Qualcomm Snapdragon VR820

Snapdragon VR820, a referência da Qualcomm para a realidade virtual

Até aqui já vimos várias empresas com presença no segmento dos dispositivos móveis a mostrarem propostas para a área da realidade virtual: a Samsung com os Gear VR e a Alcatel com os Idol VR são apenas dois exemplos.

Um dos nomes grandes que ainda não tinha feito um movimento significativo era a Qualcomm – a empresa responsável por produzir os processadores que nos últimos anos têm equipado os principais smartphones topo de gama.



Na IFA 2016 a Qualcomm decidiu revelar a sua investida: uma plataforma de referência que pretende transformar a realidade virtual num conceito mais independente e também mais acessível – isto em comparação com os principais equipamentos como os Oculus Rift e os HTC Vive.

O equipamento de referência chama-se Snapdragon VR820 e apresenta-se com características técnicas interessantes. Em primeiro lugar vem equipado com o processador VR820, desenhado especificamente pela Qualcomm para ser mais produtivo nas experiências de realidade virtual.

Depois existem dois ecrãs OLED com uma resolução de 1.440×1.440 píxeis, uma definição que é inclusive superior à dos ecrãs usados nos Oculus Rift e os HTC Vive. A parte gráfica fica a cargo da unidade Adreno 530 capaz de suportar vídeos em Ultra HD e em 360º. Por outro lado a taxa de atualização fica pelos 70 Hz, abaixo dos 90Hz garantidos pela concorrência mais direta.

Os óculos Snapdragon VR820 têm ainda seis eixos de movimento e quatro sensores de imagem: dois dentro dos óculos, que analisam o movimento dos olhos dos utilizadores, e dois na parte exterior, que tanto servem como monitorizadores de movimento ou como simples câmaras para ativar um modo de realidade aumentada.

O grande ponto de ‘venda’ do Snapdragon VR820 é o facto de ser um dispositivo all in one, significando isto que não necessita de ter um smartphone ou ligação a um computador para ter acesso às experiências de realidade virtual. De acordo com o Ars Technica deverão custar o equivalente a um tablet de gama alta, o que colocará o preço na casa dos 500 euros.

Este é outro objetivo da Qualcomm: garantir uma experiência de realidade virtual de qualidade, mas que seja significativamente mais acessível do que os 699 euros dos Oculus Rift ou os 899 euros dos HTC Vive.

O equipamento de referência deve ficar disponível na parte final de 2016, com a Qualcomm a esperar que alguns fabricantes peguem no conceito e façam as suas próprias produções já a partir de 2017. Ao colocar a produção na mão de empresas que já têm experiência no segmento do hardware, a tecnológica acredita que o preço final do equipamento poderá ainda ser ainda mais baixo.