Ghost of Tsushima Director’s Cut

Ghost of Tsushima Director’s Cut – Análise

Em julho do ano passado, no cantar do cisne da PS4, a Sony e um dos seus estúdios mais acarinhados, a Sucker Punch, lançaram Ghost of Tsushima, um dos mais esperados jogos de 2020 apenas atrás de The Last of Us Part II. E depois do sucesso bombástico do título da Naughty Dog e sem termos ainda visto muito de Ghost até à data, pensava-se que algo poderia estar mal com o jogo. Nada mais longe da verdade.

Ghost of Tsushima foi lançado e conquistou o coração dos jogadores com a sua história, arte fantástica e com um charme oriental que não víamos há muito tempo num jogo com influências japonesas.

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Agora, um ano depois, é lançado o Director’s Cut, trazendo o jogo original, todos os conteúdos adicionados até ao momento e uma nova aventura para Jin Sakai bem como mais umas novidades para ambas as consolas PS4 e PS5, sendo que para esta última o jogo chegará com melhoramentos.

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O mesmo Ghost mas melhorado

Como falámos, Ghost of Tsushima foi lançado o ano passado recolhendo boas impressões e da nossa parte não foi exceção. Na campanha principal, Jin Sakai tenta a todo custo impedir a invasão nos mongóis na ilha de Tsushima não olhando a meios, quebrando o código de honra da sua família e ensinamentos samurai, tudo para proteger o seu povo do general Khotun Khan. No jogo base continua tudo semelhante, o que é bom, mas este Director’s Cut traz-nos mais conteúdo, como a expansão Iki Island que é uma aventura completamente nova e funcionalidades exclusivas para a PlayStation 5.

E comecemos por estas funcionalidades. Na PS5 temos sincronização labial para língua japonesa nas cinemáticas, algo que faltava na versão original e muito pedido pelos jogadores, tempos de carregamento ainda mais rápidos e relembramos que na PS4 já era bastante rápido bem como o fast travel, opções de resolução 4K e com framerate de 60 fps. Entre nos aventurarmos pelas lindas paisagens em 4K e travarmos combates com vários inimigos a 60 fps, não sabemos explicar o que nos satisfaz mais.

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Contamos também com todas as funcionalidades do Dual Sense, que evidenciamos o feedback háptico excelente, bem como o uso da coluna embutida e dos gatilhos adaptáveis que aumentam o realismo e tensão dos combates e progressão.

No áudio, e capitalizando na excelente banda sonora de Ghost of Tsushima, o headset 3D aumenta a nossa imersão e a maneira que ouvimos os sons circundantes do meio ambiente é excelente. As quedas de água, o piar dos pássaros que nos indicam localizações novas (muito útil na exploração) e o vento ao nosso redor. Um mimo sonoro que melhorou ainda mais nesta atualização.

Ghost of Tsushima Director’s Cut

A ilha de Iki

Ghost of Tsushima Director’s Cut traz, para quem já jogou o original, quiçá a parte mais importante deste relançamento, uma expansão com uma nova aventura, novas missões secundárias, localizações, armaduras e desafios espalhados pela ilha que podemos considerar quase um terço do mapa de Tsushima.

Jin embarca literalmente para a nova aventura, nesta região também afetada pela invasão mongol e descobre que na ilha há uma tribo estranha com contornos inquietantes que está a aterrorizar o povo, mas esta região contrasta com Tsushima em alguns pontos. Iki foi marcada pela guerra, cheia de criminosos e Jin irá ter de se associar com pessoas com outros valores que não os seus para progredir na sua missão.

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Pela história que esta ilha carrega, intimamente ligada às grandes famílias do Japão e neste caso de Jin, o que lhe transmite sentimentos muito ambíguos no que concerne à verdadeira história da sua família e os valores que lhe foram incutidos. Entre a luta com The Eagle (a xamã líder da tribo misteriosa) e com a descoberta da sua própria verdade, Jin Sakai faz uma viagem pelo seu passado, presente e tenta descobrir o seu lugar no futuro.

Missões imersivas

Para além da campanha principal, temos missões secundárias muito boas, tal como no jogo base, que ajudam no nosso entendimento de todo o lore. Estes Tales, como são chamados, culminam geralmente em localizações lindíssimas que terminam também com um duelo épico e com banda sonora a condizer. Nestes Tales, geralmente somos recompensados com armaduras novas e outros acessórios para melhorarmos as nossas habilidades passivas.

Temos também novos desafios em que para além de escrevermos haikus e cortar canas de bambu como no jogo base, visitamos santuários de animais em que temos de tocar flauta num momento muito apaziguador, até eles se aproximarem de nós, e sim, podemos fazer festas aos animais. Neste desafio em especial, usamos o sensor de movimentos do Dual Sense para o minijogo, o que não é nada de transcendente em jogabilidade, mas é diferente de tudo o resto.

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Um aspeto muito importante na exploração do mapa, é a adição de mais um ponto de interesse no mapa, que está ligado intimamente com a história de Jin e da campanha da expansão. Em certos lugares do mapa, podemos despoletar memórias, que nos trazem situações marcantes da juventude do nosso herói com o seu pai em momentos chave da sua governação em Iki. Ficamos com outra perspetiva de quem era o clã Sakai e de como esta ilha era gerida em episódios de crise.

Considerações finais

Como um todo, Ghost of Tsushima Director’s Cut é um excelente produto que para quem ainda não jogou o original e é obrigatório ter no seu catálogo. Para quem já jogou e gostou, ter uma expansão tão boa como esta e todas as suas atualizações é reviver os bons momentos passados com o jogo base e ficarmos perdidos de novo na exploração de um mapa variado e com muitos pontos de interesse.

Para quem tem PS5, os melhoramentos adicionados aumentam ainda mais a experiência, a imersão e a qualidade técnica oferecida pela Sucker Punch.

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O único ponto menos bom que podemos salientar, para além dos da nossa análise ao jogo base, é que por vezes e mesmo com o aumento da resolução, algumas texturas não são boas o suficiente, mas tudo o resto é. Ao juntarmos a arte, o som, o combate que continua excelente e vibrante por ser adicionada uma mecânica nova aos inimigos, é impossível não continuar a achar Ghost of Tsushima um produto de excelência.

Sucker Puch, podemos esperar mais de Jin Sakai? Esperemos que sim.

+ No seu todo, um produto excelente para ambas as consolas

+ De salientar os melhoramentos para PS5

+ Na expansão a campanha é curta, mas há muitos objetivos secundários e exploração a fazer

 

– Algumas texturas com menos qualidade

N.R.: A análise a Ghost of Tsushima Director’s Cut foi realizada numa PlayStation 5 com acesso a uma cópia do jogo cedida pela PlayStation Portugal