Após o extremo sucesso de Breath of the Wild, a Nintendo apostou em levar os jogadores de volta às origens com Skyward Sword HD. A viagem é capaz de levar quem joga até À fórmula original de Zelda que os fãs tão bem conhecem, ou também às origens do reino de Hyrule. The Legend of Zelda: Skyward Sword HD conta-nos como a lenda começou, uma aventura inesquecível acompanhada de uma história brilhante e uma banda sonora excelente.
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O início de uma lenda
Alguma vez te questionaste de onde vem a Master Sword, porque é que o Link usa uma túnica verde, ou mesmo como nasceu Hyrule? A resposta a todas as tuas respostas começam em Skyloft.
Skyward Sword HD é a primeira história da cronologia de The Legend of Zelda. Começamos em Skyloft, umas ilhas flutuantes acima das nuvens onde reina a paz. Link e Zelda são amigos de infância e sempre foram muito próximos, até que um dia uma força misteriosa os separa. Isto leva Link a explorar o mundo desconhecido por debaixo das nuvens à procura de Zelda, onde vamos encontrar áreas que fãs de Zelda já conhecem bastante bem.
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Ao longo da nossa aventura vamos explorar as 3 areas distintas do futuro Hyrule: Faron Woods, Eldin Volcano, e Lanayru Desert. Contrastante a Breath of the Wild, aqui é tudo linear, temos que ir de sitio A para a sítio B. Embora essa linearidade, estas zonas são grandes o suficientes e com partes que apenas serão acessíveis mais tarde no jogo com itens que iremos adquirir. Numa industria saturada com os ditos ‘Open-World‘, é refrescante voltar a mundos lineares mais concentrados.
Para além da história principal, ainda existem várias missões secundárias, atividades espalhadas pelo mundo, um sistema de melhoria de escudos e acessórios, e objetos colecionáveis também. Cada cidadão de Skyloft tem a sua rotina, estando presentes em áreas diferentes da ilha sendo de dia ou de noite, desbloqueando conteúdo diferente conforme a altura do dia. Aconselhamos muito uma visita à Lumpy Pumpkin – um bar em formato de abóbora, e também à ilha do Bamboo onde podemos encontrar um mini-jogo que requer alguma habilidade.
Um elenco memorável
Se há coisa que não falta no mundo de Zelda, são as personagens que ficam connosco para o resto da vida. Saria, Impa, Midna, Beedle, são apenas alguma das personagens inesquecíveis da saga. Zelda e Link obviamente têm sempre papeis semelhantes, embora esta seja talvez uma das Zeldas preferidas pelos fãs. Dito isto, em Skyward Sword HD personagens caricatas é o que não falta.
Groose, um bully com um lado gentil quando “se fala” de Zelda, tornou-se rapidamente um favorito dos fãs há 10 anos. Diz que faria tudo por Zelda, mas será que o faz? Diríamos que vale a pena jogar para ver a jornada de Groose, e também para não falar do tema musical associado a ele, que ficará preso na vossa cabeça pelo menos uns quantos dias… a cada vez que ouvirem.
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Neste título vamos também encontrar um dos vilões mais interessantes de toda a saga, Ghirahim. O nosso primeiro encontro com ele testa tudo o que aprendemos até ao momento, mostrando-nos a destreza e a classe que ele tem. Com apenas 2 dedos consegue agarrar a espada de Link e impedir os nossos ataques. Com toda uma história por detrás dele, consegue ser um vilão que nos marca e nos faz querer que apareça mais.
De volta aos tempos da Wii
No seu lançamento original, há 10 anos na Wii, as opiniões foram bastante dispersas. Com a chegada recente do Wii Motion Plus, um acessório adicional para o Wiimote que permitia uma melhor deteção de movimentos, Skyward Sword foi feito completamente à volta dessa mecânica. Todos os movimentos da espada do Link eram controlados com o Wiimote, o que não agradou a muitos. Agora, em 2021, graças aos Joycons da Nintendo Switch, temos a oportunidade de experienciar o mesmo, mas com uma precisão melhorada que, de facto, sentimos que a intenção original seria como estamos a jogar hoje.
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No entanto, para agradar a todos, também podemos jogar The Legend of Zelda Skyward Sword HD apenas com os botões tradicionais. Com o manípulo direito conseguimos controlar as direções da espada, assim permitindo-nos jogar no modo portátil ou simplesmente sem precisarmos de mexer os braços. Isto não só é bom para quem simplesmente não gosta de controlos por movimento, como também dá a oportunidade a qualquer pessoa que tenha dificuldades motoras de finalmente apreciar um jogo de Zelda que nunca antes foi possível jogarem, devido aos controlos da Wii.
Alta definição e melhorias
Uma análise a um jogo com HD no título não seria uma análise sem o comparar com o original. Apesar das críticas dos fãs online, a verdade é que a diferença não é drástica ao olho nu. O porquê disto é simplesmente porque originalmente o jogo já tem um estilo artístico único, que elimina a necessidade de grandes resoluções ou texturas 4K.
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Nesta nova versão, foi naturalmente aumentada a resolução de 480p para 1080p e também o dobro as frames, de 30FPS para 60FPS. As texturas parecem não ter recebido alterações, mas será que precisavam de tal coisa? O estilo visual do jogo aproxima-se a aguarelas, sendo que cores desbotadas e pastel são o objetivo artístico desejado. Não duvidamos que tenham tentado colocar texturas mais altas, mas decidirem não as utilizar por chocarem com o estilo artistico desejado. Ficámos felizes tambem também do efeito ‘Bokeh’ de objetos à distância presente na Wii continuar presente na versão da Nintendo Switch, embora se note menos.
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Para além disto, a Nintendo também ouviu as queixas dos fãs e fez algo que o jogo bem precisava. Na versão da Wii, quando desligávamos e voltávamos a ligar o jogo, sempre que uma rupee ou qualquer outro objeto era adquirido, era tratado como se fosse a primeira vez que estivéssemos a ver o mesmo, com uma caixa de diálogo desnecessária com texto que já vimos centenas de vezes. Este problema foi corrigido na versão da Nintendo Switch de Skyward Sword HD, tal como as falas excessivas de vários tutoriais ao longo do jogo.
Quando a esta ultima mudança do corte das falas: apesar de tornar tudo mais fluído e a nossa companheira Fi menos chata, faz-nos esquecer um pouco da sua existência por vezes. A Fi não deixa de ser uma personagem importante desta história e diríamos até que esses tutoriais excessivos ao longo do jogo seriam essenciais para a caracterização da personagem, que no final do jogo (sem dar spoilers) seria compensado emocionalmente.
Banda Sonora
Temos ainda que destacar a incrível Banda Sonora desta incrível aventura. Tudo é elevado com as composições orquestrais deste jogo. Ainda nos lembra-nos há 10 anos atrás do tema principal do jogo nos ter surpreendo quando descobrimos tratar-se da tão conhecida ‘Zelda’s Lullaby’, mas invertida. Um nível de composição tão genial que até invertido é bonito.
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Mas não pára aqui, temos imensas musicas memoráveis espalhadas pelo jogo todo. Temas de personagens, músicas que retornam de jogos anteriores, e arranjos completamente únicos. O único ponto negativo da parte sonora do jogo é mesmo não terem atualizado o áudio do jogo para 2021. Som Surround existe, mas podia ser mais trabalhado e alguns efeitos são de qualidade baixa. Mas nada disto vai afetar a um jogador normal que não queira muito saber da parte técnica do som.
Considerações finais
The Legend of Zelda Skyward Sword HD merecia mais atenção no seu lançamento original e finalmente ganhou uma segunda oportunidade. Não levando tantas alterações como outros Remasters levam apenas prova que o jogo já era ótimo no seu estado original. O estilo artístico mantêm-se usufruindo de uma resolução maior e o dobro dos frames, a jogabilidade foi adaptada para todos os gostos, e história continua a ser uma das melhores no universo de Zelda.
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N.R.: A análise a The Legend of Zelda: Skyward Sword HD foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo a ser gentilmente cedida pela Nintendo Portugal
