Say No! More

Say No! More – Análise

Problemas com colegas ou chefes, quem nunca? Já estagiaram em empregos malditos? Foram pau para toda a obra? Say No! More

O chefe pede horas extras. Outro, fala em dar tudo para a empresa. Tudo o que queremos fazer é gritar um grande “Não” na cara deles continuar focados no que é importante para cada um de nós. No nosso dia a dia isso é, na maior parte dos casos, difícil de fazer. No entanto, neste jogo é isto que temos de fazer para tornar o nosso mundo melhor.

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Say No! More foi desenvolvido pelo Studio Fizbin e publicado pela Thunderful Publishing. A experiência é muito focada na narrativa, com uma mensagem muito positiva sobre confiança e liberdade de expressão.

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Dizer que não, até mais não.

Assumimos o papel de um personagem conhecido como The Intern (a estagiária). Ela não consegue resistir às agruras do primeiro dia de trabalho numa grande empresa, que inclui servir cafés e um ambiente de trabalho tóxico em geral. Tudo muda quando ela encontra uma cassete (este ainda é um mundo que haviam Walkman’s e computadores enormes) com um treinador com sotaque australiano. Ele ensina-lhe o poder do “Não” e a sua vida começa a mudar. Tudo muito nonsense que demonstra muito o contexto deste título.

A jogabilidade de Say No! More é bastante limitada. Movemo-nos automaticamente nos níveis e só nos precisamos de preocupar em proferir Não! quando necessário. Existem quatro variedades de “Não” para implementar e quatro maneiras de capitalizar o seu uso. Há nuances envolvidas, mas o jogo nunca nos pede para resolver situações complexas com elas. Existem muitos momentos engraçados com a poderosa palavra, mas não há nenhum desafio real para ser superado.

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A história é o que nos mantêm envolvidos. O personagem principal tem que lidar com situações e conversas que muitos de nós odiamos ou tentamos evitar. A cultura de dizer “sim” pode ser um problema real, uma ferramenta para as grandes empresas tentarem controlar o tempo e a energia dos seus funcionários.

Say No! More

Say No! More mostra o quão poderosa a palavra Não pode ser.

Tudo é exagerado de forma positiva. A história percorre alguns lugares estranhos e inesperados, que inclui um concurso televisivo no Inferno e uma grande reviravolta no final. O foco constante em mostrar como as coisas poderiam ser melhores torna-se um pouco irritante no final, mas a escrita é boa para o contexto em que está inserida. Say No! More acaba por ser, ou quase que é, umwalking simulator bastante engraçado.

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O maior problema (o que pode ser bom para alguns jogadores) é que toda a experiência é um pouco curta. Mas, no final, esperávamos ver um momento épico que colocasse o poder do “Não” contra um novo tipo de inimigo ou uma nova situação surpreendente.

Blocos e mais blocos

A apresentação de Say No! More é bastante atrativa para quem gosta de experiências indie e este jogo é certamente toda uma experiência. Gráficos 3D mas em bloco, assemelhando-se um pouco com Minecraft. Apesar dos recursos limitados, não tivemos problemas em nos divertir com o jogo. Todos os personagens principais, com foco no estagiário, têm personalidades e emoções bem definidas. Podemos criar o nosso personagem ou aleatoriamente o jogo escolhe por nós, e são sempre personagens engraçadas.

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 A variedade é um pouco limitada, mas até os ambientes e discussões têm pequenos detalhes divertidos. A banda sonora, animada e adequada a um título de comédia, é um dos destaques e o voice acting, que consegue ser engraçada e comovente enquadrando este titulo como um cartoon. Merece ser elogiado pela variedade de “Não” oferecidos para a nossa escolha, incluindo hindi, chinês e árabe. Nós escolhemos com orgulho um redondo Não! em português de Portugal.

Considerações finais

Say No! More é um exemplo do que uma pequena equipa com uma mensagem clara e uma boa direção no seu design pode oferecer. O Studio Fizbin criou um jogo curto que explica de uma maneira engraçada o poder do Não!

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Por vezes o guião é demasiado sério, mais no último terço do jogo, mas é toda uma viagem que nos ensina que devemos sempre expressar-nos e ultrapassar obstáculos sempre num tom de comédia.

+ Conceito narrativo

+ Som e voice acting

+ A mensagem sobre autoexpressão

– Jogabilidade limitada

– Pode ser curto para alguns

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N.R.: A análise a Say No! More foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Plan of Attack!