O novo LG OLED W7 é de outro campeonato

Se tiver a oportunidade de contemplar durante alguns minutos o novo televisor topíssimo de gama da LG, o mais provável é querer mandar o seu velho televisor pela janela fora quando chegar a casa. Depois de ver aquele que é um dos expoentes máximos no segmento dos ‘grandes ecrãs’, pode de facto tornar-se difícil aceitar tudo o que seja de qualidade inferior.

Pelo menos até saber o preço do novo equipamento de assinatura da LG: o OLED W7, também conhecido como o TV que se ‘cola’ à parede de tão fino que é, vai custar perto de 8.500 euros na versão de 65 polegadas. Se quiser toda a qualidade que o OLED W7 garante, mas num formato ainda maior, de 75 polegadas, então o investimento vai rondar os 19 mil euros.


Não, este não é um televisor para todas as carteiras. Mas como ‘olhar ainda não paga imposto’, foi isso que fizemos durante a apresentação da nova gama de televisores topo de gama da LG para o mercado português.

O LG OLED W7 é o líder desta nova ‘matilha’ que está a chegar ao mercado. O mais acessível dos televisores hoje apresentado, o modelo OLED B7V, custa 2.500 euros e acaba por não ficar a dever muito ao OLED W7 em termos de qualidade de imagem.

A diferenciação do OLED W7 para os restantes modelos topo de gama da LG está acima de tudo no design. O televisor apresenta-se com um aspeto que recebe a designação de Picture-in-Wall. Isto acontece pois o perfil do televisor é tão fino que parece de facto que alguém imprimiu uma fotografia de grandes proporções e colou-a à parede.

Em conjunto com o suporte magnético que agarra o televisor, o OLED W7 mede menos de quatro milímetros de espessura. O impacto visual neste modo é por isso quase nulo. Caso opte por utilizar o televisor fora da parede e num suporte, então o tamanho amplo e o corpo finíssimo dão a sensação de que o televisor está a levitar.

Um aspeto positivo que a LG vai garantir e está a negociar com os retalhistas: sempre que alguém comprar o OLED W7, a instalação do televisor em casa do comprador vai ser feita por uma equipa devidamente treinada para o efeito. Desta forma ficará sempre a certeza de que o equipamento foi instalado dentro das melhores condições possíveis.

Num ponto de vista mais técnico, a componente de som é garantida por uma barra exterior que é também ela muito cuidada no aspeto visual: o design com múltiplas linhas metalizadas ajuda a conferir um sentido de equilíbrio à ‘dupla’ que o sistema de som forma com o televisor. Sempre que o OLED W7 é ligado, abrem-se duas tampas nas extremidades da coluna que fazem sair outras duas pequenas colunas.

Pelas demonstrações que foram feitas no showroom da LG, este sistema de som garante uma qualidade muito acima da média e o objetivo é que consiga replicar um ambiente cinemático ao utilizador. Tanto o televisor como o sistema de som suportam o formato Dolby Atmos, o mesmo que é usado em muitos dos filmes blockbuster que dominam as salas de cinema profissionais.

No caso do televisor propriamente dito, o suporte do formato Dolby Atmos traduz-se ainda no suporte de conteúdos 4K e em todos os standards de High Dynamic Range que estão disponíveis no mercado. Se o ecrã OLED por si só já é capaz de garantir cores vibrantes, muito saturadas e cheias de contraste, com a ajuda do HDR os resultados ficam ainda mais soberbos.

Olhar para o OLED W7 é como olhar para uma tela viva – a LG incluiu inclusive alguns modos screensaver que podem ser ativados não está a ver a emissão de televisão. O facto de os pretos serem mais profundos nos ecrãs OLED ajuda a criar imagens mais realistas, pelo que as molduras de madeira que vê nas imagens acima são na realidade parte de uma fotografia.

A imagem garantida pelo OLED W7 é super-nítida e quase imaculada no que diz respeito aos detalhes – desde que os conteúdos puxem de facto por esta qualidade.

Podíamos continuar a percorrer uma vasta lista de elogios que podem e devem ser feitos à qualidade de imagem garantida pelo LG OLED W7. Mas o melhor mesmo é ver para crer, pois a LG mistura aqui tecnologias muito avançadas – de construção, de imagem e de suporte de software – para garantir resultados de encher o olho.

O LG OLED W7 já vem equipado com o webOS 3.5, a mais recente versão do sistema operativo para televisores, e pela curta experiência que tivemos o software pareceu-nos bastante fluído. Gostámos também do facto de o comando deste televisor – e dos restantes quatro modelos que compõem a gama OLED 4K da LG – ter dois botões dedicados para o Netflix e para o Amazon Prime Video. Continua a faltar é uma melhor segmentação dos conteúdos pela tipologia de tecnologia que suportam: se quiser encontrar um conteúdo em Dolby Atmos no catálogo do Netflix, por exemplo, terá de procurar série a série.

Estas foram as muito boas impressões que ficaram de um primeiro contacto com o LG OLED W7, provavelmente um dos melhores televisores que o dinheiro pode comprar. A grande contrapartida do equipamento é justamente o valor pedido pela fabricante sul-coreana, mas pelo menos sabe que está a levar para casa o estado-da-arte no que diz respeito ao segmento dos televisores OLED.

A LG continua, por agora, sozinha no mercado dos televisores OLED 4K. A Sony também vai ter um modelo, o Bravia OLED, que tem estreia marcada para abril. Já a Samsung decidiu apostar numa nova tecnologia de ecrã, o QLED, que tenta aproximar os televisores da marca dos painéis OLED da concorrência, mas que acabam por não ser puros OLED.

Rui da Rocha Ferreira: Fã incondicional do Movimento 37 do AlphaGo.
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