Pelos trailers apresentados antes do lançamento, Crime Boss: Rockay City intrigou-me mesmo sabendo que não era um jogo AAA. Com um elenco de luxo, pelos standards cinematográficos dos anos 80 e 90, habituei-me a ver estes atores no grande ecrã enquanto crescia e o anúncio deste jogo despertou-me a curiosidade.
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No mundo dos jogos sobre crime organizado, Rockay City que é desenvolvido pela Ingame Studios e distribuído pela 505 Games tenta trazer uma ambiciosa mescla entre um FPS e controlo de território, mas não consegue realizar nenhum com sucesso, mesmo que tente cativar o jogador com uma história típica desses filmes e com este elenco por trás.
Rapidamente percebi que Crime Boss: Rockay City fica aquém das expetativas.
Ponto a Ponto
Nem tudo é o que parece
Começo por falar dos meus pontos positivos, principalmente a inspiração que o jogo tira dos filmes de ação da década de 80 e 90, e cria cenários tirados desses filmes série B que evoca alguma nostalgia. Dentro do elenco podemos encontrar Kim Basinger, Michael Madsen, Danny Glover, Chuck Norris e mesmo que as suas performances não sejam as melhores, não há dúvida que que adiciona aquele charme especial, especialmente para fãs destes tipos de filmes e quando foram lançados.
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Visualmente Crime Boss: Rockay City tem vários níveis de qualidade. Enquanto os modelos dos personagens e alguns cenários brilham nas consolas de nova geração, existe inconsistência na fidelidade gráfica, muito pop-in e a frame rate quebra em muitos momentos, retirando muito a experiência ao jogador que já tem de se preocupar com tudo o resto. O jogo tenta mostrar que graficamente é competente, mas todos estes problemas técnicos impedem-no de chegar ao nível que desejam.
Vários modos de jogo para descobrir
O jogo oferece três diferentes modos para explorar: a campanha para um jogador, multijogador cooperativo PVE e missões multijogador que se chamam Urban Legends.
Na campanha assumimos o papel de Travis Baker, protagonizado por Michael Madsen e o seu objetivo é ser o novo “King of Rockay City” ao executar missões suicidas e conquistar territórios de gangs rivais.
Em termos de mecânicas de jogabilidade, os elementos FPS são satisfatórios, mas nada tão refinados como outras licenças como Call of Duty e afins. Tem uma seleção limitada de armas, mas podia ter um elemento de customização que lhe adicionasse variedade, mas nem isso. O conceito de fazer heists com outros jogadores promete, mas a execução também não achei a melhor.
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A maior falha dos modos multijogador é a interface do utilizador e a dificuldade que é jogar Rockay City. Missões canceladas, jogadores kickados, passando pelo congelamento dos menus, afetando a minha experiência geral. Como resultado disso, não passei muito tempo nestes modos, e foquei-me no modo campanha, que mesmo não sendo muito apelativo, apresentava menos problemas que o resto.
Mesmo com os seus problemas, Crime Boss: Rockay City, oferece algum divertimento. Algumas missões têm muita ação, nos heists podemos tentar enganar a polícia e que podem trazer alguns momentos interessantes, mas não esperem que se irão lembrar delas depois de as jogarem, já que certas missões duram literalmente três minutos e até pensei que tivesse feito algo de errado. A inteligência artificial também é péssima, os inimigos ficam parados à nossa frente a disparar, criando ciclos de animação. Só temos de esperar e atirar.
Considerações finais
Tinha potencial, mas Crime Boss: Rockay City falha muito no jogo que podia ter sido. Eu imagino uma Rockstar produzir um GTA com as licenças destes atores, compondo uma história brutal e seria o jogo perfeito para quem tem nostalgia daquelas décadas.
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A sua falta de variedade, problemas técnicos e mecânicas subdesenvolvidas, quebram muito o entusiasmo que podemos ter à partida. Existem laivos de qualidade, mas o produto final falha redondamente.
N.R.: A análise a Crime Boss: Rockay City foi realizada numa PlayStation 5 com acesso a uma cópia do jogo cedida pela 505 Games