Dead Space

Dead Space – Análise

O remake de (AH %#$&#) Dead Space foi lançado no dia (AI O #$”#%#$!) 27 de janeiro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, o que levou muitos jogadores a revisitar o jogo lançado pela primeira em 2008, na altura para PC e para as consolas (#”$”#%”) Xbox 360 e PlayStation 4. Também eu me aventurei pelas salas e corredores (F$&#%”#!) da USG Ishimura e foi… bem, uma experiência.

Segue o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram

Peço desculpa se isto vos vai levar a perceber a nota que acabei por dar a Dead Space, mas agora percebo porque é que alguns dos meus amigos me diziam, e ainda dizem, que Dead Space é um dos melhores jogos de survival horror.


Dead Space e jump scares deviam ser sinónimo

Para além das mãos suadas a cada sessão de jogo, cada abrir de porta, cada nova área, era um suster de respiração… Como se isso fosse alguma ajuda para que os Necromorphs não ouvissem o medroso Isaac Clarke que eu liderava. Juro que respirei fundo a cada abertura de porta e tremi, ou soltei uns #$”#%#%# a cada barulho mais forte que fui ouvindo.

Juro que Dead Space e jump scares deviam ser sinónimos na língua inglesa. Embora soubesse que as minhas armas eram capazes de parar (quase) todos os inimigos, foi impossível não me assustar, quase a cada 5 minutos, muito por culpa do ambiente pesado que tudo no jogo consegue transmitir. E sim, ambiente pesado ou não, dei por mim a tentar fugir, principalmente quando aqueles que outrora foram membros da tripulação andavam nos sistemas de ventilação mesmo por cima da minha cabeça.

Segue o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram

Como shooter o jogo consegue ser bastante competente, o sistema de mira responde muito bem aos movimentos do comando não existindo, pelo menos no PC (16GB DDR4, AMD Ryzen 7 3700X 3.60 GHz e uma RTX 3060 12GB), qualquer tipo de input lag. Também os puzzles que vamos descobrindo ao longo da nossa caminhada conseguem ser desafiantes, mas a curva de aprendizagem é adequada, ajudando-nos a perceber o que é que é esperado de nós.

Mas, para além do ambiente pesado que tão bem este jogo nos transmite e dos jump scares que fui tendo, Dead Space é uma excelente história, também ela pesada e cheia de momentos de espanto, e este remake pega em tudo de bom que o original tem e transporta-o para uma geração tecnológica muito mais avançada do que a que tínhamos há 15 anos.

Dead Space

Detalhes que fazem toda a diferença

Se a grande diferença deste remake está na qualidade dos modelos usados, do trabalho de iluminação, do som ou até mesmo da forma como tudo isto junto se transforma num ambiente pesado, existem outras diferenças que acabam por fazer toda a diferença.

A primeira, pensada para aqueles que querem entrar no mundo de Dead Space sem se preocuparem com a dificuldade do mesmo ou que simplesmente querem ter uma relação mais relaxada com o jogo, chama-se “modo história” e, tal como o nome indica, apresenta aos jogadores a possibilidade de caminhar na pele de Isaac Clarke, mas sem os meus sustos. Não é que no modo normal, ou até no fácil, o jogo seja complicado, mas o modo história é bem mais relaxado.

Depois tempos os Necromorphs, bem mais detalhados, mais assustadores e, embora tenhamos mais oportunidades para desmembrar os inimigos, mais desafiantes de enfrentar. Falo por mim, e claro, muito deste sentimento vem diretamente do medo que tenho deles.

Segue o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram

Por fim, algo que me surpreendeu pela positiva foi a inclusão da voz de Gunner Wright, ator que já tinha dado a voz a Isaac Clarke no segundo e terceiro jogo da série, mas que não participou no primeiro dos títulos, já que nesse, Isaac era um protagonista bastante caladinho. Dar voz a Isaac neste primeiro jogo acaba por dar mais profundidade, e também mais peso, à história que nos é contada. Quase que me foi possível sentir a dor do protagonista entre cada um dos meus “$&%/&%(&%)”… se é que me percebem.

Considerações Finais

Dead Space assustou-me e, por momentos, quase que me deu suores frios, mas no fim do dia foi um jogo que me deu prazer ao jogar e que não posso deixar de recomendar a todos os amantes de survival horror.

Segue o Future Behind: Facebook | Twitter | Instagram

O remake trazido pela Motive Studio merece ser jogado. E, caso tenham um PC que aguente, podem fazê-lo através da subscrição EA Play Pro. Na subscrição podem jogar este e qualquer outro lançamento da EA por cerca de 90 euros por ano (ou, caso queiram apenas para lançamentos específicos, cerca 15 por mês). Nas consolas o preço do jogo é um pouco mais elevado, mas caso tenham oportunidade não deixam de jogar este primeiro capítulo da saga.

Espero que a motive pegue na história de Dead Space 2 e Dead Space 3 e faça, com ela, um trabalho idêntico.

nota 5 recomendado
Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ Ambiente pesado, assustador e bem criado
+ Combate capaz de nos desafiar de forma justa
+ Bastante sólido em tudo o que faz

– Alguns puzzles, embora bem feitos, foram difíceis de compreender
– Falta-lhe um modo de fotografia