Em 2016, Shadowverse era apenas um jogo digital de cartas. Agora, Shadowverse: Champion’s Battle chega à Nintendo Switch como um JRPG completo com história inspirada no anime e um sistema de batalha de cartas que agarra qualquer um interessado no género.
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A popularidade dos jogos de cartas de estratégia nunca se questionou, mas ultimamente temos visto cada vez mais versões digitais dos mesmos. Heartstone, Gwent, e até Magic: The Gathering ganhou uma versão digital. Será Shadowverse apenas mais um entre muitos, ou conseguirá destacar-se?
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O Universo de Shadowverse: Champion’s Battle
Dentro do mundo do videojogo, Shadowverse é um jogo de cartas digital com uma popularidade imensa, ao ponto de haver estádios onde se realizam competições. Começamos a nossa jornada como um aluno novo numa escola completamente normal, onde maior parte dos alunos jogam casualmente Shadowverse. No entanto, existe um clube escolar para o mesmo, e após nos juntarmos é aí que a nossa aventura começa.
O enrendo inicial faz-nos procurar de membros novos para manter o clube aberto, pois está em risco de ser fechado pela escola… mas não é só isso, também teremos que participar e ganhar o torneio nacional de Shadowverse. No meio disto tudo, exploramos a escola, a cidade onde vivemos, e tudo ao nosso redor. Estas áreas todos estão divididas por pequenas secções, não se tratando de um mundo aberto. Trata-se de um típico JRPG mas com um sistema de batalha de cartas!
Como não podem faltar missões secundárias num JRPG, temos bastantes espalhadas pelo mundo. Algumas desbloqueiam-nos cartas novas, outras aumentam a nossa relação com as personagens principais, desbloqueando-nos assim a carta favorita dessas mesmas personagens eventualmente. Também podemos encontrar cubos colecionáveis espalhados pelas zonas que visitamos que nos desbloqueiam um pack de cartas, algo semelhante aos pacotes de cartas pokémon que compraríamos em lojas, sem sabermos o que nos vai calhar.
Sistema de batalha
Se já são familiares com jogos deste género, será fácil apanhar o jeito à coisa. Se não, rapidamente se aprende. Existem 7 classes de cartas, e nenhuma delas podem ser misturadas entre si com exceção das cartas neutras. Podemos assim escolher a nossa classe favorita e indo acumulando cartas e fazer os nossos próprios barulhos (Decks) ou optar pelos pré-feitos.
Com 40 cartas no baralho, começamos o jogo com 3 cartas na mão, 20 de defesa, 1 ponto que a cada turno vai subindo até chegar a 10. Esses pontos são o que nos vão permitir jogar as cartas. Cada uma tem um número especifico necessário para ser jogada. No primeiro turno apenas podemos jogar uma carta que tenha 1 ponto, no segundo turno cartas com 2 pontos. No terceiro turno já temos 3 pontos e é a partir de aqui que a estratégia começa. Jogamos 2 cartas, uma de 1 ponto e outra de 2 pontos? Ou uma de 3 pontos mais poderosa?
Os 20 pontos de defesa que estão atribuídos à nossa personagem são o que define quando o jogo acaba. O objetivo é levar os pontos de defesa do adversário ao zero. Podemos ataca-los a qualquer altura, tendo o nosso adversário cartas em campo ou não. Existem certas cartas que ativam uma barreira que nos obriga a destruir essa carta antes de conseguirmos voltar a tirar pontos de defesa ao nosso oponente.
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Falando mais em detalhe das cartas com que jogamos, todas as que são “followers” (para simplificar, são criaturas) têm pontos de ataque e defesa e nunca podemos atacar ao primeiro turno que as jogamos, tendo sempre que esperar até à nossa próxima jogada. Ao atacarmos uma criatura do nosso adversário vamos tirar pontos de defesa à carta, mas ao fazermos isso também vamos sofrer danos dependendo dos pontos de ataque da carta que atacámos.
Algo único a Shadowverse: Champion’s Battle é podermos evoluir os nossos followers durante o jogo. Por cada jogo podemos evolui-las 2 ou 3 vezes, dependendo de quem for o primeiro turno. Isto permite às criaturas terem mais pontos de ataque e defesa, e por vezes com mais algum bónus associado a elas.
Para além destas cartas, existem também os spells (feitiços). Cartas de uma utilização que podem servir para eliminar cartas dos outros adversários, dar certos pontos de dano, recuperar defesa, etc. E por últimos temos as amulets (amuletos), que são cartas que ficam no campo de batalha para darem suporte aos nossos followers, com funcionalidades como aumentar o ataque ou fazer invocações, das quais vamos falar mais em baixo!
Qual será o deck ideal para mim?
Todos têm algo distinto, por isso vai sempre depende do gosto pessoal de cada um de nós. Com 7 classes por escolher e cartas por colecionar, o mais indicado é experimentarem um pouco de todas as classes e verem o que preferem. Podemos optar por escolher favoritos, ou simplesmente adaptar o nosso deck conforme o baralho do inimigo que vamos enfrentar.
Mas falando em mais detalhe, cada classe de Deck tem algo que muda a maneira de jogar, quase como uma habilidade especial. Aqui vamos dar 2 exemplos preferidos da equipa do Future Behind.
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Em Dragoncraft temos o Overflow. Passados 7 turnos do inicio do jogo o Overflow fica ativado e isso dá uma melhoria a certas cartas. Umas ficam com mais ataque, outras apenas podem atacar quando o Overflow está ativo, e outras não podem ser atacadas de todo quando o Overflow está ativo, sendo apenas possível elimina-las com uma carta de feitiços.
Nos decks de Havencraft temos countdowns, um temporizador posto em certas cartas de amuletos que apenas têm o seu efeito ativo passado um certo numero de turnos indicado pela carta. Podemos por em jogo uma carta que passados 2 turnos invoca 2 fadas. Aí corremos o risco do adversário utilizar algum feitiço para eliminar essa carta, mas com alguma estratégia conseguimos assegurar-nos que a carta se mantêm em campo.
Este tipo de mudanças de jogo são únicas ao tipo de baralho. Decks de Havencraft não tem overflow nem cartas que usufruam dele, tal como baralhos de Dragoncraft não têm cartas amuleto que fazem invocações.
De volta aos Animes de cartas
Sendo a história baseada no anime, mas não inteiramente, temos cenas de jogo que são apresentadas com animação típica japonesa. Isto dá-nos aquela sensação old school de quando nos aparecia uma cutscene CGI com animações e gráficos incríveis nos Final Fantasy antigos, quase como se quisessemos continuar com a história para ver quando chega a próxima.
Para além do que já descrevemos, a história não é nada de mais. A partir de certo ponto começa a ser tudo à volta do torneio e aumentarmos o nosso Rank fazendo várias batalhas contra outras personagens. Quando maior o nosso Rank mais árduas começam a ser e novos elementos começam a ser introduzidos tanto na história como na jogabilidade. Quem cresceu com Yu-gi-oh e Magic: The Gathering vai ter a nostalgia em altas e realmente acreditar que a nova geração está em boas mãos com Shadowverse: Champion’s Battle
Considerações Finais
Shadowverse: Champion’s Battle junta o melhor do mundo das cartas e dos videojogos. Com um sistema de batalha robusto e um modo online para enfrentarem os vossos amigos e testar os vossos baralhos têm horas e horas de diversão. Shadowverse aguenta-se sozinho apenas com as batalhas, mas por si só é um bom JRPG com bastante por fazer.
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Atrevemos-nos até a dizer que, se são fãs de Magic The Gathering, Pokémon e Anime, deveriam experimentar este jogo. Porquê? Pelo simples facto de termos uma exploração e batalhas para resolver confrontos como em Pokémon, o sistema de batalha lembrar imenso Magic: The Gathering mas um toque único e original, e ter aquela pitada de anime por cima que a história nos proporciona. É uma formula impossível de falhar quando bem executada, e aqui assim foi. Ganhámos talvez um novo vicio.
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N.R.: A análise a Shadowverse: Champion’s Battle foi realizada, numa Nintendo Switch, com acesso a uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Marvelous Europe.