Em 2013 o Facebook inaugurou o seu primeiro centro de dados fora dos EUA. Escolheu a cidade de Luleå, no norte da Suécia, como local para o empreendimento. Certamente que não foi o bom tempo que levou a esta escolha por parte de Mark Zuckerberg, mas a meteorologia teve um peso importante na decisão.
É que Luleå fica apenas a 112 quilómetro do Círculo Polar Ártico, querendo dizer que estão sujeitos a algumas das temperaturas mais baixas que existem no planeta. Durante o inverno os cerca de 70 mil habitantes da cidade sueca têm de enfrentar temperaturas mínimas de 30 graus negativos.
O que pode parecer um local pouco convidativo é na realidade um ‘paraíso’ para o estabelecimento de um centro de dados. Com um sistema de turbinas gigantes o Facebook consegue usar o ar gélido para arrefecer de maneira natural o seu centro de dados. Desta forma existe uma grande poupança no consumo energético.
A tecnológica estabeleceu ainda centrais hidroelétricas perto do rio que existe na cidade e é de lá que ‘puxa’ a restante energia renovável que alimenta o centro de dados.
Os centro de dados são por norma locais bastante secretos e com níveis de segurança elevados. Afinal, é por este centro de dados que podem passar parte das conversações que tem com os seus amigos no Facebook.
Zuckerberg decidiu abrir a porta do seu data center ártico através de uma partilha de várias fotografias de encher o olho.
Alguns factos a ter em conta: o centro de Luleå tem um tamanho equivalente a seis campos de futebol; os corredores dentro do edifício são tão grandes que os funcionários deslocam-se de scooters; uma avaria num servidor é retificada em apenas dois minutos; trabalham um total de 150 funcionários no complexo; o data center está pensado por forma a ser necessário apenas um funcionário por cada 25 mil servidores.