Foi num dos dias de mais calor dos últimos tempos em Lisboa que, antes de pormos as nossas mãos ansiosas no novo Marvel’s Spider-Man, João Lopes, Diretor de RP da Sony Playstation Portugal, nos presentou com uma breve apresentação deste jogo.
Depois da rápida e calorosa recepção a uma plateia com muitos rostos familiares e alguns novos, João Lopes rapidamente deu o seu lugar a Jon Paquette, o atual escritor principal por detrás do Marvel’s Spider-Man, publicado pela Insomniac Games. Jon Paquette explicou com entusiasmo o que deveríamos esperar deste novo videojogo baseado no nosso adolescente e desajeitado aracnídeo da Marvel.
Siga o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram
Como já se percebeu em lançamentos anteriores (por exemplo, Ratchet and Clank), a Insomniac Games adota também uma abordagem muito ambiciosa no lançamento deste novo jogo apresentando-nos uma história completamente nova mas mantendo as personagens que todos conhecemos enquanto, em simultâneo, lhes confere uma atraente “cara lavada”. Jon Paquette revelou que iremos acompanhar o jovem adulto Peter Parker quase uma década após se ter formado e que, embora vejamos um Peter Parker mais maduro, a sua caraterística faceta mais jovial e descontraída continua presente.
Após acabar o curso, o jovem herói Nova-Iorquino começa a trabalhar como cientista no laboratório, tentando equilibrar esta nova faceta com o seu tempo como super-herói. Jon Paquette referiu que, durante o desenvolvimento do jogo, a sua equipa se reuniu com a Marvel e juntos decidiram que o melhor Spider-Man surge quando os mundos de Peter Parker e de Spider-Man se cruzam sendo que este momento de conflito paralelo é evidente nos primeiros minutos de jogo.
No decorrer deste jogo iremos enfrentar muitos desafios, lutando contra bandidos, gangsters e, claro, vilões já conhecidos, como aliás foi visto durante a demonstração do mesmo na E3 2018. Nesta última, vemos Spider-Man rodeado dos Sinister Six, aparentemente sob as ordens do Mister Negative e, quando o nosso herói é derrubado, uma figura misteriosa aparece fechando a cena com umas últimas palavras proferidas num suspiro “Espera… tu?!”.
Jon Paquette partilhou também, durante esta apresentação, que não só jogaremos enquanto Spider-Man mas teremos a oportunidade de jogar como Peter Parker no seu dia-a-dia enquanto cientista e ajudá-lo a ultrapassar os obstáculos no trabalho e na sua vida quotidiana. E como não podia deixar de ser, MJ está presente no jogo, não apenas enquanto NPC (non-playable character), mas como personagem jogável (sugerido, aliás, em trailers anteriores), o que reflete a flexibilidade do estúdio na criação de novas maneiras de envolver o jogador – não apenas a combater o crime, mas também ao ser capaz de ver o mundo do nosso protagonista através dos olhos de MJ.
Jogabilidade
Ao nível da jogabilidade, a Insomniac conseguiu dominar um ponto-chave no desenvolvimento deste título: o web-sling pelos prédios de Manhattan ao longo da rica e intensa cidade de Nova Iorque. O web-sling foi extremamente bem compreendido pela Insomniac. Tanto que, ao invés de lidar com mobs ou ir diretamente ao objetivo principal, acabei por me perder num jogo de “correntes” pelas ruas, enquanto simultaneamente ouvia os ruídos típicos de uma metrópole. Na minha opinião esta mecânica é terapêutica, e acredito que esta opinião será partilhada pela grande maioria dos jogadores.
Existem vários eventos a acontecer simultaneamente no mapa, onde o jogador ganha créditos para gastar na atualização do seu equipamento ou, melhor ainda para os fãs, para percorrerem a cidade e desbloquearem torres a fim de visitar os edifícios mais emblemáticos e outras referências da Marvel. No mundo aberto de Manhattan, como acontece com outros títulos, existem várias missões secundárias, torres de controlo que desbloqueiam outras partes do mapa e que, embora não sejam obrigatórias, ajudam a personagem a reunir os pontos e materiais necessários para adquirir novas habilidades e melhor enfrentar os inimigos. Apesar de não serem mecânicas novas, foram bem esculpidas pelo estúdio para refletir a personalidade de Peter Parker e o seu amor pelos gadgets.
Durante o jogo, depois de lutas poderosas e loucas, entramos na vida diária de Peter Parker e no seu trabalho como cientista, completando pequenos quebra-cabeças e desafios que permitem ao jogador relaxar depois de situações intensas.
Siga o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram
Em termos de mecânica de combate, os developers conseguiram polir o que já vimos anteriormente noutros títulos. Saltos, pontapés e esquivas simplesmente funcionam e é isso que queremos ver num jogo como este. Os developers não tentaram reinventar um novo sistema de luta, pois todos sabemos que nosso protagonista não faz o tipo de “abordagem direta”. Ao invés, ele é inesperado, rápido e inventivo.
Durante o desenvolvimento da mecânica de combate, o estúdio conseguiu, com grande sucesso, introduzir uma experiência sólida numa personagem tão dinâmica e fluída como o Spider-Man, e é ótimo. Tal como acontece em jogos como este, podemos escolher a nossa abordagem sobre como enfrentar determinadas situações: se o jogador está confiante e quer atravessar uma grande porta e ficar rodeado de inimigos, pode fazê-lo; mas se preferir uma abordagem mais tática e furtiva, construíndo o seu caminho através de outras soluções, a escolha é sua. Como mencionei antes, isto não é novidade, mas bom… ninguém está a reclamar!
Por fim…
Em termos de visuais, admito que fiquei boquiaberto! O novo fato do Spider-Man parece incrível e o nível de detalhe é excelente, o que irá agradar tanto jogadores antigos como novos. Durante esta apresentação e depois de experimentarmos este jogo, sabemos exatamente como é que o Spider-Man obteve este novo fato que é mostrado nos trailers do jogo, mas não vos queremos estragar essa experiência!
Marvel’s Spider-Man estará disponível no dia 7 de setembro em exclusivo para a PlayStation 4 e eu sei que já estou a contar os dias para o poder jogar!
NR.: Artigo original em Inglês escrito por Clive Castro e traduzido para Português por Ana Morais