Análise The Pedestrian

Jogos de puzzles há muitos, mas com a mesma atenção ao detalhe como The Pedestrian tem, talvez não haja tantos. Logo a primeira coisa que salta à vista é a paisagem urbana detalhada… tão detalhada que quem vê de longe pensa ser de um open world, mas não. The Pedestrian é um jogo de Plataforma quebra-cabeças 2.5D no seu melhor. Se houvesse uma curta da Pixar baseada neste jogo, não estranhávamos.

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Sendo este o primeiro jogo do estúdio Skookum Arts, estando a ser desenvolvido há já 6 anos, será que vale a pena?

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Jogabilidade dinâmica

Exploramos a cidade através dos vários sinais de trânsito e outro tipo de placas que se espalham pelos espaços urbanos que tão bem conhecemos. Com puzzles simples ao início onde temos que conectar várias placas entre si, ao ligar portas e escadas, e descobrir a sua ordem para passarmos para outros sinais do outro lado da estrada.

Cada parte da cidade incorpora um elemento novo aos puzzles, alterando a dinâmica de como jogamos e a maneira de pensar sobre os puzzles. Quanto mais próximos do fim, mais temos que sair das regras que nos foram apresentadas ao início devido a elementos novos que nos são introduzidos. Como levamos esta chave até àquela porta ali? Que placas temos que interligar? Se ligar estas escadas às outras depois não tenho maneira de ir para o outro lado… São estas as questões que estão constantemente na nossa cabeça.

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Uma das nossas mudanças preferidas foi o incentivo a fazer “reset” ao nível para progredir. No início era suposto passarmos para a próxima placa sem voltar atrás e fazer mudanças, pois isso iria fazer-nos perder o progresso. Mais tarde ganhamos uma espécie de “checkpoint” dentro dos próprio níveis que guardam certas ações que fazemos. Por exemplo, apanhar uma chave e leva-la para outro sinal, para depois fazer-mos reset e aceder a outros sinais indo então apanhar a chave à sua nova localização.

Parece complexo? É mesmo, e é isso que faz The Pedestrian tão bom. É realmente uma maneira ótima de desafiar o nosso pensamento e nós manter intrigados com o que vem a seguir.

Pixar, és tu?

Mal iniciamos The Pedestrian somos apresentados com uma animação bela e fluída, algo que nos fez pensar “okay, é aquela parte de loading screen onde mostram logotipos”, mas não. O jogo começa como algo saído de uma curta-metragem dos gigantes estúdios de animação, com um encanto, subtileza, e simplicidade que apaixona qualquer um.

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Acompanhado com uma banda sonora que faz justiça a esse mesmo sentimento. Uma mistura intrigante de jazz, ambiente, com piano e uma orquestra a interligar tudo. Cada tema desperta a curiosidade pelo mundo e destaca o que cada zona das cidades representam. Cada faixa enquadra-se perfeitamente onde está inserida.

Testado na PlayStation 5, fomos ainda também surpreendidos pelo haptic feedback do Dualsense. Conseguimos sentir cada passo gentil da personagem que controlamos. Embora entusiasmados com a presença desta funcionalidade, podemos ver a mesma como uma oportunidade desperdiçada, já que podiam ter colocado a opçã de passar o o botão de ação ( X ) para os gatilhos do comando, fazendo também proveito dos Adaptive Triggers.

Considerações Finais

The Pedestrian é um jogo que não pode faltar a fãs de quebra-cabeças, ou até apenas curiosos do género. Os gráficos chamam a atenção, despertam a curiosidade, e a jogabilidade faz-nos ficar.

Com um produto final como este, mal podemos esperar para que a Skookum Arts nos traga mais jogos num futuro próximo.

+ Puzzles diversificados e dinâmicos

+ Estilo único e diferente

+ Banda Sonora digna de uma curta-metragem

– Por vezes aborrecido se jogado muito tempo de seguida

N.R.: A análise a The Pedrestrian foi realizada numa PlayStation 5 com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente disponibilizada pela Skookum Arts.

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