Foi em 2013 que recebemos pela última vez um início de geração Xbox. Na altura com a Xbox One, que a meio da sua vida recebeu uma atualização através das Xbox One S e Xbox One X. Sete anos depois, a marca Norte-Americana apresenta-nos agora uma nova geração, dividida em duas consolas (Xbox Series X e Xbox Series S), a chegar ao mercado no dia 10 de novembro. Com acesso antecipado à mais pequena consola de nova geração, a Xbox Series S, estamos prontos para vos apresentar os principais pontos sobre a consola e a sua utilização.
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A caixa branca que nos promete velocidades alucinantes com desempenho estável tem menos de dois quilos. Tem uma área muito menor que qualquer outra consola, tanto da nova como da geração que agora chega ao fim. Será que com um corpo tão pequeno, a Xbox Series S tem espírito suficiente para cumprir aquilo que nos promete?
Uma das grandes vantagens, de todas as consolas de nova geração, é o facto de usarem SSDs ao invés dos mais lentos HDDs, só aqui é de esperar que os jogos tenham tempos de carregamento mais rápidos e que aquele momento entre o menu inicial da consola e a altura em que partimos para a ação, já no jogo, seja cada vez mais curto. No entanto, há algo, na nova Xbox Series S que faz com que a experiência seja ainda mais interessante: chama-se Quick Resume e é, de facto, quick.
Pequena, mas com garra
As dimensões são surpreendentes – 27.5cm x 15.1cm x 6.5cm -, mas ainda mais impressionante é sensação que nos é dada ao pegar na consola pela primeira vez. O corpo mostra-se compacto e percebemos com alguma facilidade que todo o espaço no interior da consola foi bem usado, pensado ao milímetro para que fosse possível apresentar uma consola de nova geração tão pequena quanto a Xbox Series S. Mas está na altura de ligar a pequena e ver como é que se porta.
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Xbox Series S no sítio, comando pronto, e estamos a entrar. Atualizações feitas e tudo pronto, agora há que instalar jogos. O SSD da consola tem 365 Gb livres para instalar aquilo que mais queremos, os jogos. Parece pouco, é verdade, mas acaba por ser suficiente para ter grande parte dos jogos que vamos jogando no dia a dia, depois disso é fazer uma gestão daquilo que queremos jogar… até porque a própria instalação dos jogos é mais rápida que na geração anterior.
No nosso caso temos 8 jogos instalados:
- Assassin’s Creed Valhalla
- Dirt 5
- Forza Horizon 4
- Gears 5
- Gears Tatics
- The Touryst
- Watch Dogs Legion
- Yakuza: Like a Dragon
Depois destes 8 títulos instalados ainda nos sobraram 42 Gb no SSD. Claro que seria melhor ter um armazenamento interno mais alto, tal como acontece na Xbox Series X, mas para uma máquina de nova geração que chega às lojas por 300 € é normal que tenhamos que abdicar de algumas coisas, sendo uma delas o espaço de armazenamento interno.
Com jogos instalados pegamos primeiro em Forza Horizon 4, acabados de vir da Xbox One X estávamos prontos para o choque ao nível de qualidade de imagem, e sim as diferenças estão lá. A pequena Series S mesmo tendo output a 2160p não faz render dos jogos a 4K e o mundo de Forza Horizon 4 pede tal clareza. Embora as texturas que nos rodeiam, e o interior do carro em si, estejam um pouco mais suaves a verdade é que o desempenho do jogo acaba por nos fazer esquecer desta falta de resolução. Nesta primeira experiência a Xbox Series S apresenta um desempenho bastante consistente, permitindo que tenhamos uma experiência bastante positiva e que, no fim desta primeira sessão, a Xbox One X não deixe assim tantas saudades, principalmente no que toca à fluidez do jogo.
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Já voltamos aos jogos, esta primeira experiência serviu principalmente, depois de uma boa sessão de jogo, para perceber o quão silenciosa é a consola e se aquece em demasia ou não… é que tudo tão juntinho nos seus 1.92 Kg. Nunca se sabe. A Xbox Series S conta, como já dissemos durante o unboxing da consola, com uma saída de ar e três entradas de ar localizadas de forma a existirem sempre duas disponíveis, quer esteja a consola na horizontal ou na vertical. E então, este design funciona?
- Ruído – Imaginem-se numa sala vazia, onde a nunca coisa que têm é uma Xbox Series S, um monitor (no nosso caso usamos este Philips Momentum), o vosso comando e um jogo. Nada mais, o silêncio reina. Agora ligam a consola e jogam durante uma hora, duas, três… fazem uma pausa e tiram o som do monitor. O que é que conseguem ouvir? Provavelmente a vossa própria respiração, porque para ouvir a consola é preciso encostar o ouvido à consola e, mesmo assim, não incomoda.
- Temperatura – Embora a consola seja extremamente silenciosa continua ter um corpo muito pequeno para todo o poder que tem dentro de si. E, embora não aqueça o suficiente para nos deixar preocupados ou estrelar um ovo, ao passarmos a mão pela saída de ar quente é fácil de perceber que é uma consola que embora pareça simples de arrumar em qualquer lado precisa de algum espaço para a circulação de ar seja feita de forma eficiente e, no futuro, não venha a apresentar problemas de sobreaquecimento.
Até aqui, a experiência com a nova Xbox Series S está a ser surpreendente: uma consola rápida, consistente na sua performance e que nos permite entrar na nova geração de jogos e consolas sem gastar mais de 300 €. Perdoem-nos o texto longo, mas vamos continuar.
Um comando AA
O novo comando Xbox pouco muda no seu design, continua com o mesmo formato e o tamanho é em tudo idêntico ao comando da geração anterior. No entanto, existem pequenos detalhes neste renascer do comando Xbox que fazem com que o mesmo seja muito mais confortável ao segurar e também durante as sessões de jogo. A primeira coisas que reparamos é que existe uma textura na parte traseira do comando, ali onde agarramos. Esta textura faz com que, ao agarrar o comando, exista uma maior sensação de segurança e, ao mesmo tempo, em longas sessões de jogo e algum suor nas mãos o comando continue fácil de agarrar e pouco escorregadio.
Depois da textura passamos para os botões do novo comando, todos eles mais “clicáveis” quase como se tratasse de um teclado mecânico onde se consegue sentir, a cada toque, a boa construção e aquilo que aparentam ser botões com uma boa durabilidade. Nos botões temos ainda um novo botão “share” que nos permite capturar imagens ou mesmo gravar vídeo quando dentro dos jogos, ou então, nos menus, aceder às últimas gravações para assim as conseguir partilhar. Referir ainda que também as setas direcionais estão a caminhar no sentido daquilo que são os comandos “elite” da Xbox, tanto ao nível de design como de qualidade na utilização.
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A experiência de jogo com o comando pouco altera de uma geração para a outra, existindo apenas uma vibração um pouco mais precisa e com intensidades mais definidas tendo em conta o que está a acontecer no monitor à nossa frente. Ao nível de input lag entre o comando e a resposta da consola podemos dizer que é nulo e que a ligação entre máquina e acessório é bastante estável quando ligado à consola sem auxílio do novo cabo USB-C. Para além disto, importa também indicar que o comando aparenta ser mais eficiente a nível energético, acabando por durar mais tempo entre cargas ou entre mudança de pilhas.
Infelizmente, há algo que não foi alterado no comando. As pilhas. Sim compreendemos que a existência de opções é benéfica e que até acabe por facilitar a troca de bateria caso a que utilizamos comece, ao longo dos anos a perder capacidade. Mas, sim mas, estamos em 2020 e, continuando a oferecer as mesmas opções, a Microsoft poderia muito bem ter pensado (como tão bem o faz na oferta de serviços) no consumidor e colocar na caixa da consola a bateria que pode ser comprada em separado em vez de duas pilhas AA.
O consumidor agradecia e, no fim, o planeta também.
A experiência de utilização em duas palavras: Quick Resume
Não há muito que tenha mudado nos menus e na sua apresentação pelo que a mudança da Xbox One X para a Xbox Series S até aqui foi feita de forma agradável e sem grandes soluços, não fosse o facto da consola ligar em cerca de 2/3 segundos podíamos dizer que estávamos a ligar a consola lançada em 2017. Isto acontece, não pela falta de alterações, mas porque essas alterações têm vindo a acontecer ao longo dos tempos, principalmente nos últimos meses da geração que agora diz adeus.
Mas existe algo, em toda a experiência de utilizador, que acaba por mudar a forma como jogam os vossos jogos e como interagem com a consola que têm à vossa frente. Chama-se Quick Resume e até o experimentarmos não sabíamos o quanto íamos gostar desta funcionalidade… é daquelas coisas que só sabemos que precisamos depois de ter. Imaginem isto:
Numa calma tarde de novembro, estão na vossa sala a jogar o relaxante The Wicher 3: Wild Hunt. A meio de uma missao mais longa aparece aquele amigo que só joga online e pergunta se se querem juntar a uma sessão de PlayerUnknown’s Battlegrounds. Que chatice não é? Só que não.
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Com a nova funcionalidade das Xbox Series X e Xbox Series S basta que coloquem o jogo na pausa, abram o próximo título e comecem a jogar. Quando estiverem fartos de “Chicken Dinners” basta voltarem a The Wicher 3: Wild Hunt e continuar a vossa missão, como se tivessem parado apenas para ir fazer um chá. E claro, se antes de The Witcher quiserem passar por outro jogo, como, por exemplo, DOOM Eternal estão à vontade… a vossa missão de The Witcher vai continuar lá, exatamente onde a deixaram.
O Quick Resume funciona quase como um botão de minimizar quando estamos a jogar num computador, claro que encontramos alguns jogos que não suportaram esta funcionalidade, mas espera-se que atualizações cheguem a esses títulos para que passem a suportar a mesma. Importa ainda referir que, se estiverem a jogar qualquer jogo com servidores online, ao utilizarem a função serão sempre reencaminhados para o lobby principal do jogo já que perdem a conexão ao servidor onde se encontravam.
No fim de contas o Quick Resume é aquele botão de minimizar janelas nos computadores, que quando funciona vai mudar a forma como interagem com a vossa consola e a forma como interagem com os vossos jogos. Demorará pouco mais de uns segundos mudar de um jogo para o outro, e voltar novamente ao jogo onde estavam. Tudo isto, aliado à rapidez dos tempos de carregamento faz com que a experiência de jogo seja quase imediata. Durante os testes a esta funcionalidade da Xbox Series S tivemos 5 jogos abertos em simultâneo e conseguimos, sem qualquer dificuldade saltar entre eles todos de forma rápida.
Yakuza: Like a Dragon a correr na Xbox Series S
Muito se tem falado sobre o sentido da Xbox Series S, e se é justo chamar à consola da Microsoft uma máquina de nova geração. Para tentar responder a isso vamos usar um exemplo prático, vamos falar da nossa experiência com o novo jogo da SEGA, Yakuza: Like a Dragon, a correr numa Xbox Series S.
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O título apresenta-se com dois modos, um onde a prioridade é a qualidade de imagem e outro que dá prioridade ao desempenho do jogo na pequena consola. Claro que ao escolher o modo de desempenho de jogo vamos sofrer na qualidade de imagem e os ambientes à nossa volta, quando em comparação, ficam mais suaves (os objetos mais distantes ficam mesmo mais desfocados) e a nossa personagem acaba por ter um aspeto, quando visto ao pormenor, onde umas arestas bem limadas não lhe faziam mal nenhum. Ora vejam:
Como podem ver através dos exemplos mostrados a diferença na qualidade de imagem é notória, mas o que aqui importa referir é a forma como o modo que dá prioridade à qualidade de imagem corre na Xbox Series S. Na verdade, embora se note a diferença em alguns momentos com mais movimento em torno da nossa personagem, o modo de qualidade de imagem apresenta-se com um desempenho constante, sem soluções ou sem qualquer tipo de anormalidade mesmo durante partes mais “agressivas” do jogo.
Neste exemplo específico, o modo de qualidade de imagem dá-nos aquilo que podemos querer de uma consola de nova geração, principalmente quando custa 300 €. Dá-nos uma boa resolução, claro que sacrificamos resoluções mais altas, e dá-nos também um desempenho constante sem quebras… tudo isto acaba por tornar a experiência de jogo uma verdadeira experiência de nova geração mesmo na consola mais pequena da marca Norte-Americana.
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Bem sabemos que vai depender dos estúdios entregarem, no futuro, jogos tão bem otimizados para a Xbox Series S quanto este Yakuza: Like a Dragon, mas podemos dizer com toda a certeza que se os estúdios tiverem os recursos e a vontade para fazer estas otimizações a consola aguenta o que já cá está e o que estará para vir nos próximos anos para o mundo dos videojogos de nova geração.
Considerações Finais
Chegamos ao fim da nossa análise e, como acabamos de dizer, acreditamos que a Xbox Series S é capaz de batalhar no mundo da nova geração, tendo sempre em mente, é claro, que temos que abdicar de algumas coisas como é o caso das resoluções de imagem mais altas. No entanto, temos também que perceber que é uma consola que chega ao mercado com um valor de 300 € e que nos permite jogar os futuros exclusivos next gen.
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É, sem dúvida alguma, um excelente ponto de entrada para quem ter a experiência de próxima geração no que toca a tempos de carregamento e tecnologias como o Quick Resume. É também uma ótima consola para quem procura desempenho alto e constante e não se importa de abdicar de alguns níveis de qualidade de imagem. Nunca será, pois está claro, um substituto direto da Xbox One X, mas será difícil para qualquer jogador, depois da experiência Xbox Series S voltar para a antiga geração… nem que seja pela diferença que o SSD, nesta nova geração, faz.
Finalizar a análise dizendo que caso joguem no PC e queiram jogar na sala sem gastar uma grande fatia do orçamento, a Xbox Series S pode ser a solução ideal. Caso queiram ter duas consolas, uma de cada, esta Xbox Series S também pode ser a solução, mas claro, se forem daqueles jogadores que querem desempenho e qualidade de imagem em ULTRA HD, aí a vossa máquina, dentro do universo Xbox, será sempre a Xbox Series X.
Deixamos a análise aberta a questões, qualquer dúvida que tenham sobre a nova Xbox Series S, algum ponto que queiram ver mais desenvolvido… estamos aqui para responder. A Xbox Series S chega ao mercado no dia 10 de novembro juntamente com a mais poderosa Xbox Series X.
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