“Oh olha, existe outro Mark Zuckerberg, não fazia ideia!”, disse Mark Zuckerberg para si próprio. Mal sabia o que lhe esperava uns anos mais à frente.
Mark Zuckerberg é um advogado norte-americano de 54 anos que, como já deu para perceber, partilha o mesmo nome do cofundador e diretor executivo do Facebook – Mark Zuckerberg.
A exclamação de ter encontrado outro Mark Zuckerberg aconteceu há 20 anos. Na altura o advogado teria os seus 34 anos e Zuckerberg teria os seus 12. “Todos, penso eu, pesquisam o seu próprio nome no Google para ver o que aparece. Eu encontrei outro Mark Zuckerberg e lá estava uma fotografia dele sentado numa cama”.
Se à partida pode parecer interessante partilhar o mesmo nome de um dos homens mais influentes, empreendedores e ricos do mundo, rapidamente Mark Zuckerberg veio a descobrir que na realidade não é bem assim.
A história é contada na íntegra pela publicação Backchannel.
Dores de cabeça e regalias
Todos os dias o Mark Zuckerberg-advogado recebe cerca de 100 novos pedidos de amizade. A grande exposição do seu nome também lhe traz algumas atividades indesejadas como cinco a seis tentativas de acesso indevidas à sua conta de Facebook.
A isto junta-se o facto de estar constantemente a receber chamadas e SMS de estranhos que pensam que ele é o Mark Zuckerberg ‘verdadeiro’.
No ano passado circularam publicações no Facebook que diziam que o fundador da rede social iria dar 4,5 milhões de dólares a um utilizador aleatório da rede social. Nessa altura Mark Zuckerberg foi inundado com centenas e centenas de emails, recorda à publicação.
O norte-americano lembra até um episódio em que um perfeito desconhecido conseguiu o seu número e ligou-lhe às três da manhã para tentar explicar como o seu filho era merecedor do dinheiro que o patrão do Facebook estava alegadamente a oferecer.
“Não sou a pessoa certa. Eu sou o Mark Zuckerberg pobre”, disse o advogado na altura.
Mark Zuckerberg também teve um processo dificultado de registo no Facebook. Em 2009, quando decidiu criar a conta para poder estar em contacto com a família e amigos, teve de enviar uma cópia da carta de condução e outra do certificado de nascimento para provar que não era um impostor.
Em 2011 atingiu talvez aquele que foi o momento mais alto da sua ‘fama’. O Facebook bloqueou a sua conta por engano e os meios de comunicação da especialidade garantiram que o telefone de Mark Zuckerberg não parava de tocar. Repórteres de todo o mundo ligaram-lhe para falar sobre o facto de partilhar o nome com o cofundador da maior rede social do mundo.
Com o passar dos anos Mark Zuckerberg acabou por desenvolver um sentido de humor mais apurado e agora olha para trás com descontração. “Quando cresci todos me chamavam Mark Zuckerman, porque Zuckerman era um sobrenome mais comum. Um dos benefícios é que agora as pessoas sabem dizer o meu nome direito”.
Para evitar ainda mais confusões, Mark Zuckerberg opta por usar outro nome quando tem de fazer uma reserva num restaurante ou está a planear uma viagem de avião.
Ainda que as diferenças entre os dois Zuckerberg sejam notórias, a verdade é que acabam por partilhar algumas semelhanças, como o cabelo encaracolado e a ascendência judaica.
E como nem tudo pode ser negativo, o advogado criou a página iammarkzuckerberg.com para promover-se a si e ao seu negócio.