Humankind – Análise

Sempre gostei de jogos de estratégia, dentro e fora das consolas. Foram muitas as horas passadas a jogar Age of Empires II ou, fora dos videojogos, Risco… noites e noites a fio, enquanto tentava dominar o mundo através de força bruta. Agora, com a chegada de Humankind a força bruta é apenas um dos elementos, e mais que conquistar é preciso evoluir.

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Humankind é o novo jogo da Amplitude Studios e leva-nos para um ambiente onde não só temos que expandir o nosso território, mas também aniquilar ameaças, recolher recursos e claro, explorar o território enquanto evoluimos a nossa civilização. Será que o título publicado pela SEGA tem o que é preciso para fazer frente a nomes como Civilization?

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Tendo sido esta a minha primeira experiencia com um jogo do género, levei a introdução a Humankind de forma muito lenta. Digo lenta, porque senti que para alguém que entra do nada no jogo, a curva de aprendizagem é bastante elevada e podem ser precisas algumas horas de jogo até que se comece a retirar alguma diversão do jogo.

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Durante todo o progresso da vossa civilização em Humankind vão ter escolhas para fazer, seja sobre quem invadir ou que prescritiva ter em relação à religião, ciência, política…. qualquer coisa. Na ponta dos vossos dedos terão a possibilidade de escolher um rumo, e identidade, de todas as “pessoas” que vivem no território que controlam.

Humankind, de cidade em cidade

Ainda durante a grande curva de aprendizagem vão começar a vossa civilização, fazer as primeiras escolhas, explorar os primeiros pedaços de território… fazer as primeiras alianças. À medida que vão avançando no jogo vão também começar a ter que criar mais recursos, e começar a moldar o futuro da vossa cidade. Mas claro que à medida que as ambições vão crescendo também a necessidade de expandir os horizontes, podem fazê-lo através da criação de colónias que depois podem evoluir para novas cidades… e pronto é assim que se cria um empério.

Mas calma, porque nem tudo são rosas. Há medida que vão crescendo vão também atraindo olhares curiosos de outras civilizações. A partir daqui começam a fazer as primeiras alianças ou a fomentar os primeiros ódios de estimação: a criação de inimigos faz parte da história da humanidade, até num videojogo onde tudo é controlado por nós. As alianças são importantes, não só pelo controlo de fronteiras ou pela possibilidade de adquirir força necessária para combater invasores, mas porque Humankind ensina uma bonita lição a todos os seus jogadores: aprender com os outros é algo extremamente positivo.

Conhecimento

Em Humankind o conhecimento é algo extremamente importante. Não só o que vão aprendendo com os vossos aliados, mas também as condições que criam para que a vossa civilização tenha tempo, e vontade, para aprender. Aprendizagem leva à evolução, e escolhas que podem parecer insignificantes (no contexto geral do jogo) como, por exemplo, incentivar ao pensamento podem levar a que a vossa civilização seja a que mais evolui no campo tecnológico, por exemplo, e assim numa era moderna tenham vantagem em relação às restantes.

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A vantagem que também têm que ter em relação às restantes facções no jogo, principalmente quando estão a começar, é o conquistar de terrenos com muitos recursos. Sejam animais ou metais é importante mostrar que aquela zona é vossa, porque, tal como na vida real, só com recursos conseguem ter o que é necessário para crescer e evoluir.

O jogo da Amplitude Studios é uma excelente forma de entrar no mundo dos jogos de estratégia 4X, é uma injeção de história da humanidade ao mesmo tempo que criam a vossa história. E a delícia do 4X, e de Humankind em particular, é que de um turno para o outro (sim, é um jogo por turnos algo que não sou muito fã, mas aqui é compreensível e até se passa bem o tempo) tudo pode acontecer. Uma revolução pode começar, podem ter uma tentativa de invasão ou um aliado que virou inimigo e atacar a capital do vosso império… é preciso estar preparado para tudo. Drama, ação e muitas horas de jogo: tudo coisas que podem esperar de Humankind.

Considerações Finais

Humankind é uma excelente forma de entrarem no mundo do 4X, embora curva de aprendizagem seja enorme o jogo consegue explicar tudo de forma a que mesmo o mais inexperiente dos jogadores consiga com algumas horas de jogo começar a perceber o que fazer de forma intuitiva.

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Por fim, a componente histórica lado a lado com a capacidade de construir a própria história foi algo que sempre me fascinou. A única coisa que posso dizer que não me agradou de todo foi o facto de ser um jogo por turnos, na minha visão de newbie seria interessante ter este mesmo jogo, mas com a possibilidade de jogar sem turnos, tudo a acontecer ao mesmo tempo, dando ao jogo que já tem um ritmo bastante acelerado (caso seja do nosso interesse) um ritmo ainda mais frenético.

E sim, Humankind está disponível no Xbox Game Pass para PC, por isso caso tenham o serviço podem sempre experimentar este 4X e começar a criar a vossa própria civilização. Caso o vosso PC não tenha capacidade para aguentar com a criação de toda uma civilização podem apostar em serviços como o Google Stadia onde o título também se encontra disponível.


+ Possibilidade de jogar em multiplayer torna o jogo mais apelativo
+ Design do mundo bastante apelativo
+ Possibilidade de criar alianças e laços diplomáticos é bastante interessante

– Nem sempre é fácil ter o botão de finalizar turno a responder corretamente
– Curva de aprendizagem enorme

N.R.: A análise a Humankind foi realizada num PC com processador AMD Ryzen 7 3700X e GPU Nvidia GEFORCE 3060 com 16Gb de RAM. A cópia do jogo foi disponibilizada pela Play & Game.

André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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