A série Forza tem sido um dos mais importantes pilares da marca Xbox e desde 2005 que Motorsport é considerado dos melhores simuladores em consolas. Ao longo dos anos, e com o seu sucesso, temos visto estes jogos melhorarem e evoluírem, construindo o género de simulação automobilística, angariando e inspirando tanto os entusiastas de automóveis como os jogadores mais casuais onde me considero.
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Mesmo sendo um jogador mais casual, sempre joguei Gran Turismo, Forza, Project Gotham Racing, passando pelos Need for Speed e Burnout, jogos mais arcade.
Ponto a ponto:
O poder da Xbox
Antes de continuar a falar do jogo, quero ressalvar que fiz a análise numa Xbox Series S e não testei nem em PC nem na Series X, onde existem mais opções de resolução e melhor grafismo, uma das minhas críticas na versão que testei.
Sempre me habituei a que a série Forza subisse a fasquia em termos gráficos em jogos de desporto automóvel, era sempre um marco na indústria quando saía um Forza e nos deixava babados a olhar para o ecrã. Talvez na Series X e no PC, que o grafismo seja de topo, um regalo para os olhos, mas na Series S deixa muito a desejar. Temos um modo de resolução e de performance, mas mesmo no primeiro, é extremamente dececionante. Cores deslavadas, as texturas pobres dos placards de publicidade e das árvores, e serrilhados nos veículos. Nem o nosso piloto escapa ao pouco detalhe gráfico, nas poucas oportunidades que o vemos.
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No modo performance, o meu preferido para conduzir, os 60 fps são perfeitos, mas a qualidade visual cai um pouco mais, vincando ainda mais a minha desilusão com o tratamento desta versão.
Vinco este pormenor porque a Xbox sempre falou na melhor paridade entre as suas duas consolas e entre outros jogos disponíveis, a diferença é menor na qualidade gráfica. Estranhei principalmente no modo resolução, que é dinâmica a 1440p e 30 fps (estável, mas em minha opinião não é a melhor maneira de jogar um título deste género), ser um downgrade tão grande do que esperava que uma consola de nova geração.
Chave na ignição e arrancar
É capaz de ser o Forza Motorsport mais simples de começar, mesmo do ponto de vista de um jogador casual. Não há nada de complicado aqui, menus simples, opções simples e sem muita confusão, tudo para nos por o mais rapidamente possível na pista atrás do volante do vosso bólide preferido.
A Builder’s Cup é o modo carreira onde aprendemos os básicos e aperfeiçoamos a arte da condução e para começar temos 5 tours (grupos de corridas), cada um com 5 séries para participar e arrecadar vitórias e troféus.
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Cada tour foca-se em diferentes tipos de veículos, modernos, muscle, clássicos e afins, o que nos permite familiarizar-nos com os mais de 500 carros e este modo ajuda-nos a encontrar os nossos preferidos. Depois é só vencer, ganhar experiência ao subir de nível e desbloquear os mais variados upgrades que perfazem mais de 800 modificações de performance em todas as características do automóvel.
Escolhemos um carro no início de cada série, tratamos das modificações e vamos para a pista. Cada corrida começa com umas voltas de teste para conhecermos a pista, recebendo feedback dos tempos que vamos melhorando em cada segmento. Depois, finalmente vamos para a corrida em si.
E aqui está algo que não aprecio, estas voltas de teste são obrigatórias, nem são de qualificação, são de teste e não as podemos passar à frente. E depois quando iniciamos a corrida, põe-nos num lugar da grelha e mesmo assim nós próprios podemo-nos posicionar onde queremos, sendo a moeda de troca a quantidade de experiência que ganhamos no fim. Se nos colocarmos para o fim da grelha e ficarmos em primeiro ganhamos mais experiência que nos posicionarmos mais acima. Ou seja, nós é que fazemos o nosso próprio desafio e não sei até que ponto isso me agrada. Gosto mais quando o jogo pensa nisso por mim, na competição que eu tenho de me esforçar.
Não é só no modo carreira que poderão correr, temos o Free Play, onde escolhemos as regras da corrida, carros, pistas e todas as condições ambientais, onde podemos subir o nosso nível a nosso belo prazer.
Mãos no volante e prego a fundo
Como em todos os Forza, a jogabilidade é rainha e neste Forza Motorsport é fenomenal.
Damos uma ou duas voltas à pista e acreditem que na terceira já não saem de pista e estão completamente compenetrados na corrida e o som ajuda em muito a sentirmos os cavalos nas nossas mãos. Fui alternando entre as câmaras interiores e exteriores obviamente a interior dá mais adrenalina, mas nas exteriores conseguimos perceber melhor o layout e a linha de condução da pista. Sempre fui mais fã das exteriores para ver o carro, já que temos uma grande máquina, mais vale estar a vê-la em todo o seu esplendor.
As mecânicas de melhoramento do carro notam-se no simulador, no comportamento do carro e na vossa maneira de conduzir cada classe de carro.
Competir no multijogador…
…é estranho porque não temos um sistema aberto de matchmaking e não podemos jogar quando queremos. Em vez disso temos uma estrutura de corridas estipuladas para começar a certas horas. Podemos fazer a qualificação, mas depois esperar algum tempo (o máximo que me aconteceu foi esperar 17 minutos) para que todos entrem na sala do torneio, fazer as suas qualificações e depois juntamo-nos todos para correr. Não é um método que me agrade muito, porque temos de despender muito tempo para fazer uma corrida, se temos pouco tempo, é chato esperar tanto para competir com outros jogadores.
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Mas se olharmos para este método como um dia de corrida, como se víssemos um evento real, é muito interessante entrar na pista com a nossa estratégia de pneus e combustível seguindo as regras de jogo neste modo. Tudo depende da perspetiva de como o jogador se entrega a Forza e à competição.
Considerações finais
É claro que a Turn 10 quer montar um jogo de serviço com Forza Motorsport, uma plataforma que até faz todo o sentido se o conteúdo no roadmap for entregue de uma maneira que o jogador não se canse de aguardar novos carros e eventos para continuar agarrado ao jogo. Por agora é algo simples, já que o foco são as corridas e a soberba jogabilidade, e isso é entusiasmante para o futuro da série.
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Mas nem tudo são rosas, a IA dos bots é inconstante, o grafismo na versão testada é fraco e longe do que eu esperava de uma consola de nova geração e esperava mais que 20 pistas de lançamento.
Fazer obrigatoriamente testes de pista antes de correr é uma má decisão para quem apenas quer entrar e fazer um par de corridas, não respeitando o tempo do jogador mais casual.
Forza Motorsport é fenomenal na pista, mas desilude no resto na versão testada.
N.R.: A análise foi realizada numa Xbox Series S com acesso a uma cópia do jogo cedida pela Xbox Portugal