Se em 2016 perguntássemos a alguém o que era um Battle Royale poucos iriam saber responder, o modo de jogo agora rei das plataformas de streaming ainda não era mainstream e poucos sabiam da existência de títulos como H1Z1 que já estava em early access, na loja online Steam, desde 2015.
No início de 2017 o panorama dos Battle Royale começaram a mudar com a chegada de Player’s Unknown Battleground (PUBG), também em early access, à mesma plataforma. PUBG usava, e usa, o Unreal Engine… motor de jogo criado pela Epic Games em 1998 para o shooter Unreal. Já estão a ver onde é que isto vai dar, certo?
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A Epic Games percebeu o enorme sucesso que um jogo ainda em desenvolvimento, e apenas disponível para uma plataforma, estava a ter e decidiu meter mãos à obra para criar algo semelhante de forma a conquistar os fãs do jogo e deste novo modo… o Battle Royale. Conseguiu fazê-lo e criou o título Fortnite, lançado também em 2017 e disponível não só para Windows PC mas também para PlayStation 4 e Xbox One.
Esta movimentação da Epic Games veio agitar o mercado de tal forma que “Fortnite” quase passou a ser sinónimo de Battle Royale. Desde então mais produtoras chegaram ao mundo do Battle Royale e as coisas mudaram um pouco. Vamos, no decorrer deste artigo, deixar a nossa opinião sobre cada um dos Battle Royale que já experimentamos.
Antes dos jogos fiquem com o filme japonês que, no ano de 2000, nos mostrou o conceito de Battle Royale.
Player’s Unknown Battleground (PUBG)
O primeiro a sair e dos últimos que experimentamos, fizemo-lo num Lenovo Legion Y720 a correr a 60fps… tudo para ter uma experiência perfeita. Quando experimentamos PUBG já tínhamos o novo mapa disponível. Este novo mapa, Vikendi, mostra-nos como é o inverno no mundo de PUBG, um mapa enorme com paisagem maioritariamente branca onde tivemos que fazer boas caminhadas para encontrar inimigos. PUBG demonstrou ser um Battle Royale mais estratégico que algumas das outras opções no mercado, com um estilo de jogo mais lento mas que não aborrece.
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Em PUBG a nossa personagem cansa-se e para além de kits de primeiros socorros temos latas de bebidas energéticas que nos ajudam com a nossa health e com a nossa stamina. A mira da arma não parece tão estável como a de outros shooters e o loot não aparenta ser tão fácil de encontrar como noutros títulos do género. PUBG não deixa de ser um excelente exemplo de um Battle Royale, e no caso de gostarem de jogos mais táticos este é o melhor caminho que podem seguir.
APEX Legends
A Electronic Arts chegou tarde à corrida mas fê-lo a bom passo com o lançamento de APEX Legends. Chegou ao mercado a 4 de fevereiro e logo disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows PC. Neste título os jogadores são colocados no mundo de Titanfall e controlam a “Legend” à sua escolha, cada uma destas personagens tem habilidades diferentes que podem ser bastante úteis no campo de batalha. Aqui não existe a possibilidade de jogar sozinho ou mesmo a pares, a única opção é mesmo a de trios o que faz com que tenhamos que ter atenção à “legend” que escolhemos, pois não queremos levar personagens com as mesmas habilidades.
A câmara do jogo é em first person e o decorrer da batalha é bem mais frenético que PUBG, por fim resta-nos dizer que o aspeto gráfico do jogo é bastante interessante e que a arte é lindíssima. APEX Legends consegue mesmo ser o Battle Royale com melhor aspeto gráfico e todo o ambiente do jogo, desde os ecrãs a anunciar as mortes como a voz que vamos ouvindo transporta as nossas mentes para outro sucesso… Hunger Games.
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Fortnite
Nos dias de hoje é impossível falar de Battle Royale sem falar de Fortnite… o título da Epic Games existe há menos de dois anos mas já marcou esta geração da indústria de videojogos. Juntamente com o jogo cresceram também as audiências de streams relacionados com videojogos e os streamers são agora aos milhares. Como todos já devem saber Fortnite passa-se em terceira pessoa passando para Over the shoulder quando estamos a usar a mira das armas. A ilha e personagens do jogo, tem um aspeto mais ligado ao cartoon e é o único dos Battle Royale que nos permite fazer construções para nos protegermos dos inimigos.
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Talvez a mistura feita de gráficos mais childish, a possibilidade de criar construções e o ar mais descontraído do jogo fazem com que Fortnite seja dos jogos (gratuitos) mais lucrativos e mais jogados de sempre… isto tudo num jogo free-to-play. Importa referir que o lucro resulta da compra de novas personagens ou acessórios para as mesmas e também da compra do Season Pass. O título vai para a oitava temporada e os detentores do Season Pass tem acesso a desafios exclusivos… nada disto dá qualquer tipo de vantagem aos jogadores, apenas um novo visual.
Fortnite foi talvez dos Battle Royal que menos me chamou à atenção, talvez por ser o menos tático de todos mas também devido á sua arte gráfica.
Call of Duty Black Ops IIII – Blackout
Foi o Battle Royale que mais cativou, podem ler análise completa a Black Ops III aqui, talvez por ser o que tem um aspeto realista aliado a um jogo fast paced, mas tático o suficiente. É um modo de jogo que consegue trazer o melhor do online de Call of Duty e colocá-lo num mapa gigante!
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Arrisco a dizer que Blackout, disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows PC, é uma junção de Fortnite com PUBG, temos o ar realista que PUBG nos trouxe e a personalização a que Fortnite nos habituou. O título é jogado, como os outros modos de Call of Duty, em first person, e tal como em Fortnite temos níveis e ao progredirmos nesses mesmos níveis conseguimos desbloquear novas opções de caracterização das nossas personagens e armas. Como já foi referido o jogo é bastante rápido e por vezes vimo-nos em situações típicas de guerra, completamente rodeados por inimigos… é aqui que entra o aspeto mais tático, tal como acontece em PUBG, temos que ter atenção ao ambiente que nos rodeia e quais as posições no mapa que nos permitem sair daquela situação.
Tudo isto faz de Blackout o Battle Royale mais equilibrado de todos os exemplos que dei durante este artigo. Se são fãs de Call of Duty este será o Battle Royale que querem jogar.
Tetris 99
Como assim Tetris? Não estávamos a falar de Battle Royale, de posicionamento da mira e de armas? Estávamos. E de certa forma vamos continuar, as armas são as pessoas e o posicionamento da mira é mesmo a estratégia que usam ao colocar essas peças. Mas o que é Tetris 99 e porque é que tem espaço neste artigo? Tetris 99 é, como o nome indica, um jogo de Tetris. Produzido pela Arika e publicado pela Nintendo em exclusivo para a sua consola Nintendo Switch, Tetris 99 coloca 99 jogadores a competirem num frenético jogo de Tetris.
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Há medida que os jogadores vão sendo eliminados o ritmo do jogo aumenta e só os melhores é que conseguem manter-se em competição. Em Tetris 99 podemos escolher a quem queremos enviar linhas (atacar) e para evitar um ataque temos que continuar a fazer linhas… quanto mais linhas fazemos mais seguros estamos. Tudo isto muito ao estilo do Tetris que podemos encontrar em tetrisfriends.com (caso não conheçam, e sejam fãs de Tetris, fica aqui a dica)
Tenho que dizer que Tetris 99 é de longe o Battle Royale mais viciante de todos os que já experimentei e também dos mais difíceis. Se nos Battle Royale shooters ainda posso pensar em ganhar em Tetris 99 o primeiro lugar não passa de uma miragem, o ritmo a que as peças caem a partir dos últimos 20 lugares torna as coisas muito difíceis… o melhor que consegui foi um modesto 13º lugar.
De todos os jogos que referi o único que não é gratuito é COD – Black Ops IIII e o seu modo Blackout.
Será que a Activision tem planos para o futuro de Blackout ou o ciclo de vida do Battle Royale de COD chega ao fim quando o novo título da franquia for lançado? Quais destes jogos já experimentaram e qual o vosso favorito? Deixem as vossas opiniões na caixa de comentários.