Super Mario Party Jamboree – Análise

Confesso que a série Mario Party não me diz muito. Sempre fui mais um single-player e nunca tive grandes amigos interessados neste mundo. Ainda assim, consegui enganar o pessoal cá de casa para experimentar este fenómeno de popularidade de que já ninguém se lembra, pois a vida, tal como os videojogos, são efémeros. Todos nós sabemos que jogos após duas semanas do seu lançamento são coisa do passado. Assim sendo, aqui ficam as minhas palavrinhas que ninguém pediu sobre Super Mario Party Jamboree!

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There´s no Party like a Mario Party!

Novos mundos, novos modos. Sete tabuleiros no total, com cinco experiências temáticas inovadoras que permitem dar mais variedade ao que jogamos e com quem jogamos e com 110 mini-jogos que vão do frenético e divertido ao entediante. Todos os tabuleiros estão incríveis, cheios de detalhes e cor, fazendo quase esquecer que a velhinha consola deveria estar a deitar fumo de tal esforço gráfico sem falhas de frames. Impressionante.

Os tabuleiros preferidos cá de casa são claramente Goomba Lagoon e Mega Wiggler’s Tree Party, e já temos instituída uma rotina de um jogo de uma sessão de dois em dois dias em que a Carla suspira pelo fim e a Alice não apanha metade do que vê. Ei, cada um tem os companheiros de jogo que merece!

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Uma das novidades, pelo menos para mim neste franchisado, é a possibilidade de termos companheiros que aparecem em locais aleatórios do tabuleiro. Se chegarmos primeiro a eles, temos a vida facilitada, pois permitem-nos surripiar moedas aos adversários, comprar mais das decisivas estrelas e jogar alguns mini-jogos, de onde se destacam o jogo de perguntas do Vasco Palmeirim da Nintendo, Wario! Muito divertido!

Algo que me puxa para jogar mais uma partidinha tem a ver com a vida que cada um dos tabuleiros apresenta: marés que mudam, vulcões que explodem, ataques do mauzão Bowser, todos têm pormenores que se vislumbram a cada rolar de dados.

No que diz respeito a regras, Super Mario Party Jamboree apresenta um modo Pro, que cá em casa foi apenas experimentado uma vez e quase causava uma destruição de um dos comandos pela pequena Alice. E isto aconteceu porquê, pergunta ninguém? Porque este modo torna mais difícil manter as moedas e as estrelas, é mais fácil roubá-las e faz com que os mini-jogos se baseiem menos na sorte e mais na capacidade de os jogar de forma correta, o que frustrou o pessoal cá em casa. Normal. Mas deve ser super interessante jogar isto com amigos competitivos!

No que diz respeito aos mini-jogos, há para todos os gostos. O foco está muito no timing e no trabalho em equipa e aqueles mais chatos em que as imprecisões dos movimentos dos comandos afetam os resultados podem ser desligados. Uma boa adição.

Do velho se joga o novo

O modo Mario Party, a base de toda a saga, é mesmo divertido de jogar.  Mas toda a panóplia de atividades extra que o jogo nos oferece merecem ser exploradas, de onde se destacam Party Planner Trek e Bowser’s Kaboom Squad.

Na primeira andamos livremente pelos tabuleiros a completar tarefas propostas pelos seus habitantes, colecionando também novas decorações para a nossa praça central. Nada de essencial para a experiência, mas gostei de o fazer. Nada como completar umas missõezinhas para uns NPC’s!

Bowser’s Kaboom Squad é a grande novidade, que nos permite agarrar em mais três companheiros e mapas, onde precisamos de juntar bombas para colocar em canhões para rebentar em cima do eterno mau da fita, enquanto evitamos amigos e outras explosões. Envolve atividades com muito trabalho de equipa e alguma estratégia e é certamente o mais divertido destes modos acessórios. Talvez aquilo que menos agrada neste modo é o facto de que cada jogador em modo cooperativo local precisar de uma consola para si e jogar contra IA não é a mesma coisa.

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No que diz respeito a modos que não me deram grande pica de jogar, temos o Paratroopa Flight School e o Toad’s Item Factory, com os seus jogos em que temos de utilizar os sensores de movimentos imprecisos nos seus diabólicos mini-jogos, tal como Rhythm Kitchen, em que me diverti um pouco mais, pois cá em casa somos fãs da série Cooking Mama, mas mais uma vez os comandos pouco certeiros retiram alguma da piada à coisa. Que pena.

Estes modos, apesar de saberem aos rebordos de massa da pizza e não serem super agradáveis de “comer”, não deixam de acrescentar valor a um jogo já com tanto para usufruir.

Só mais um ponto que para mim é negativo: se fizermos um jogo no modo Pro, vai envolver sempre no mínimo doze rondas por jogador, fazendo com que cada jogo fique no mínimo por uma hora e vinte. Pode tornar o seu término complicado…

Considerações finais

Super Mario Party Jamboree entrega tudo o que promete, melhorando as suas mecânicas base, com muitos mini-jogos divertidos, tudo entregue num pacote cheio de cor e vida. Os novos modos acrescentam valor à experiência, bem como o “battle pass” e a vida no online, onde tudo parece correr sobre rodas. O colecionismo de objetos é algo novo e que pode agradar aos entusiastas.

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Super Mario Party Jamboree quase parece um milagre da velhinha Nintendo Switch, que se aguenta sem gaguejar. Sejam novos ou mais crescidos, vão de certeza adorar partilhar este jogo em toda a sua plenitude. Mas acho que cá em casa já não me devo safar com jogos em família, já que sou o jogador supremo e me tenho vangloriado em cerimónias que podem envolver algumas danças ridículas, língua de fora e nudez parcial.  

Se Super Mario Party Jamboree for o canto do cisne da saga nesta consola, o seu legado está bem defendido.


+ Tabuleiros vivos e interativos
+ Variedade e quantidade de mini-jogos
+ Novos modos divertidos

– Um jogo pode demorar…

N.R.: A análise a Super Mario Party Jamboree foi realizada numa Nintendo Switch com uma cópia do jogo cedida pela Nintendo Portugal.

Paulo Tavares: Professor de ocupação, jogador por diversão. Guarda religiosamente as cassetes do seu Spectrum 128k. Leva demasiado a sério a discussão de melhor Final Fantasy. 7, fim de conversa.
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