Plants vs Zombies: Battle for Neighborville

Análise Plants vs Zombies: Battle for Neighborville Complete Edition

As grandes rivalidades sempre fizeram parte do imaginário coletivo. Tal como os fãs mais acérrimos da Playstation e da Xbox defendem as marcas prediletas até ao fim dos tempos, podendo quase haver carnificina, na franquia Plants vs Zombies o mesmo acontece entre a flora dos jardins e os mortos-vivos. Criado pela PopCap Games, o primeiro lançamento pautou por ser um viciante título de tower defense e estratégia em 2D e nos últimos anos, a série tornou-se num shooter na terceira pessoa em 3D, com alguns elementos de estratégia. Plants vs Zombies: Battle for Neighborville Complete Edition aterra por fim na Nintendo Switch, e embora seja a versão definitiva em termos de conteúdo e tenha a portabilidade como excelente adição, tecnicamente é sem dúvida a versão mais atribulada, mesmo tendo em conta as limitações da Switch.

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Quem está familiarizado com a franquia sabe que o sentido de humor, as personagens tresloucadas e coloridas e a diversão desmiolada fazem parte do ADN dos três últimos jogos. Em Plants vs Zombies: Battle for Neighborville, o jogador tem à disposição um conjunto generoso de personagens, cada uma com as suas habilidades específicas. As personagens encontram-se divididas em três classes: as focadas no ataque, tendo geralmente mais poder de artilharia; as que apostam mais na defesa, destacando-se por ataques à distância e armadilhas e por fim, as personagens de suporte, que funcionam como médicos, ao recuperar a saúde dos aliados.

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Frenesim entre plantas e zombies

Um dos pontos fortes de Battle for Neighborville recai na experimentação das diversas personagens. Querem experimentar um cogumelo ninja capaz de salto duplo e com uma agilidade absurda? Ou preferem um zombie armado em super-herói que desfere poderosos ataques físicos? As possibilidades são imensas e a extravagância das personagens torna o processo ainda mais divertido.

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Também existe incentivo em progredir de nível. Cada personagem inicia-se como recruta e a cada dez níveis, é promovida a um estatuto superior, culminando em mestre. Vão ganhando maior velocidade, mais munição e outros truques novos à medida que a personagem evolui, para além das recompensas em moedas e experiência. Ao jogarem em co-op ou a solo, têm à vossa disposição algumas regiões abertas à exploração, que diferem ao jogarem com zombies ou plantas.

 As missões principais são um dos destaques de Battle for Neighborville. Por exemplo, vão ter que evitar uma explosão de queijo incandescente que ameaça destruir a cidade de Neighborville. As situações patetas, sempre acompanhadas de bom humor e muitos trocadilhos, acabam quase sempre numa épica batalha de boss, algumas das melhores sequências de ação do jogo. Há também bastante conteúdo secundário distribuído pelas áreas exploráveis, como as Bounty Hunts, em que inimigos específicos têm a cabeça a prémio ou as Ops, onde precisam defender uma base, havendo inúmeras rondas de inimigos.

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Existem também baús para encontrar ou gnomos dourados para recolher, entre outros coleccionáveis e são sempre recompensados, seja por moedas, experiência, vestimentas e medalhas. Com as moedas recolhidas podem comprar skins, mais pontos de experiência, mapas com a localização dos tesouros, entre outros. Tudo isto sem vestígios de qualquer micro-transação, o que é de louvar por parte da EA. Este port na Switch possibilita também a utilização de sensores de movimento, embora não sejam recomendados caso queiram maior precisão nos tiroteios.

Plants vs Zombies: Battle for Neighborville

O último a morrer que ponha o estrume

Apesar de o conteúdo ser abundante, cedo se instala uma sensação de redundância nas tarefas. Para muitos jogadores é no modo multijogador que vão encontrar mais estímulos para continuar. Tanto em modo online como offline, Plants vs Zombies: Battle for Neighborville oferece uma boa seleção de mapas e modos. Têm o tradicional Team Deathmatch ou Team Vanquish como é apelidado aqui, em que plantas e zombies se defrontam, ganhando a equipa que chegue às cinquenta mortes primeiro. O modo Suburbination desafia as equipas a conquistar o maior número de bases enquanto o modo Battle Arena coloca equipas de 4v4, sendo que cada personagem eliminada é inutilizável até ao fim da partida. O resto dos modos deriva destas mecânicas. É fácil de pegar e numa questão de minutos já se estão a divertir.

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Battle for Neighborville possui uma estética cartoon agradável, embora sem grande detalhe. O maior problema desta versão na Switch prende-se com a performance que deixa muito a desejar. Ao contrário das versões lançadas em 2019, o jogo corre a 30 fps, e pior que isso, “engasga-se” constantemente, sobretudo nos momentos mais caóticos. A determinadas alturas, os olhos sofrem não só pela extrema falta de fluidez mas também por ser difícil saber para quem disparamos. Por vezes, as texturas levam bastante tempo a carregar.

Considerações Finais

Plants vs Zombies: Battle for Neighborville Complete Edition é um shooter sólido, sem nunca deslumbrar. É um título que prima pela acessibilidade e proporciona muitas horas de diversão descomprometida.

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Sendo compreensivelmente a pior versão em termos técnicos, a verdade é que se exigia mais, pois mesmo nos parâmetros da Switch, o jogo peca pela evidente falta de otimização. Após alguma habituação às fragilidades na fluidez, é um jogo que vale a pena caso estejam a precisar de um shooter divertido na Switch.


+ Diversidade de personagens, cada uma com habilidades únicas
+ Multiplayer que prende, em especial com amigos
+ Fácil de pegar e progredir

– Falta de fluidez gritante
– A repetição cedo se instala

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N.R.: A análise a Plants vs Zombies: Battle for Neighborville Complete Edition foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela EA Portugal.