Música é uma das invenções mais curiosas do ser humano. Simples vibrações no ar que, em certas frequências, criam sons agradáveis ao gosto de cada um e com a capacidade de alterar a nossa disposição. Essa alteração é de tal maneira que é capaz de nos tirar ou até dar energia ao ponto de nos obrigar a mexer, naquilo que conhecemos como dança, que é utilizada como simples atividade de lazer ou até como forma de praticar exercício.
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E se fosse possível, dançar ao som da nossa música favorita, em ambientes futuristas, aproveitando ao mesmo tempo para fazer exercício físico e, porque não, desafiar amigos ou desconhecidos para um combate de dança? É isso que Synth Riders, disponível para Oculus Quest/Rift, Steam e Viveport, com uma versão de Playstation VR prevista para este ano, nos pretende oferecer. Mas será que esta viajem pela música nos irá levar a algum lado? Ou ficaremos pelo caminho?
Vamos todos na viagem!
Synth Riders é um jogo de dança e ação onde o jogador terá de acertar nas notas musicais, representadas por esferas, que vão aparecendo ao ritmo da música. Estas aparecem em várias cores, estando uma cor associada a cada mão enquanto que outras cores exigem ações mais específicas, como acertar com ambas as mãos. Além das combinações de cores, as notas podem ser simples, obrigando ao simples impacto, ou continuas o que irá exigir que o jogador siga o caminho definido por essa nota. Além disso, certos níveis contam com obstáculos que o jogador terá de evitar.
Este simples conceito aliado à cuidadosa colocação dos mapas, fazem com que o jogador, mesmo que não se aperceba, acabe por dançar ao ritmo da música. Além disso, esse movimento acaba por servir como uma sessão de exercício físico, tornando-se surpreendentemente exigente quanto mais se for subindo o nível de dificuldade e dependendo também da forma como o jogo é configurado.
O modo mais tradicional exige simplesmente que o jogador atinja as notas que vão aparecendo ao ritmo da música desviando-se dos obstáculos que vão surgindo, sendo a pontuação atribuída com base na precisão dos movimentos. No entanto, para os jogadores que queiram suar um pouco mais, podem ativar o modo de Força onde, para além de terem de atingir as notas, terão de o fazer com impacto sendo a força desse impacto um factor adicional para a atribuição da pontuação.
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Para o jogador que quer um pouco mais que o modo tradicional mas não queira algo tão agressivo como o modo de Força, pode dar um spin ao seu jogo com o modo com modificadores. Estes modificadores podem alterar a dificuldade do jogo alterando o tamanho das notas, velocidade ou ainda a origem das notas através do modo Spin. Aqui, de acordo com o nível escolhido, a origem das notas vai-se movendo e obrigando o jogador a mudar a sua orientação em 90º, 180º ou 360º, existindo ainda um modo adicional que altera a origem das notas.
O jogador passa a música num de muitos cenários disponíveis para escolha. Estes cenários tem geralmente um aspecto futurista e surrealista, com um enorme detalhe e dando a incrível sensação de que o jogador está a surfar ao ritmo da música. No entanto, não é incomum alguns jogadores sentirem enjoos quando estão em movimento no mundo virtual. Dessa forma, existe a possibilidade de desativar o movimento dos cenários, tirando a sensação de que estamos a surfar ao ritmo da música mas dando a sensação que estamos a “apanhar” a música. Nenhuma das opções é melhor ou pior, dando sempre uma fantástica imersão durante a dança.
A nível de músicas disponíveis, Synth Riders conta com uma oferta bastante generosa. Até esta quinta-feira, dia 14 de janeiro, estavam disponíveis 55 músicas, das quais 45 gratuitas e 10 pagas. No entanto, na última atualização foi disponibilizado o novo álbum Synthwave Essentials 2 que adiciona três novas músicas gratuitas, 5 pagas e uma experiência audiovisual única feita em parceria com os Muse que é uma das experiências mais fantásticas que alguém pode experimentar em Realidade Virtual.
Mesmo com estas opções musicais, Synth Riders ainda oferece aos jogadores a possibilidade de utilizar músicas personalizadas, tornando o conteúdo disponível virtualmente ilimitado. Essas músicas personalizadas podem ser descarregadas da Internet em comunidades próprias ou então construídas pelo jogador através da utilização do software Beatmap Editor disponível gratuitamente.
Além dos modos solo, Synth Riders tem um modo de Multiplayer que permite que os jogadores se desafiem entre si através de combates de dança. Neste modo, para além de terem de executar os seus passos de dança, os jogadores enviam para os seus oponentes modificadores com a intenção de dificultar a execução da dança. Estes modificadores variam entre notas que desaparecem, mudam de tamanho ou mesmo enormes conjuntos de obstáculos que aparecem pelo caminho. Além disso, a equipa de Synth Riders incentiva estes combates através de eventos que são promovidos geralmente ao fim-de-semana ou com o lançamento de novos álbuns. Além dos combates Multiplayers, existem desafios específicos onde os jogadores tem de provar que são os melhores numa determinada música.
Considerações Finais
Synth Riders aplica um conceito muito interessante criando uma forma energética e divertida de podermos usufruir de música enquanto exercitamos e libertamos endorfinas.
Além de um vasto conjunto de opções e modificadores que permitem criar sessões de jogo únicas e de uma generosa quantidade de músicas, a possibilidade de incluir músicas personalizadas, estende a sua jogabilidade para níveis virtualmente ilimitados.
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Synth Riders tem um pouco para todos. Modos de combate para os que gostam de confronto, modos de ritmo para quem queira simplesmente saborear a música e ainda modos para quem quer tirar uma sessão de exercício da sua dança. Tudo isto faz com que este jogo seja uma aquisição obrigatória para todos aqueles que tenham um headset de Realidade Virtual.
N.R.: A análise a Synth Riders foi realizada num Oculus Quest 2 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Kluge Interactive.