fi, não há grande necessidade para outros sistemas. Mas é sempre justo invocar a questão do preço: por 700 euros o NFC bem que podia fazer parte do pacote.