O mais provável é que a resposta seja ‘não’. Porquê? Porque são poucos os computadores que neste momento estão preparados para esta nova vaga tecnológica. E não somos nós a dizê-lo, são as empresas do sector.
A NVIDIA, uma das tecnológicas com maior peso no segmento das placas gráficas, revelou à Bloomberg que apenas existiriam 13 milhões de computadores em todo o mundo – ! – capazes de suportar as principais experiências de realidade virtual quando fossem lançadas no mercado. O valor é realmente baixo pois representa menos de 1% do total de computadores ativos.
Isto acontece pois tanto para os Oculus Rift como para os HTC Vive o utilizador deve garantir computadores com especificações topo de gama. Os conteúdos desenvolvidos em realidade virtual são tecnologicamente exigentes para que consigam manter altas resoluções e também altas taxas de atualização, caso contrário os utilizadores podem sentir náuseas ou tonturas.
Para ter uma ideia basta pensar que os muitas produtoras de videojogos têm dificuldade em assegurar os 60 frames por segundo nos seus títulos, quando na realidade virtual para PC essas taxas de atualização devem ser sempre equivalentes a 90 fps.
E não se trata apenas de exigência gráfica e de processamento. Os computadores devem garantir outras condições básicas como múltiplas portas multimédia, algo que também pode colocar logo de parte muitos computadores. Tudo isto sem considerar outro factor ‘desmotivador’: os preços.
Os Oculus Rift estão a ser comercializados na Europa por 699 euros e os HTC Vive por 899 euros. Quem compra não está só a garantir os head-mounted displays (HDM), estará também a comprar sensores de reconhecimento de imagem, comandos e videojogos. Mas juntando o investimento dos óculos ao possível investimento num computador novo e terá de desembolsar 1.500 ou mais euros para poder ter as melhores experiências em jogos e filmes.
Agora que os dois dispositivos de realidade virtual estão a chegar às mãos dos consumidores, conheça as listas de componentes recomendados:
Na prática são analisadores de componentes do computador. Depois de feito o teste as ferramentas vão indicar se o seu computador está ou não apto para suportar os dois dispositivos de realidade aumentada.
Estas ferramentas são também bons indicadores para perceber o que deve mudar na sua máquina para estar ‘VR Ready’: por exemplo, pode ter todos os componentes necessários, menos o processador que pode estar uns furos abaixo do desejado.