uu-uuuuu pouca terra, pouca terra u-uuuu. Viajei até ao século XIX para colocar em funcionamento o sistema ferroviário e claro, caso tudo corra bem, enriquecer depressa e tornar-me um verdadeiro magnata dos comboios para conseguir comprar uma casa no Entroncamento.
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Entrei em Railway Empire 2 sem grandes informações sobre o jogo… ok sabia que era sobre comboios! À primeira vista o menu é simples e depressa fui direcionado para um modo tutorial para aprender o básico, ideal caso sejam novos no mundo da ferrovia ou, precisem de perceber como é que funciona um comboio a vapor.
Ponto a Ponto:
Modos de jogo para todos
Começar por indicar que este Railway Empire 2 conta com quatro modos de jogo, o modo campanha, modo livre, cenários, multiplyer e claro, o modo sandbox. Explicar o que cada um deles é, para também vocês perceberem se algum vos chama à atenção:
- Modo campanha – Dividido em 5 capítulos, aquele que é o modo história do jogo leva-nos a começar no nordeste americano. Vários objetivos para cumprir e muitas missões antes de conseguir continuar a nossa saga.
- Modo livre – Aqui podemos escolher onde começar no mapa. Escolher não só país e cidade mas também o ano em que começamos. Começar em 1830 ou em 1910 vai certamente mudar a forma como jogamos. Aqui podemos também ajustar o nível e detalhes como os fundos iniciais, concorrentes, poder da IA e claro… mais objetivos para completar.
- Cenário – Uma espécie de modo campanha, mas mais aberto. Aqui a diferença é que não temos capítulos para completar, por isso logo de início podemos escolher vários cenários no mapa.
- Sandbox – O mapa é o nosso limite. Escolham onde querem começar e usem uma carteira sem fundo para criar aquela que é a maior e melhor ferrovia do mundo… ou simplesmente a que vocês sempre quiseram.
- Multiplayer – Aqui podemos jogar com outros magnatas da ferrovia e assim criar relações profissionais ou até arranjar sócios para a exploração ferroviária. O grande problema é que o modo está fechado à vossa lista de amigos… nada de criar negócios de milhões com desconhecidos.
Modo campanha é dos mais interessantes
Railway Empire 2, principalmente nos modos onde existe um limite de orçamento, apresenta-se com uma forte componente estratégica. Primeiro teremos que escolher onde começar, se numa das regiões Norte-Americanas, se na Europa onde se encontra o norte de Portugal, mais propriamente a cidade do Porto.
Espalhado pelo mapa temos vários tipos de indústria, que podem ser importantes para forma como criamos a nossa linha de ferrovia. Não só pela forma com conseguimos lucrar com cada uma delas, mas também tendo em atenção os objetivos que nos vão sendo apresentados como, por exemplo, ligar cidades a diferentes indústrias. Mas como é que o fazemos?
Primeiro é necessário construir estações, uma na origem da linha e outra no fim de forma a ligar as tais cidades às referidas indústrias. Claro que também podemos ligar duas cidades, e nesse caso tenham em atenção: é melhor construirem duas linhas… o trânsito deve ser mais elevado.
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Também ao construir as linhas é necessário ter atenção ao terreno que estão a usar. Pontes e túneis gastam mais do limitado orçamento. Por isso há sempre a escolha a fazer: ir à volta ou furar a montanha? Olhem para os vossos recursos e escolham de forma inteligente.
Por fim, há que escolher a locomotiva: passageiros, carga ou algo que dê para os dois. Cuidado é com os custos… sempre cuidado com os custos. Sim sim, o modo sandbox é bem mais divertido para a construção sem limites… mas ao mesmo tempo pode tornar-se repetitivo muito rapidamente. No tal modo sandbox acabamos por não ter que lutar ou criar estratégias para ganhar dinheiro… não há aquele incentivo para expandir as estações, as linhas ou até os negócios que podemos criar nas estações.
Horas e horas de linhas de comboio criadas e os mix feelins ainda aqui estão. Railway Empire 2 é um jogo interessante para passar uma horas e criar a nossa empresa digna de criar as melhores estações de comboios do mundo, sempre de olho no objetivo e criar quilómetro a quilómetro de ferrovia. No entanto, do outro lado temos uma linha ténue entre o interesse e o aborrecimento, o jogo torna-se repetitivo rapidamente já que acaba por ser um jogo de gestão… um pouco como The Sims onde as tarefas acabam por se sempre as mesmas, sendo necessária alguma imaginação para construir a nossa própria história.
E com o passar dos dias a jogar Railway Empire 2 fiquei com a sensação que o jogo acaba por se adequar mais para PC ou para ser jogado em consola com teclado e rato (quando suportado) já que torna a construção e manutenção do nosso mundo muito mais intuitivo.
Considerações Finais
Railway Empire 2 é um jogo de estratégia que nos leva até ao século XIX para tentarmos evoluir o sistema ferroviário mundial (ou apenas regional dependendo da nossa ambição). Não há muito mais que se possa pedir a nível gráfico, acabando até por ser interessante todo o mundo criado em torno das nossas linhas ferroviárias, principalmente nas cidades.
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Se és de sandboxes e até gostas de comboios, este pode muito bem ser um jogo para ti. Vais poder passar umas boas horas de jogo no mundo ferroviário sem dares conta disso, gostava ainda de ver este jogo com uma maior comunidade, já que pode tornar o modo multiplayer muito mais interessante.
N.R.: A análise Railway Empire 2 foi realizada numa Playstation 5 com uma cópia do jogo cedida pelo Play&Game