Artigo: Susana Borga
Fomos ao Rock in Rio num dia de calor para vocês não terem que ir. O novo espaço do festival é perfeito para quem mora em Lisboa e não quer atravessar o rio para chegar à cidade do rock, mas precisa de ser melhorado para que a edição de 2026, já confirmada para o mesmo espaço, não sofra da mesma forma que sofreu o Rock in Rio 2024.
Ao chegar à cidade do rock todos os visitantes eram baptizados num espetáculo de água enviado por uma equipa de bombeiros, talvez para ajudar a refrescar, talvez para compensar pela falta de sombras em todo o recinto… e quando digo falta de sombras estou a ser simpática já que eram praticamente inexistentes, quase que dava vontade de passar horas em filas para brindes. Não por causa dos brindes, mas porque pelo menos num dos stands podia ter a sorte de encontrar uns segundos de sombra e recuperar alguma energia.
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Num dia de calor com o foi o domingo, a falta de sombra (sim, não havia sombras, já tinha dito certo?) quase que fez com que não conseguisse escrever sobre a minha experiência. Durante o concerto de Ne Yo (que teve início às 18 horas) quase que desmaiei, algo que, agora que olho em retrospectiva, tenho que considerar normal já que já tinham passado horas de exposição ao sol e não havia hidratação que me salvasse. Depois de conseguir recuperar, lá sobrevivi e consegui perceber que o artista Norte-Americano conseguiu criar um grande espetáculo ao cativar o publico com as suas músicas ao ponto de conseguir atrair mais gente para o Palco Mundo que alguns dos principais nomes da noite… mas já lá vamos, antes de passar para o concerto de Camila Cabello e Doja Cat quero passar para o Palco Galp e para um dos concertos que mais queria ver nesse palco, o de Luísa Sonza.
Eu juro que tentei, mas em cada uma das minhas experiências com o palco Galp percebi, que pelo menos para quem estava mais afastado da frente do palco, era impossível ouvir o que se passava, sendo até complicado perceber as músicas que estavam a ser tocadas. A certo ponto era mais fácil ouvir o palco mundo que o placo Galp onde estava, e não estou a dizer isto por ter sido uma má experiência, estou a referir porque para além de não ser perfeito para o público é mau para os artistas porque acabam por perder a atenção de quem os quer ver e não conseguem entregar o espetáculo que tinham em mente. Luísa Sonza acabou por conseguir dar um excelente concerto, e eu acabei por me divertir agora que estava recuperada daquele quase heat stroke que esteve para acontecer durante o concerto de Ne Yo no palco Mundo.
Vamos voltar atrás e visitar o concerto de Camila Cabello… o que é que foi isso amiga? Mais de uma hora de concerto com a artista Norte-Americana a cantar pouco, um espetáculo com muito para ver, por vezes até demasiado, mas pouco para ouvir. Aposto que a Camila vai lançar um podcast e o concerto do Rock in Rio 2024 serviu para treinar os talk-shows e claro… tirar selfies para as redes sociais. E nisso até a compreendo, quem é que é a pessoa que vai a um festival de verão e não tira selfies? You Go Girl… prometo ouvir o podcast.
Antes do fantástico espetáculo audio-visual e pirotécnico que foi a celebração dos 20 anos de Rock in Rio Lisboa, foi altura de ver Doja Cat. E que show! A Rapper Estado-Unidense conseguiu cativar o público com um concerto que inclui alguns dos seus mais conhecidos hits e muito conteúdo do novo album, um concerto cheio de energia, algum sangue no nariz (amiga não era preciso ser tão literal naquela do paint the town red), e muita música…. A forma perfeita de fechar a edição de 2024 do Rock in Rio Lisboa.
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Depois de passar um dia no Rock in Rio posso-vos dizer que a experiência foi positiva, principalmente depois do sol se pôr e a temperatura ter começado a descer. É importante que para 2026 a organização decida criar mais zonas com sombras para que o publico consiga desfrutar a 100% de tudo o que o festival tem para oferecer. De resto não há nada a apontar, mesmo com um dia esgotado por milhares de pessoas existiam bares suficientes para conseguir refrescar e casas de banho em número suficiente para não ter que esperar muito tempo na fila.
Era também interessante ver a Carris a criar uma verdadeira parceria com o Rock in Rio e dar a possibilidade aos visitantes com passe Carris de utilizar o serviço shuttle de forma gratuita ou pelo menos a preço de amigo… 2 euros por um shuttle pode ser visto como um bocado abusado, mas ok. Mas é isto Rock in Rio, metam mais sombras no recinto e façam o que fizeram este ano e o sucesso de 2026 está garantido.