A marca chinesa de origem francesa está muito virada para os jovens: provou-o com um smartwatch básico e resistente, receita que repetiu num smartphone. O Go Play tem uma presença muito própria pois apesar de apresentar uma construção barata, é ao mesmo tempo um equipamento todo-o-terreno.
O plástico grosso que a Alcatel escolheu para a parte traseira enquadra-se bem com os padrões coloridos eleitos para o perfil do smartphone. Ou seja, apesar de não ser tão refinado no design como outros equipamentos do mesmo segmento de preço, tem uma linguagem coesa nos seus vários elementos.
O preço de 170 euros transforma-o ainda mais apelativo para os jovens e sobretudo para os pais que vão dar um telemóvel aos filhos. Por este valor leva, por exemplo, um ecrã com resolução HD que cumpre bem, apresentando cores e brilho satisfatórios.
Melhor: leva um equipamento que pode ir à água, pode levar com poeiras e pode também suportar alguns impactos.
O campo da performance é possivelmente aquele em que o Go Play comporta-se pior. Não é uma arrastadeira, mas é um equipamento para curto-médio prazo. Dentro de dois anos seguramente não será um smartphone fluído e pelo caminho vai ter dificuldade em executar várias aplicações mais exigentes.
A câmara fotográfica também é razoável, mas tem limitações sobretudo na velocidade de focagem, de disparo e também na interpretação dos elementos no que diz respeito aos contrastes. Mas para selfies, fotografias de Instagram ou Snapchat consegue cumprir bem a missão.
Resta destacar como elemento surpresa a autonomia generosa do smartphone: quase sempre garantiu mais do que dia e meio de utilização e que no nosso caso implica estar quase sempre ligado à Internet, seja Wi-Fi ou em redes móveis.
Olhando para a mistura de diferentes características é fácil considerar o Go Play como um smartphone competitivo. Mas é competitivo justamente num segmento de mercado que está muito povoado e que por isso tem concorrentes de marcas como a Samsung e LG.
