Se a Sony assustou meio mundo quando o número de consolas PlayStation 5 produzidas até ao fim presente ano fiscal foi revelado – 5 a 6 milhões de consolas – vem agora, através de um artigo publicado pela Bloomberg e citado pela Echo Boomer, acalmar os ânimos dos consumidores que estavam com algum receio da falta de consolas nas prateleiras das lojas. Mas vamos por partes, falemos primeiro dos 5 a 6 milhões de consolas.
Imaginando que o número de consolas produzidas pela Sony era mesmo de 5 / 6 milhões e que a PlayStation 5 seria lançada no fim de outubro. Ao acontecer significa que para acabar com o stock ou para a produção não ser capaz de acompanhar a procura a Sony teria que vender consolas a um ritmo de 1 milhão (valor aproximado) por mês. Tudo isto numa altura em que, infelizmente, a economia global não se encontra nas melhores condições, pelo que a venda de um considerável volume de consolas se tornaria algo impensável, quase utópico. Custe a consola 400, 500 ou 600 euros, existiram muitos agora consumidores que olharão para a PlayStation 5 com uma vontade enorme de a comprar, mas terão que esperar e provavelmente só avançarão para a compra no próximo ano fiscal, isto é, depois de março de 2021.
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Passemos agora para a nova informação, disponibilizada hoje, onde a referência vai para uma produção de 10 milhões de PlayStation 5 até ao final do ano fiscal de 2021. Fazendo as mesmas contas, depressa conseguimos chegar à conclusão que para chegar o limite a Sony teria que vender consolas a um ritmo avassalador de 2 milhões de unidades por mês.
Lançada no fim de novembro de 2013, a PlayStation 4 atingiu os 10 milhões de unidades vendidas em agosto de 2014, ou seja, 9 meses depois do seu lançamento. Pelo fim do ano fiscal em que foi lançada a consola tinha vendido entre 6 a 7 milhões de unidades, estando este número bem em linha com os tais 5 a 6 milhões de PlayStation 5 a serem produzidas durante este ano fiscal. Por isso, sejam produzidas 5 ou 10 milhões de consolas os consumidores nunca terão que se preocupar com o remoto caso de tentarem entrar na nova geração de consolas através da Sony e não conseguirem devido à falta de consolas no mercado.
O que importa pensar é como é que será feita a divisão de unidades produzidas entre a PlayStation 5 e a PlayStation 5 Digital Edition. Tudo vai depender do que é que a Sony quer vender. Caso a Sony queira vender mais PS5 Digital Edition o número produzido deverá ser maior que o número produzido de PS5 padrão. Mas como é que conseguem controlar o consumo para que não exista falta de stock da unidade que for menos produzida? Através do preço de mercado.
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Com a PS5 padrão a custar 500 euros (valor fictício), caso a Sony queira vender mais PS5 Digital Edition provavelmente colocará o preço da mesma mais distante dos 500 euros, talvez uns 400, fazendo assim com que os consumidores fiquem tentados a comprar a versão mais barata da consola, porque ao fim de contas 100 euros já dão para um comando extra ou mais um jogo. No caso da Sony querer apostar na venda de consolas padrão, o que parece pouco provável, o preço de ambas as versões deverá estar mais próximo, talvez uma diferença de 50 euros, porque os consumidores (ou grande parte deles) olhará para a diferença e pensará que “por 50 euros mais vale levar a edição padrão”.
Sejam 400 ou 500 euros, sejam 5 ou 10 milhões de consolas produzidas, a verdade é que mesmo com um bom número de consumidores a querer a consola o mais rapidamente possível, outros pensam que a PS4 terá ainda mais um ano de vida nas suas casas. Pelo que, existirão no mercado consolas suficientes para satisfazer a procura sem que ninguém fique sem a PlayStation 5 que quer comprar, até porque não me parece que muitos consigam adquirir “five PS5s”.