O vídeo é de 1990, foi repescado por um utilizador do YouTube em 2010, mas só esta semana é que andou a circular nos principais meios de comunicação da especialidade. São quatro minutos de um noticiário japonês que mostram os desenvolvimentos que estavam a ser feitos em áreas emergentes como a realidade virtual e a realidade aumentada.
Depois de visto o vídeo, ficamos com a sensação de que, sobretudo ao nível do hardware, a realidade virtual não mudou assim tanto. O dispositivo visível no vídeo, o EyePhone, partilha muito do design e do aspeto geral de equipamentos como os Oculus Rift, HTC Vive ou Google Daydream View.
No vídeo também é visível que as dificuldades de então – interação com objetos na realidade virtual -, continua a ser uma das dificuldades da tecnologia passados 26 anos. É verdade que agora existem controladores de grande precisão como os Oculus Touch, mas também é verdade que estes periféricos nem sempre transmitem o grau de imersão que seria desejado.
Em 1990 os investigadores estavam a usar como meio de interação uma luva carregada de sensores que permitia perceber a posição e o movimento da mão do utilizador. É justamente para esse ponto que a realidade virtual atual caminha, isto é, está a evoluir para um caminho no qual as mãos serão o principal meio de interação das experiências de realidade virtual.
Vimo-lo recentemente com a demonstração do projeto Orion da Leap Motion, mas já o tínhamos visto antes no Project Alloy da Intel.
Existem no entanto elementos que mostram uma clara melhoria. Por exemplo, o The Next Web diz que os EyePhone pesavam perto de 2,5 quilogramas – os Oculus Rift só pesam 470 gramas – e a qualidade gráfica das experiências digitais melhorou dramaticamente.
No vídeo de 1990 vemos ainda desenvolvimentos que estavam a ser feitos no segmento da realidade aumentada – sobreposição de lentes especiais com projeção de elementos digitais – e também vemos um fato de motion tracking – uma tecnologia bastante popular atualmente nos círculos do cinema de Hollywood.
