Hoje vimos o futuro, mais propriamente o ano de 2038, e podemos revelar que a tecnologia vai continuar a evoluir de forma avassaladora. Vai evoluir a um ponto que vai ser normal ter televisões no frigorífico, a polícia vai usar drones para conseguir acesso a zonas de conflito e vai ser completamente normal viver lado a lado com robôs humanoides a que vamos chamar “andróide”.
Mas há mais, 2038 é também o ano que marca o começo de uma rebelião pró-andróide. Alguns dos robôs humanoides, cansados de serem controlados pelo Homem, começam um movimento de forma a terem controlo das suas “vidas”. Os confrontos são inevitáveis.
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Tudo isto parece saído de um filme de ficção científica, mas não… Na verdade são pedaços retirados do que já é conhecido da narrativa de Detroit: Become Human. O novo título produzido pela Quantic Dream em exclusivo para a PlayStation 4 chega ao mercado no dia de 25 de Maio. Prepare-se, o futuro vai estar nas suas mãos.
Ao estilo de Hollywood
Não é algo novo no universo dos videojogos, temos exemplos como God of War, Last of Us ou mesmo a saga Uncharted que provam que as narrativas de topo já não são um exclusivo do cinema. O aspeto gráfico dos jogos tem evoluído nos últimos anos, mas a indústria não se ficou por aí e cada vez mais é normal ter histórias que nos fazem ficar agarrados ao ecrã tal como ficaríamos ao assistir a uma grande produção de Hollywood.
Por detrás de cada título existe uma equipa de produção, esta equipa tem cada vez mais um papel de storyteller. O público está mais exigente e não ficam felizes só com bons gráficos e uma jogabilidade fluida, querem também uma narrativa envolvente e personagens fortes, com carisma e que acrescentem algo ao decorrer do jogo… Algo que os faça querer ver a história até ao fim.
Detroit: Become Human tem um pouco de tudo, uma narrativa que promete deixar-nos agarrados ao ecrã e personagens fortes, ora veja:
Arrepiado? O que acabou de ver foi apresentado pela Quantic Dream e por David Cage em 2012 na Game Developers Conference como sendo um Tech Demo que corria em PlayStation 3 e não fazendo parte de qualquer jogo em desenvolvimento naquela data.
Hoje, 6 anos depois, sabemos que Kara, a andróide que queria viver, é uma das personagens de Detroit: Become Human. Juntamente com Markus e Connor, Kara faz com que o novo título exclusivo para Playstation 4 seja um dos mais aguardados do ano. Mas quem são estes robôs humanoides? Fique agora a conhecer um pouco de cada uma destas personagens:
Markus RK200 – é um andróide que pertence a Carl Manfred, um famoso pintor que perdeu a capacidade de andar. Markus sempre foi tratado como um humano, Carl sempre lhe transmitiu bons valores, ensinou-o a pintar e fez-lhe perceber o que é verdadeiramente importante na vida. Com tudo isto, Markus transformou-se num ser leal, corajoso e destemido, sempre disposto a lutar por uma causa. E agora numa guerra tantas vezes desigual luta para libertar os restantes andróides, aqueles que ainda são tratados como uma mercadoria.
Connor RK800 – Trabalha com a polícia e a sua especialidade é seguir o rasto a andróides que se deixaram levar para o mundo do crime. Connor é um andróide tecnicamente evoluído e bastante focado na sua missão. Com os primeiros casos de comportamentos anormais por parte de andróides a CyberLife, empresa responsável pelo fabrico e distribuição destes robôs, colocou Connor lado a lado com o tenente Hank da polícia de Detroit, um detetive que não é muito fã de andróides. Connor terá fazer o seu melhor para conseguir descobrir o que está a acontecer na cidade de Detroit.
Kara AX400 – Desde o momento em que foi construída, Kara sempre desejou liberdade. Foi adquirida por Todd William, um taxista com uma personalidade perigosa e imprevisível. Como vimos no vídeo anterior, Kara está programada para falar trezentos idiomas diferentes, cozinhar e cuidar de crianças. Como também vimos, Kara não é um andróide normal e talvez seja por isso que cansada de testemunhar os maus tratos de Todd à própria filha decide tentar resgatar a jovem rapariga, embarcando assim numa aventura recheada de decisões complicadas.
No decorrer da narrativa vai poder controlar o destino de cada uma destas personagens, sendo que as escolhas que fizer durante o jogo podem significar desfechos diferentes. E tudo isto em português de Portugal, Victória Guerra dá a voz a Kara, José Mata a Connor e Diogo Morgado será a voz de Markus na versão portuguesa de Detroit: Become Human que foi apresentada oficialmente em Lisboa no passado dia 12 de Abril. Em relação ao realismo do jogo, José Mata traçou uma meta bastante elevada: “é impressionante, eu nunca tinha jogado nada tão real, parece um filme” disse.
Fase Gold e um pequeno presente
No dia 23 de abril Detroit: Become Human entrou na fase Gold, querendo isto dizer que o desenvolvimento do título está terminado. Como forma de festejar o alcance de uma das mais importantes metas na indústria a Quantic Dream, responsáveis por jogos como Heavy Rain e Beyond: Two Souls, anunciou a disponibilização de um demo jogável da primeira cena do novo título exclusivo para as consolas da Sony. A cena intitulada “Hostage” dá-nos 10-15 minutos de jogabilidade e acaba por aguçar o apetite para o lançamento do jogo, mostrando-nos também o quão complexo é este novo título.
Se 10-15 minutos parece pouco tempo, fique a saber que pode repetir a cena quantas vezes quiser de forma a explorar todas as opções disponíveis no decorrer da narrativa. Por aqui repetimos a cena três vezes e em todas elas chegámos a finais diferentes mas com uma carga emocional muito forte.
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Segundo Guillaume de Fondaumiere (Co-CEO- Executive Producer) e Sophie Buhl (Production Director) “o destino do Connor, Kara e Markus e de todos os outros personagens está nas vossas mãos. Através das vossas ações e decisões, terão a oportunidade de se tornarem no escritor, diretor e no principal protagonista da narrativa com mais ramificações que alguma vez criámos.”
Enquanto não pode guiar o destino destas personagens fique com mais uns segundos de Detroit: Become Human numa cena B-Roll disponibilizada pela PlayStation Portugal.