Análise Destruction AllStars

Comparado com gerações anteriores, o lançamento da PlayStation 5 foi relativamente sólido, teve jogos para todos os gostos, mas Destruction AllStars (que seria um deles) foi adiado à última da hora para ser lançado como um dos jogos do PlayStation Plus. Ainda bem que assim foi porque sentimos que haveriam muitos clientes insatisfeitos se tivessem de pagar 70€ por um jogo interessante, mas com tão pouco conteúdo. Pelo menos por agora…

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É grátis para os subscritores de PlayStation Plus durante os meses de fevereiro e março, mas fica difícil perceber como o transformar num produto que custe o preço de um título normal. Não deixa de ser um jogo interessante em algumas valências e acaba por calhar ao jogador a decisão se o continua a apoiar ou não. Mas vamos por partes.

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Online mas nem sempre

Totalmente focado no online, Destruction AllStars é um jogo de combate com veículos que nos dá apenas quatro modos de jogo e apenas dois podem ser jogados em equipa com amigos.

Os modos são Mayhem, Gridfall, Carnado e Stockpile. Mayhem é o modo mais standard onde o objetivo é esmagar o máximo possível de carros inimigos e ganhar pontos por isso. Em Gridfall tentamos atirar os adversários para uns fossos e assim eliminá-los. Em Carnado colecionamos gears que temos de depositar num tornado que existe no centro da arena, e a equipa que tiver mais guardadas, ganha o jogo. Stockpile é semelhante a Carnado na parte que colecionamos gears, mas temos que sair das viaturas para as apanhar e existem três pontos no mapa onde as temos de entregar.

Carnado e Stockpile são infelizmente os únicos modos que estão disponíveis para jogar em equipa. Mayhem e Gridfall são modos de um jogador, mas sempre online, mas enquanto Gridfall ser a solo ainda se perceber, porque tem semelhanças a um free for all, é estranho não haver um modo de equipa em Mayhem… seria excelente ver a Lucid Games “corrigir” este modo em atualizações futuras.

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A parte apelativa de Destruction AllStars é mesmo destruir veículos e este aspeto funciona bem, ao atravessarmos o mapa em grande velocidade e ao pressionar o analógico direito conseguimos dar uma propulsão extra para abalroarmos os adversários na altura certa para maximizar o dano infligido. Apesar de terem objetivos diferentes, todos os modos de jogo convergem nesta ação.

Onde se destaca mais a diferença deste titulo para outros do género é na variedade de personagens jogáveis os quais todos têm habilidades especiais únicas, veículos e aparência distinta. Os veículos especiais podem ser bastante divertidos de guiar e as habilidades associadas aos mesmos adicionam uma estratégia ao jogo e os jogadores têm de determinar qual a melhor altura de os ativar. Podemos também sair dos veículos e tentar ocupar os carros dos adversários, mas não é tão aliciante como estar dentro deles à pancada.

Destruction AllStars podia ter usado as missões Challenge Series para expandir as suas personagens, já que não há nenhuma lore associada a eles nem ao jogo, mas do que jogámos apenas mostram interações vazias e sem contexto em algumas cinemáticas que temos de admitir que estão muito bem conseguidas. Estas Challenge Series são missões de single player em que temos de cumprir objetivos específicos em troca de recompensas cosméticas e enquanto são bastante repetitivas, embora uma ou outra sejam divertidas de fazer.

Microtransações sem nexo

Mas estas missões são o calcanhar de Aquiles de Destruction AllStars já que as podemos iniciar normalmente, mas temos de desbloquear as restantes através de microtransações. Se este modo já não é muito apelativo para começar, bloquear o progresso atrás de microtransações é no mínimo estranho especialmente porque as recompensas por completar essas missões aparentam não valer a pena o dinheiro e o esforço. Aparte de desbloquear este modo, as microtransações podem ser usadas para comprar cosméticos para os veículos e personagens.

Também há skins que podem ser compradas com a moeda que há dentro do jogo, a qual ganhamos ao subir de nível. Mas os cosméticos do jogo por agora são muitos escassos e nada apelativos, logo o subir de nível não nos faz sentir recompensados. Assim que os jogadores se sentirem fartos dos modos de jogo existentes (poucos e simples), não há grande razão para se continuar a jogar sem ser para tentar desbloquear troféus.

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A nível gráfico é bastante competente, bonitos modelos dos personagens, muito colorido, mas os veículos poderiam ser mais variados. No desempenho encontramos frame rate sólida, mas Destruction AllStars também é bastante simples sendo as arenas iguais na sua génese. A nível sonoro pouco há a dizer. O tema do menu é bastante bom, mas quando entramos na arena não há música a acompanhar, estranho porque era bem-vindo algo mais para nos empolgar. O melhor é ligar o Spotify na consola e ouvirmos uma playlist à nossa escolha. O melhor mesmo é a voz que anuncia o início dos combates… os fãs de UFC vão reconhecer à primeira. É Bruce Buffer que empresta a sua voz ao jogo da Lucid Games.

Considerações finais

Destruction AllStars é um bom início se continuar a ser algo a expandir, mas por agora é um produto bastante inacabado em conteúdo e não nos dá razões suficientes para continuar a jogar a longo termo. A base está aqui e se os fãs forem ouvidos e alterarem alguns pontos-chave aumentando modos e lhe darem uma história, nem que seja ao estilo Fortnite ou Overwatch, poderiam angariar muitos mais fãs. Na arena em si, falta que sintamos mais o impacto nos outros veículos, também não era pedir muito ter combates mais espetaculares bem como arenas mais variadas.

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Destruction AllStars tem pernas para andar, ou pneus para rolar, mas ainda falta muito para ser um título a ter em conta na nossa biblioteca… o que lhe vale é ser de momento grátis para os membros PlayStation Plus.

+ Personagens bem distintas e imaginadas

+ Tiramos algum divertimento inicial

– Microtransações a bloquear missões

– Falta de música

– Poucos modos de jogo

N.R.: A análise a Destruction AllStars foi realizada numa PlayStation 5 com acesso ao jogo através do serviço PlayStation Plus

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