D-Link Omna

D-Link Omna: Foi pensada para ser o iPhone das câmaras de vigilância, o que tem o seu lado bom e mau

A D-Link veio a Portugal mostrar a Omna, o seu mais recente produto no segmento da Internet das Coisas e a primeira câmara de videovigilância que tem integração de vídeo com a plataforma HomeKit do iOS. A tecnológica diz ter trabalhado de perto com a Apple no desenvolvimento deste produto e o resultado está à vista.

Como gadget de consumo a Omna cumpre os tradicionais requisitos que conhecemos de um equipamento Apple: está bem trabalhado ao nível do design, tem um interface de utilização simples e uma curva de aprendizagem relativamente reduzida para a sua utilização.

Vimos a D-Link Omna em ação e daquilo que foi mostrado a câmara parece de facto apresentar um conjunto de características interessantes e que podem chamar a atenção até dos consumidores que ainda não se renderam à ideia das ‘casas inteligentes’.




Segundo um estudo conduzido pela própria D-Link, a segurança é o principal motivo apontado pelos utilizadores quando questionados sobre a razão de compra de equipamentos de domótica. Só depois é que vem a questão da automação, como explicou o diretor de vendas para a Europa do sul, Luigi Salmoiraghi, em conferência de imprensa.

A câmara Omna produz vídeo de qualidade Full HD que permite identificar perfeitamente todos os elementos que estão a ser gravados – não resultando em gravações de baixa qualidade que depois não permitem perceber muito bem quem está a fazer o quê. A D-Link Omna vem equipada com uma lente de grande angular de 180º, querendo isto dizer que consegue captar um campo de visão bastante abrangente. Neste aspeto e pelas primeiras impressões, a câmara deixou bons indicadores.

Há outras características interessantes na Omna, mas que não tivemos a oportunidade de atestar: caso da capacidade de gravação noturna, do facto de permitir realizar chamadas de voz através da internet e de ter uma tecnologia que deteta movimentos em períodos predefinidos pelo utilizador – durante o horário de trabalho, por exemplo – e que gera notificações no smartphone.

A câmara tem uma aplicação própria que está apenas disponível para o sistema operativo iOS, mas um dos grandes pontos de venda é o facto de ser o primeiro equipamento de videovigilância que tem integração de vídeo com a plataforma HomeKit da Apple. Ao estar integrado com o HomeKit o utilizador tem a vantagem de poder controlar a D-Link Omna e outros dispositivos inteligentes da casa tudo a partir do mesmo lugar e sem necessitar de trocar de aplicação.

“Facilidade na utilização e uma app para controlar tudo é uma das principais preocupações dos utilizadores. A privacidade dos dados também”, detalhou depois Luigi Salmoiraghi.

D-Link Omna

Esta parceria estreita com a Apple também estende-se à venda do equipamento: por agora só é possível comprar a câmara através da loja online da marca da maçã; a partir de amanhã, 22 de fevereiro, vai também chegar às lojas físicas oficiais da Apple; e ao longo dos próximos meses vai também estar disponível nos retalhistas que são distribuidores autorizados da Apple. O preço da D-Link Omna é de aproximadamente 230 euros.

Há no entanto uma questão negativa relacionada com a Omna – é um produto que está apenas pensado para ser controlado com outros equipamentos da Apple como o iPhone, iPad ou Macbook. A câmara não suporta, nem vai suportar, o sistema operativo Android, que é o ecossistema móvel mais popular no mercado português.

Sobre esta questão, a D-Link salienta que dentro do seu portfólio de câmaras de videovigilância tem dispositivos que tanto são compatíveis com iOS como com Android, mas este seu modelo topo de gama está apenas acessível para quem é utilizador Apple.

“Tanto em Espanha como em Portugal há tendência para câmaras quadradas e fixas, mas com estas câmaras vamos poder concorrer melhor”, salientou o diretor-geral da D-Link Ibéria, Antonio Navarro, durante o encontro com a imprensa.

Objetivo de crescer 30% em 2017

Além de revelar a sua nova ‘coqueluche’ para o mercado de consumo, a D-Link partilhou também os resultados relativos ao mercado português e as suas projeções para o ano de 2017.

No ano passado a tecnológica registou um crescimento de 16% no segmento empresarial e um crescimento residual de 1% no segmento do consumo – mas sabendo que o mercado business to business representa a esmagadora maioria da atividade da D-Link em Portugal, os seus responsáveis estão satisfeitos com o que foi alcançado.

“O ano de 2016 foi muito bom, crescemos acima do mercado. Todos os trimestres foram positivos. Estamos muito contentes com os resultados”, resumiu Antonio Navarro.

António Navarro D-Link
Antonio Navarro na apresentação dos resultados da D-Link. #Crédito: Future Behind

Os equipamentos de switching continuam a ser os mais importantes para a atividade da D-Link em Portugal, mas Antonio Navarro revelou que durante 2016 houve outros segmentos de negócio que evoluíram bem: caso dos produtos para Smart Home, que cresceram 36% em vendas, e caso dos produtos do segmento wireless, cujas vendas aumentaram 21%. Em contrapartida os segmentos de Digital Home e Mobile sofreram quebras de 15% e de 2%, respetivamente.

“Se 2016 foi bom, queremos que crescimento em 2017 seja melhor”, defendeu o diretor-geral. Este ano a D-Link quer atingir um crescimento de 30% no mercado português, uma meta ambiciosa, mas que a empresa espera alcançar com um aumento de quase 200 novos parceiros de distribuição e com uma maior presença nos canais de retalho.