Oculus diz que faltam conteúdos para atrair os utilizadores para a realidade virtual

O diretor de conteúdos da Oculus, Jason Rubin, marcou presença na DICE Summit, em Las Vegas, para falar sobre o estado atual da realidade virtual. Como relata o Polygon, houve bastante interesse por parte da plateia em perceber como está a correr a forte aposta que a Oculus tem feito neste segmento.

Uma das principais preocupações de Jason Rubin resumiu-se a restabelecer algum equilíbrio nas expectativas que existem em torno da realidade virtual. Números relativos às vendas de 2016 mostram que a comercialização dos equipamentos topo de gama de realidade virtual ficaram abaixo das projeções das empresas de análise.




“Tens de separar a promessa da realidade virtual da promessa da realidade virtual no primeiro ano. A Oculus acredita que esta é próxima big thing. Acreditamos nisso e somos inabaláveis nessa crença. Não me recordo de alguém dizer que isto seria massivo no primeiro ano”, comentou Rubin.

“Ainda estamos naquela parte da curva da realidade e isso vai continuar no próximo par de anos enquanto vemos uma forma de melhorar tudo”. Só depois de ultrapassada esta curva da realidade é que o segmento da realidade virtual vai estabelecer-se com força, considerou o executivo da Oculus.

Para Jason Rubin a questão das vendas ainda não está ao nível desejado pois os três fatores basilares para que isso aconteça – preço, qualidade e conteúdos – ainda não se cruzaram. O que há atualmente são boas propostas em cada um destes campos.

Superhot e Tilt Brush são duas experiências que Jason Rubin considera como um exemplo no segmento da realidade virtual

Na área do preço, Rubin diz que os Samsung Gear VR cumprem muito bem, mas não cumprem no segmento da qualidade. Já os Oculus Rift cumprem bem no segmento da qualidade, mas não no do preço. Por fim há falta de uma boa quantidade de conteúdos nestes dois ecossistemas para que se tornem mais apelativos para os consumidores.

“Nenhum deles tem o conteúdo para chamar pessoas para este negócio. Hoje já é uma experiência fantástica, mas precisamos de fazer muito melhor”, explicou Jason Rubin.

Com o passar dos anos e com a maturação tecnológica que é esperada nesse período, os três pilares vão acabar por convergir e criar ecossistemas que são mais apelativos para os consumidores, defende Rubin. A Oculus já está a trabalhar nesta área com o projeto de uns Oculus Rift que são independentes de um computador.

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