No meio de toda a pompa e circunstância que a Apple preparou para a revelação dos seus novos iPhone, houve tempo para falar de outros produtos da marca da maçã. Um que mereceu tempo de antena foi o Apple Watch.
Depois de no ano passado a Apple ter mudado o rumo da estratégia relativamente ao relógio, reposicionando-o de um produto de luxo para um produto de fitness, a gigante norte-americana parece ter encontrado o mercado para este seu dispositivo. “O Apple Watch foi desenhado para tornar as pessoas mais ativas”, disse Tim Cook no início da apresentação.
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A aposta mais focada na área do fitness permitiu à Apple aumentar em 50% as vendas do Watch e o diretor executivo da empresa mostrou especial entusiasmo quando referiu este número – provavelmente por ser um dos seus projetos de proa.
A apresentação desta terça-feira marcou a chegada de uma nova geração do Apple Watch, denominada de Series 3. Existem várias melhorias ao nível de hardware, como o sensor biométrico para batimentos cardíacos que agora é mais preciso e consegue analisar um maior leque de dados. Por exemplo, se os batimentos cardíacos do utilizador estiverem em níveis muito altos e o relógio não detetar movimentos que justifiquem esse valor, vai alertar a pessoa para esse facto.
O Apple Watch Series 3 vem ainda equipado com um novo processador de dois núcleos que deverá melhorar em 70% a performance do dispositivo quando comparado com o Apple Watch 2. Há igualmente um novo chip de comunicações sem fios que melhora em 70% a transmissão de dados por Wi-Fi e em 50% por Bluetooth.
Mas de tudo o que a Apple tinha para dizer do novo Apple Watch, nada bate o facto de a gigante de Cupertino ter criado uma versão do relógio com suporte para redes móveis. A empresa adiantou que vai ser compatível com ligações UMTS e LTE, o que vai dar ao equipamento um novo grau de liberdade relativamente ao iPhone.
Será possível atender e realizar chamadas sem que tenha o smartphone por perto. Será possível fazer o stream de músicas sem ter o smartphone por perto. Poderá navegar com a ajuda do serviço de mapas sem ter o telemóvel por perto. Também a Siri vai estar disponível em todos os momentos, incluindo com respostas de voz, no Apple Watch 3.
A Apple gaba-se do facto de ter implementado estas melhorias no equipamento sem ter mexido no seu design. Para isso a marca da maçã usou alguns truques interessantes, como o facto de o próprio ecrã ter integrado o elemento que funciona como a antena do relógio ou o facto de ter descartado o Nano Sim por um SIM eletrónico [eSim].
Este sistema permite que o utilizador partilhe o número que tem no telemóvel com o número que vai ser atribuído ao relógio, não obrigando a ter o registo de dois cartões SIM e dois números distintos.
É aqui que a apresentação do Apple Watch Series 3 ficas menos interessante para os consumidores portugueses: segundo informação da Apple, o equipamento compatível com redes móveis não vai estar disponível numa primeira fase em Portugal. EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Japão, Porto Rico e Suíça são os países que vão receber esta versão do Apple Watch já em setembro.
A Apple informa em nota de imprensa que mais países vão receber o Apple Watch com UMTS/LTE no próximo ano, altura em que Portugal poderá vir a ser incluído no pacote de mercados contemplados.
Portugal vai ter no entanto acesso a uma outra versão do Apple Watch Series 3 – é igual em tudo, apenas não suporta redes móveis. A pré-venda deste modelo começa já no dia 15 de setembro e a sua venda efetiva acontece uma semana depois, a 22 de setembro. Os preços começam nos 379 euros em Portugal e variam em função do bracelete escolhido.