A introdução ao mundo de Hitman, e claro do seu Agente 47, é desnecessária. Todos sabemos que a franquia é um dos principais nomes no que diz respeito a jogos de stealth, tento desde o ano 2000 conquistado fãs em todo o mudo. Em Hitman 3, o 8º jogo da série, estamos na pele do famoso Agent 47, enquanto este, juntamente com os seus aliados, tenta acabar de uma vez por todas com Providence.
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Mas será que 21 anos depois a energia de Hitman é a mesma?
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A resposta simples é sim, o Agente 47 continua com a mesma energia que tinha há 21 anos. E Hitman 3 é mesmo isso, mais Agente 47, mais missões, alguma inovação, mas nada de grandes mudanças… até porque não há razões para mudar uma fórmula que está claramente a sair vencedora.
Assassino, detetive ou ambos?
Como já referimos, Hitman 3 mantém a fórmula dos últimos jogos da franquia. Os mesmos objetos, a mesma forma de os ir buscar, o mesmo tipo de locais onde esconder as nossas vítimas de ocasião e, de certa forma, a mesma forma de as aniquilar. No entanto, é importante dizer que tudo isto está mais capaz, mais suave e mais rápido tornando, no geral, a experiência de jogo mais satisfatória.
Numa das missões mais interessantes que apanhamos, isto tendo em conta todos os jogos da franquia, tivemos a possibilidade de explorar toda uma mansão, à nossa vontade, sem levantar qualquer tipo de suspeita. Porquê? Como? Simples, uma das histórias que podemos seguir, nesta localização em específico, é a de um detetive privado contratado para resolver um crime. Ou seja, a partir do momento que vestimos o fato de detetive (literalmente) estamos à vontade para explorar o que quisermos, falar com quem quisermos sem levantar suspeitas.
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Dizemos que foi a missão mais interessante, não só pela possibilidade de exploração que nos dá, mas também porque foi aqui que conseguimos encontrar o melhor e o pior de Hitman 3:
- O melhor – Foi aqui que conseguimos perceber o nível de detalhe nos cenários criados para Hitman 3, e foi também aqui que, em algumas situações, nos apercebemos da inteligência existente nos diálogos, piadas sublimes e toda uma story line que pode ser criada através da comunicação com os NPCs à nossa volta.
- Foi também aqui que percebemos a rapidez da animação a trocar de roupa e a facilidade que isso nos traz até ao jogo. Para além disso foi com esta missão que percebemos que Hitman 3 está mais trabalhado, mais pensado, quando em comparação com os jogos anteriores.
- Foi também nesta missão que nos sentimos mais que um “Hitman”… de facto deu para entrar na personagem à qual roubamos a roupa e viver, por momentos, como essa personagem. Algo que, geralmente, não acontece, pois, o nosso papel (a nossa missão) será sempre procurar os alvos a abater.
- O pior – Infelizmente foi nesta missão que percebemos que a IA do jogo podia estar muito melhor. Talvez devido a toda a exploração que fizemos deu para perceber algumas falhas. Desde aniquilar um NPC de frente para outro e depois de todo o alarmismo foi só mudar de roupa e nada se passava, a testemunha do horrível assassinato deixou de saber quem éramos e o que tínhamos acabado de fazer. Ou então matar alguém, ter testemunhas, esconder o Agente 47 num arbusto… e já ninguém sabe dele, nem os que o viram a entrar no arbusto.
- Para além disto, não por culpa da IA, mas por culpa da falta de diálogos com NPCs secundários, tivemos também um passeio interessante com um segurança que nos expulsava da localização. Não é que o rapaz repetiu umas 5/6 vezes algo do género “Bom rapaz! Estás mais bem treinado que o meu cão!”. Obrigado… conversa fantástica.
Por tudo isto, Hitman 3 consegue ser uma evolução dos jogos anteriores, mas, em simultâneo, pedia-se que, na altura em que saiu, a evolução fosse um pouco maior.
Para os fãs
No geral, Hitman 3 não foi uma evolução soberba, mas continua a dar aos fãs do género e da série aquilo que eles querem. Ação, furtividade e a necessidade constante de pensar antes de agir.
A IO Interactive continuou a fazer um jogo seguro, capaz de oferecer aquilo que promete oferecer sem nunca tentar fazer mais do que aquilo que oferece. Se esperam algo cheio de ação como se um filme de domingo se tratasse bem que podem esquecer porque não vai acontecer. Na sua maioria, as missões levam-nos a pensar antes de entrar na ação e a agir com alguma calma, de forma a não levantar suspeitas… Claro que podem entrar numa sala aos tiros e acabar com tudo o que vos aparece à frente, mas depois terão que sofrer as consequências. Começar de novo aquele segmento.
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Se é isto que procuram, um jogo de ação, mas para ser levado com calma, então sim este é o vosso jogo. Caso sejam fãs da série, não precisam de pensar muito. Vão continuar a gostar, este Hitman 3 não vai mudar isso.
Importa ainda realçar que sim existe uma história e que até nos é apresentada com cutscenes divinais, mas após estarem em cada uma das localizações quase se esquecem da história, da vossa maior missão, passando a estar unicamente concentrados em descobrir e acabar com os vossos alvos. +
Considerações Finais
Como devem ter reparado pelo trailer de apresentação no início da análise, a mesma foi feita através do serviço de cloud gaming da Google, o Stadia, e podemos terminar o texto ao dizer que ao nível do desempenho não tivemos qualquer tipo de problema tendo o jogo corrido sempre na perfeição com o PC ligado a uma rede Wireless a debitar cerca de 100Mb/s. Os únicos problemas que sentimos foi mesmo na conexão ao serviço online da IO Interactive, que por vezes acabou por nos deixar “offline” embora fosse possível continuar a jogar… online, no Stadia.
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Depois das aventuras com Hitman 3 é esperar para ver o que é que a IO Interactive tem para nos oferecer no futuro… wink wink James Bond.
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N.R.: A análise a Hitman 3 foi realizada com acesso a uma cópia do jogo no serviço Google Stadia Pro, acesso esse gentilmente disponibilizado pela Google Portugal