Sugestões da semana – Videojogos #17

A equipa do Future Behind está de volta com mais uma semana de sugestões no mundo dos videojogos. Esta semana estamos prontos para saltar até ao passado, mas também para viver aventuras mais recentes.

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Aproveitamos ainda para perguntar qual o jogo que mais querem jogar durante 2021? Isto numa altura em que estamos quase a chegar a meio do ano e alguns lançamentos de “peso” no mundo dos videojogos já por aí andam.

Tiago Marafona

Com a primavera cada vez mais firme e com as temperaturas cada vez mais elevadas, o que me remota automaticamente para recomendar esta semana, é The Legend of Zelda – Wind Waker, que recentemente completou 18 anos de lançamento na Europa.

The Legend of Zelda: The Wind Waker não foi para mim, tal como para muitos apreciadores da série um amor à primeira vista. A desilusão de não ter visto um Zelda maduro após o obscuro The Legend of Zelda: Majora’s Mask, fez com que o meu preconceito ainda de adolescente viesse ao de cima, e por alguns anos fiquei de costas voltadas para o Link cartoon. Porém, assim que comprei a minha primeira Game Cube, a minha primeira experiência, foi The Wind Waker, e até hoje continuo rendido às sensações que o jogo mais colorido de toda a série Zelda me conseguiu provocar.

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Anos mais tarde, na Nintendo Wii U, tive a oportunidade de jogar e analisar em primeira mão, The Legend of Zelda: The Wind Waker HD, jogo que levou a minha extrema consideração, e nota elevada, sobretudo pelas implementações estruturais realizadas no jogo e as pequenas melhorias visuais, revitalizaram um jogo que já merecia há muito uma nova vida. Infelizmente, The Wind Waker ficou agarrado a duas consolas que tiveram um péssimo desempenho de vendas, mas é um enorme jogo de aventura, com uma sensação de exploração fantástica, vários puzzles e dungeons que ainda hoje se destacam pela positiva.

Posto isto, The Legend of Zelda: The Wind Waker HD é um ótimo jogo para a época de sol que vivemos, e com o aproximar do verão, será uma jornada que marcará com toda a certeza aqueles que ainda não o jogaram, e que associarão, tal como eu passados estes anos todos, ao sol e à primeira/verão, The Legend of Zelda: The Wind Waker.

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Armando Sousa

Estimados leitores, tenho um problema com Returnal. É muito difícil ligar a PS5 e não fazer uma run, nem que seja só para iniciar e ver que drops me irão calhar.

Com mais de 75 horas e já na segunda playthrough (para ver o final secreto, ou verdadeiro) andei principalmente ocupado a recolher os sunface fragments, artefactos que nos permitem concluir uma parte da história e também ando a tentar desbloquear todos os buffs das armas, artefactos e hieróglifos para conquistar mais troféus e talvez caminhar para a platina. A parte mais “chata” é como tudo se centra no RNG em Returnal, tenho de apanhar o jogo perfeito para que isso aconteça. Mas como para mim, faz parte do encanto do jogo, continuo a explorar Atropos e que prazer me está a dar. Sem dúvida uma surpresa enorme este Returnal.

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Mas como não posso estar sempre agarrado ao mesmo, sugiro que deem uma vista de olhos em Mass Effect: Legendary Edition. Uma trilogia que encantou os fãs de rpg e ficção cientifica e que está de volta com vários melhoramentos e que pode trazer ainda mais pessoas a experimentar esta épica ópera espacial.

Confesso que o primeiro Mass Effect é ainda difícil de jogar, nota-se a idade do jogo e mesmo que olhemos para o lado para gráficos e algumas texturas, mas nos menus e interação com os mesmos é que se nota o efeito do tempo nos videojogos e a melhoria que temos sentido ao longo dos anos nestes pequenos pormenores. Penso que poderiam ter melhorado este aspeto, mas também não é nada que nos deixe alheados desta trilogia que é uma obra-prima em storytelling. Não deixem passar estes três videojogos a preço de um que vos vão dar dezenas de horas muito bem passadas.

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Francisco Schai

E assim, quase de repente, o meu backlog tornou-se ridiculamente grande, ao contrário das horas vagas para os jogar. Um dos videojogos que tem vindo a ganhar pó por demasiado tempo é Dragon Ball FighterZ, um excelente jogo de luta que me tem dado uma tareia descomunal desde que me aventurei no mundo de Goku e companhia. Assim que aprendi as artimanhas do combate, o que assumidamente exige uma curva de aprendizagem considerável, não tenho conseguido parar de desferir golpes e explosões de energia em lutas frenéticas. Isso e levar porrada desenfreadamente, embora menos que no início.

Há também um modo de história que acaba por cair na banalidade, denunciando a aposta quase exclusiva da produtora no aspeto competitivo. O jogador pode escolher até três personagens e alterná-las a meio dos combates, o que confere uma dinâmica divertida. Destaco também a qualidade das animações das personagens e os efeitos dos seus poderes, ao exibirem uma imagem bastante fiel ao que a série animada nos apresenta. É sem dúvida um beat’em up a ter em conta, em especial se forem fãs de Dragon Ball.

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Uma das surpresas mais agradáveis da semana foi a chegada da desejada atualização em The Last of Us Parte II, duplicando a fluidez para 60 fps e reduzindo os tempos de carregamento. Ao regressar a este mundo quase um ano depois, as poucas horas que joguei recordaram-me a tragédia que se desenrolará. Lembraram-me de que este foi o primeiro jogo que me deixou completamente destroçado devido à história, de uma maneira que apenas livros e filmes o tinham feito até então.

A Naughty Dog é também uma produtora com um dos departamentos de animação mais talentosos de toda a indústria. Esse trabalho magnífico é ainda mais evidenciado com o modo 60 fps. Seja a correr,  a rastejar ou andar agachado, a movimentação da personagem no seu meio circundante não tem rival. The Last of Us Parte II, por mais controverso que possa ser a nível narrativo, é um pacote completo, apresentando um grau de polimento fora de série, cantando ainda mais alto na PlayStation 5.

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Paulo Tavares

Depois de uma semana de ausência em que o tempo para jogar simplesmente não existiu, volto a relembrar e recomendar um dos videojogos que mais me marcou aquando da minha adolescência: falo de Alex Kidd In Miracle World, para a primordial consola da Sega, a Master System.

Era o jogo que vinha embutido na memória da consola, sem direito a cartucho, e durante muito tempo foi o único que pude ter e jogar, pois o dinheiro não abundava depois da quantidade obscena gasta na mesma.

Alex Kidd In Miracle World conta a estória de um miúdo que nasceu com um propósito muito complicado e com uma missão quase impossível de triunfar: ser uma espécie de resposta da Sega ao fenómeno Super Mario Bros. Óbvio que falhou nessa missão, mas não deixou de ser um título super marcante para mim. Níveis intensos cheios de inimigos que tinham de ser derrotados com uma mão com o que parecia uma enorme luva de boxe, aventuras no fundo do mar e nos céus, com imensa variedade de jogabilidade e com lojas distribuídas pelo mundo de Alex Kidd com itens que nos permitiam passear mais facilmente por estes coloridos mundos 8-bit.

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O facto que mais me faz recordar este velhinho jogo era a originalidade nas lutas com os temidos bosses. As lutas eram travadas por confrontos demasiado intensos de… Pedra, Papel e Tesoura!

A cada nível ultrapassado, esperava-nos mais um inimigo com mais perspicácia na hora de ler os nossos pensamentos… O bom é que havia mesmo um item numa detemrinada loja que nos permitia ver o que o inimigo estava a pensar nestes confrontos de dedos atrás das costas…

Uma delícia, que parece voltar em breve à vida com um remake (Alex Kidd In Miracle World DX). Veremos se será bom o suficiente para despertar o menino de 12 anos que insiste em habitar dentro de mim.

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