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Horizon: Zero Dawn, vida selvagem

Agora que a E3, o maior evento de videojogos do mundo, já vai longe, esta parece a altura ideal para falar de um jogo em particular. Horizon: Zero Dawn, da Guerrila Games. E nem sequer foi o revelar de uma nova propriedade intelectual, pois o jogo foi introduzido ao mundo na E3 2015.

Mas foi no evento deste ano que foi possível conhecer um pouco mais sobre o jogo e um pouco mais da sua jogabilidade. A demo mostrada durante a apresentação da Sony tem uma grande probabilidade de prender a atenção de todos os que gostam de jogos ação.

Se assistiu a todo o trailer pode ter reparado que este é um jogo feito de pormenores. A forma como tem de derrubar os inimigos, conjugar fraquezas na defesa com força no ataque, como os recursos são uma parte importante da ação ou até como é possível usar partes dos dinossauros para mais rapidamente derrotá-los.

Do ponto de vista da jogabilidade há tudo a que um jogador tem direito: momentos stealth, momentos de grande agitação, inimigos pequenos, inimigos gigantes, preparação de armadilhas, possibilidade de ‘piratear’ os animais-robô e usá-los para benefício próprio…. you name it.



O jogo acaba por ser também uma nova experiência para a Guerrila Games, sendo esta a sua primeira nova IP desde 2004, altura em que começou a desenvolver os jogos da franquia Killzone. Existem vários traços clássicos de um role playing game (RPG) como o facto de haver missões paralelas, haver uma evolução da personagem e de a história não ser linear, podendo ser definido com base em opções de diálogo.

Horizon: Zero Dawn é também um dos títulos que se junta ao segmento dos jogos de mundo aberto – de acordo com o estúdio responsável, tudo o que vê nas imagens pode ser alcançado. E para manter o interesse neste mundo diversificado, onde o homem e as máquinas colidem, há quase sempre elementos para explorar. Sejam eles encontros com animais, seja uma mais simples recolha de flores ou outras matérias-primas que serão essenciais ao longo da aventura.

Apesar de não apresentar o mais polido dos aspetos, Horizon: Zero Dawn está a posicionar-se como um jogo bastante ambicioso do ponto de vista gráfico. A mistura de eletrónica-natureza-homem das cavernas confere ao jogo um visual diferente.

A própria Guerrilla Games já admitiu à publicação GameSpot que o adiamento do jogo para 1 de março de 2017, quando ficar disponível para a PlayStation 4, está relacionado com essa mesma necessidade de polir mais o título.

O nosso futuro é o passado dela

Ainda não se sabe muito sobre a história de Horizon: Zero Dawn. A Guerrila Games tem mantido as cordas apertadas em torno da trama e parece mostrar apenas o suficiente para despertar o interesse nos jogadores.

Sabemos que a aventura decorre num futuro posterior à nossa realidade. Mais propriamente, daqui a mil anos. No primeiro de todos os trailers foi mostrado um planeta Terra cheio de grandes cidades, compostas por arranha-céus. Um evento misterioso lançou o mundo nas trevas e a partir daí a Natureza decidiu recuperar muito do que já foi seu.

As cidades desapareceram com o tempo, com plantas e animais mecatrónicos a tomarem conta do espaço. A Terra foi lançada outra vez para a Idade da Pedra, mas ainda existem elementos tecnológicos à solta.

Horizon: Zero Dawn Horizon: Zero Dawn Horizon: Zero Dawn Horizon: Zero Dawn Horizon: Zero Dawn Horizon: Zero Dawn

No jogo vamos assumir a posição de Aloy, elemento de uma das tribos que existe no mundo de Horizon: Zero Dawn. A sua missão pode parecer cliché: tentar descobrir o que há para além dos limites da tribo, descobrir o mundo antigo. Mas certamente que há pormenores mais do que suficientes para tornar tudo mais apelativo – afinal, como foram criados aqueles animais-máquinas? E que ‘doença’ é aquela que está a contaminar as criaturas?

Num dos trailers Aloy caracteriza um dos robôs que acaba de derrubar como uma máquina muito antiga. Ou seja, o jogo deixa-nos com vários saltos lógicos, cabendo ao jogador descobrir o que se passou entre estes períodos.

Parece haver um apelo inegável neste mundo-puzzle: ao descobrirmos a história que está para trás no tempo de Aloy não estaremos a espreitar um pouco do nosso próprio futuro?