A Housemarque tem-nos presenteado com vários títulos ao longo dos anos, a maioria twin stick shooters de excelência e têm criado uma legião de fãs que sentem uma grande afinidade pela maneira que a equipa finlandesa vai moldando o género. Em conjunto com a Sony Computer Entertainment, (agora Sony Interactive Entertainment) lançaram Super Stardust, Dead Nation, Resogun, Alienation e Matterfall e todos foram bem sucedidos e recebidos pela critica. Agora é altura de se aliar de novo à Sony para mais um exclusivo, Returnal.
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Encarnamos Selene, uma piloto espacial que se despenha no estranho mundo de Atropos e apenas com uma arma e o seu fato, tem de explorar este ambiente em constante alteração, ao mesmo tempo que luta pela sua sobrevivência. Somos repetidamente derrotados, voltamos sempre ao local do acidente, sacudimos a poeira dos ombros e voltamos de novo a enfrentar as agruras desta paisagem desolada cheia de perigos.
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Returnal é um misto de vários géneros, rogue like, bullet hell shooter e com componente narrativa em que após a nossa morte, o caminho que fizemos anteriormente não é o mesmo. Os biomas, ambientes em que se inserem os níveis, são separados por secções, e ao recomeçar o jogo e partir de novo para a aventura estas secções estão baralhadas e o bioma é gerado processualmente, ou seja, ao acaso. Nunca iremos percorrer o mesmo caminho duas vezes e tudo se torna mais interessante.
Estes biomas, pelo menos os dois primeiros que jogámos para esta antevisão, são ambientes desoladores, em que entramos sempre a medo em cada secção já que a arte gráfica e todo o trabalho sonoro desenvolvido para este título transporta-nos para Atropos e para um jogo totalmente diferente do que a Housemarque tem feito até hoje e nota-se o esforço aplicado em Returnal.
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Temos de dar crédito também ao Dual Sense e aos auscultadores Pulse 3D que ajudam e muito na imersão que sentimos no jogo. Desde o feedback háptico onde sentimos o comando vibrar das mais variadas formas e padrões, das mais suaves às mais fortes, transmitindo tensão para o jogador. No áudio, tanto os antigos auscultadores da PS4, como os novos Pulse 3D fazem-nos tremer, realçando estes últimos porque conseguimos ter noção de espaço 3D. Para além da música ambiente e sons das criaturas que enfrentamos, os biomas mostram-nos a vida que têm pelo som. Ouvimos os mais variados ruídos por onde passamos, que se assemelham a animais, mas que não têm papel ativo na nossa aventura.
Returnal e a sua diversidade de inímigos
Encontramos uma grande diversidade de inimigos e é aí que começa o bullet hell e as comparações (agora numa visão em terceira pessoa) com os jogos anteriores da produtora. No início ainda nos dão tréguas, mas assim que vamos avançando começam a aparecer cada vez mais criaturas, cada uma delas com um padrão de ataque diferente que nos invade o ecrã de balas e raios de energia das mais variadas cores criando efeitos espetaculares. Isto é tudo muito bonito, mas desviarmo-nos de todos estes padrões e conseguir criar uma abertura para os atacarmos da mesma forma que estamos a ser atacados é uma tarefa desafiante. A excelente jogabilidade que nos dão é a melhor ferramenta que temos na nossa progressão relativamente ao combate alucinante e progressão nos níveis. Os movimentos de Selene são bastante rápidos e precisos, tanto a caminhar, correr e saltar, e nesta última ação temos um pequeno jetpack que faz parte do nosso fato e que também permite que nos esquivemos dos ataques inimigos. E tudo isto a 60 fps que até agora corre lindamente e sem um soluço, veremos mais para o fim da campanha, quando existirem mais inimigos e efeitos no ecrã.
Para além da história de Selene no planeta Atrobos, temos acesso a um desafio diário ao aceder à consola da nossa nave Helios em que podemos competir contra outros jogadores em modo high score. É um modo online diferente, não competimos diretamente contra outro jogador, mas ao fazer o nosso melhor nesse desafio o nosso resultado entra numa leaderboard, mesmo ao estilo Housemarque.
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Returnal permite-nos estar sempre online e uma das razões é que existe uma mecânica um pouco semelhante aos jogos Soul, onde podemos sentir em algumas secções que existe um corpo caído. Ao investigar, podemos vingar esse jogador ou seguir em frente. Se escolhermos vingar este companheiro caído, surgirá a criatura dantesca que o eliminou e se conseguirmos ultrapassar este desafio são-nos oferecidos itens que atuam um pouco como a moeda do jogo. Além desta mecânica, existem pedestais (pequenas construções da antiga civilização), que são apenas desbloqueadas online, mas é algo que ainda estamos a tentar perceber.
Em poucas horas que conseguimos entrar na pele de Selene, ficamos rendidos ao ambiente e premissa de Returnal. Conseguimos perfeitamente identificar a mão da Housemarque e dos seus títulos, o estúdio teve outra visão e mais uma vez transformou o género. Estamos expectantes para o que nos traz o resto do nosso tempo em Atrobos e já não falta muito para terem a nossa opinião e o jogo nas mãos.
Returnal tem data de lançamento, em exclusivo na PlayStation 5, no dia 30 de abril de 2021.
N.R.: A cópia de Returnal usada para cobertura foi disponibilizada pela PlayStation Portugal