Análise Habroxia 2

Nos últimos anos a comunidade de jogadores que em tempos foi fascinada pela obscuridade dos salões de jogos, pelas pontuações máximas e sobretudo, pelos jogos de naves de tiros, que hoje se vai popularizando de “shmups”, vai crescendo um pouco afastada dos grandes lançamentos e dos popularuchos títulos que vão agitando as águas da indústria.

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Embora os shoot ‘em ups nunca tenham saído verdadeiramente do mercado, a queda pela procura no Ocidente atraiu os criadores independentes para criarem com mais frequência jogos do estilo e fazê-lo crescer aos poucos, alimentando um nicho de mercado com mecânicas dinâmicas e atuais, mas com aparência clássica, e com forte sensação do estilo arcade que era gerado no passado.

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Habroxia 2 surge com sequela do que foi tentado oferecer no título anterior, com um estilo visual baseado em pixel art, música sustentada em chiptune a acompanhar cada missão e com uma jogabilidade clássica: uma nave, no meio de vários inimigos e obstáculos, enquanto o nível se desenrola automaticamente. A fórmula é simples, a experiência é que nem tanto, principalmente para os novatos no estilo.

Tendo como proposta oferecer um progresso efetivo na forma como o jogador vai evoluindo a cada partida, Habroxia 2 dá ao jogador a oportunidade de ir comprando novas armas, novas habilidades, mais poder e claro, mais vida. Esta proposta para além de reforçar e justificar as várias tentativas de repetir um nível após o insucesso, vai motivando o jogador a enfrentar, endurecer e evoluir, e também a combinar várias opções de upgrade, o que fará que com que cada experiência de jogador seja diferente.

Dentro de cada nível o progresso surge com o andamento automático dos cenários, com obstáculos estrategicamente bem colocados para atrapalhar e chatear o jogador, assim como os movimentos dos inimigos bem afinados para destruir qualquer tentativa do jogador passar seja de que lado for tornando cada sessão intensa e verdadeiramente desafiadora. Conforme o nível avança, a orientação visual também se vai alternando, que tanto pode ser horizontal como vertical, sobretudo em lutas contra bosses, onde esta perspetiva diferente, oferece uma dinâmica moderna e, em simultâneo, clássica.

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Habroxia 2 tem uma longevidade aceitável para o seu estilo, com vários bosses para serem derrotados, um incentivo interessante para quem terminar a proposta original aumentando consideravelmente a dificuldade, e claro, reunir todas as evoluções da nave. Habroxia 2 também possui narrativa, mas como se trata de uma história tão básica, talvez não seja razoável citá-la.

Considerações Finais

Habroxia 2 não será certamente um título para qualquer simples apreciador de jogos – destina-se sobretudo aos jogadores que gostam de jogos de tiros e jogos de arcadas. Não é jogo para se destacar dentro dos demais, principalmente na Switch, onde no cardápio da consola existem inúmeras opções de shoot ‘em ups de elevadíssima qualidade.

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Contudo, as dinâmicas que Habroxia 2 oferece e as opções de personalização da nave após cada nível, dão sensações de progresso ao jogador que fá-lo investir nele. As dinâmicas de mudanças de perspetivas de nível entre horizontal e vertical, enquanto decorre a missão, dão tanto de clássico como de moderno, e a dificuldade oferecida está ardilosamente montada para desafiar qualquer jogador.

+ Jogabilidade afinada

+ Progresso e melhorias disponíveis para a nave

+ Níveis dinâmicos e batalhas desafiadoras

– Alguns níveis oscilam na variedade de interesse

– Dificuldade com variações no progresso

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N.R.: A análise a Habroxia 2 foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela LambSmith PR

Tiago Marafona: Um autêntico fã de RPGs japoneses e um belo apreciador de jogos de plataformas. Nunca diz não aos clássicos Super Mario, The Legend of Zelda e Final Fantasy. É também um acérrimo admirador do trabalho do Ryu Ga Gotoku e da Monolith Soft.
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