Nas escolas de Reguengo e Caia aprende-se a jogar. Esta é a proposta denominada de “Game ON”, dinamizada pelo professor de Inglês, Paulo Tavares.
“A ideia é transformar boa parte das minhas aulas em elementos comuns a todos os videojogos que os meus alunos jogam, de forma a engajar os mesmos para a obtenção de melhores resultados na disciplina que leciono (Inglês no 1º ciclo)”, conta o professor, que pretende assim despertar interesse, aumentar a participação nas salas de aulas, desenvolver a criatividade e a autonomia, promover o diálogo e comunicação em inglês e até resolver situações-problema, tudo aquilo que acontece em qualquer videojogo.
Paulo Tavares reitera que este conceito não é novo. “A ideia já é explorada há alguns anos noutros países. Seja no mundo empresarial, onde detém uma maior preponderância, mas os seus benefícios e desafios já são aplicados em contextos escolares diversos com bastante sucesso.” A ideia híbrida de gamificação/ludificação parece estar a resultar nestas duas escolas do distrito de Portalegre, pertencentes ao Agrupamento de Escolas José Régio.
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A mudança na escola tem que acontecer, declara o professor: “Não tenho qualquer dúvida que o futuro da escola na sua génese passa pela implementação de mudanças radicais na forma como é abordada a missão do professor e do aluno. E os jogos, a sua iconoplastia e mecânicas têm um poder incrível sobre os alunos, que vão agora para a escola desmotivados, desinteressados e sem perspetiva dinâmica e tecnológica de verdadeiro crescimento. Há que procurar mudar e depressa.”
Esta adaptação da sala ao mundo dos videojogos parece que tem sido uma experiência bastante positiva e conta com a ajuda de uns canalizadores bem conhecidos. “O universo da Nintendo está intimamente enraizado nas mentes e corações dos meus alunos e Mario e Luigi são o seu expoente máximo. Porque não aproveitar este seu interesse e adaptar a forma de transmitir conhecimentos para que tudo seja mais fluído, interessante e divertido? Se exige uma monitorização diária de diversos aspetos quase em tempo real? Sim, mas todo e qualquer professor já o faz. A forma e o contexto é que podem ser mais direcionados para os interesses dos alunos”.
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Com a promessa de alargar este projeto a mais duas escolas do Agrupamento, o professor pretende que os alunos das freguesias circundantes da cidade capital de distrito não sintam essa distância e que o amor aos videojogos os una mais à escola.
E é por isso que o Future Behind é orgulhosamente patrocinador da iniciativa “Game ON”.