Imagine um quadro de cortiça onde coloca algumas folhas. Essas folhas são os projetos que estão a decorrer na sua empresa e em cada folha há post-its com os nomes de quem está a trabalhar no projeto, com os recursos que estão alocados e também com as tarefas já concluídas.
Explicar o Trello desta forma pode parecer um pouco desencorajador, mas a verdade é que existem equipas na Adobe, Google, PayPal, Pixar, Kickstart e National Geographic que usam a ferramenta de produtividade.
Ao longo dos últimos anos a plataforma destacou-se por ser um organizador de tarefas útil em empresas de todos os tamanhos que têm vários projetos em andamento. Além do sentido prático, a Trello também tem um grande apelo visual, sendo este um dos seus elementos mais fortes.
Com 19 milhões de utilizadores registados e 1,1 milhões de utilizadores diários, a Trello tornou-se num alvo apetecível para aquisição, sobretudo numa altura em que ferramentas como o Slack, a Asana e o Microsoft Planner mostram que o software de produtividade colaborativo está ‘na moda’.
A Atlassian, uma empresa dedicada somente a software para o segmento empresarial, investiu 425 milhões de dólares para ficar com a Trello.
“O Trello é um meio de comunicação visual incrivelmente popular e bastante elegante”, considerou o presidente da Atlassian, Jay Simons, citado pelo Business Insider.
A Atlassian já assegurou que não pretende implementar qualquer reformulação na Trello, no seu serviço ou na equipa: a empresa fica independente e com liberdade para continuar a desenvolver o seu produto. E será neste sentido que a aquisição da Atlassian vai fazer mais sentido.
A gigante do software já disse que vai investir recursos para que a Trello tenha ciclos de desenvolvimento mais rápidos, podendo responder assim da melhor forma às necessidades dos utilizadores. A junção à Atlassian também deverá aumentar de forma significativa o número de utilizadores da Trello, que ambiciona chegar aos 100 milhões de utilizadores.
A Atlassian confirmou ainda, como refere a Fortune, que as suas plataformas de colaboração JIRA e Confluence, às quais se junta agora a Trello, vão ser complementares e não propriamente ‘canibais’ entre si.