O município de Miranda do Corvo recebeu este fim de semana a sua primeira corrida de drones. O evento juntou 35 pilotos de várias zonas do país e para Carlos Correia, criador do projeto Portugal Drone Race e organizador, este pode muito bem ter sido o pontapé de saída para um campeonato nacional de corridas de drones.
Numa entrevista telefónica com o FUTURE BEHIND, Carlos Correia disse que o número de participantes foi melhor do que o esperado. “Superou sem dúvida as expectativas, fiquei surpreso”.
O número total de inscrições para a Miranda do Corvo Drone Race chegou perto das 70 pessoas, mas o organizador explicou que muitos eram jovens com drones não talhados para esta tipologia de prova.
“Para um primeiro evento conseguimos juntar muitas pessoas do FVP [uma modalidade de corrida de drones caracterizada pela vista ‘na primeira pessoa’ que o piloto tem da aeronave]”.
Mas não só. O organizador da corrida adiantou ainda que ao longo do dia terão passado pelo estádio municipal de Miranda do Corvo cerca de 500 pessoas para ver as provas.
A localização para o evento acabou por não ser escolhida, mas antes disponibilizada. O estádio municipal, que recebe jogos de futebol e também de cricket, teve assim a sua estreia numa corrida de drones, por apoio da autarquia local.
Apesar dos bons indicadores, Carlos Correia explica que ainda “há muita coisa a melhorar, foi uma prova de experiência para vermos como corria”. O reforço da equipa de organização é um dos passos a concretizar.
Nesta primeira prova organizada pela Portugal Drone Race os prémios foram atribuídos em ‘géneros’ – equipamentos para as corridas de drones -, mas o mentor do evento considera que a questão dos prémios será importante para a definição do futuro da modalidade em Portugal.
Não é por isso de estranhar que o maior grande prémio de corrida de drones até ao momento foi organizado no Dubai, tendo o vencedor, um jovem de 15 anos, levado para casa um milhão de dólares.
O objetivo da Portugal Drone Race agora passa por marcar presença em mais eventos da área – como a iDrone Experiencie em Braga já no final do mês ou o festival aérea que Lisboa vai receber em julho – e tentar organizar mais corridas em diferentes regiões portuguesas.
“Despertamos o espírito da competição para a corrida de drones”, considera Carlos Correia.