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Análise Vigor

Artigo por: Marco Paulo Fernandes

Vigor traz-nos uma história em duas partes. Mas o que aqui importa explicar sobre a “narrativa” do título da Bohemia Interactive é que pertencemos a um grupo de Outlanders que vivem num mundo destruído por uma guerra nuclear, vamos encontrar a nossa personagem a residir num último refúgio situado na Noruega.

O objetivo principal deste jogo é sobreviver. A sobrevivência acontece através do uso de recursos que descobrimos para a construção de um abrigo. Acontece também que, nesta vivência e sobrevivência, vimo-nos a criar armas e outras munições para o nosso uso, naquilo que podemos considerar a segunda vertente deste jogo, a exploração do terreno através de mapas.

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A nossa experiência de jogo permite encaixar Vigor na mesma dinâmica de jogos como os diferentes Battle Royale ou mesmo Tom Clancy’s The Division, nos quais temos como objetivo ser um acumulador (apanhar loot) e assim sobreviver.

Vigor desenrola-se na perspetiva de uma terceira pessoa, uma personagem que vive nas paisagens norueguesas, com tantas emoções e experiências suficientes para caber dentro do formato de um jogo interativo. Esta personagem para além de roubar/pilhar casas e carros tem também que ir reparando o seu abrigo, situações essas que se nos deparamos ao longo do jogo, enquanto vamos explorando território como o Outlander que somos. Há uma luta pela sobrevivência num refúgio também solitário ao evitar outros jogadores dentro do nível que operamos. Cada mapa tem uma seleção de pontos de interesse para encontrar e explorar e, no canto superior do mapa, podemos visualizar a posição alcançada. É também disponibilizado um resumo de quantos pontos já conquistámos e os objetivos ainda por cumprir.

Em Vigor uma das mais débeis fases é entrar nos mapas que nos são disponibilizados, difíceis de abrir sendo, pois, a opção mais rápida para determinado encontro carregar um mapa aleatório. Como contraponto, felizmente a nível visual as paisagens mostram um elevado nível gráfico, num detalhe impressionante para os efeitos climáticos como a neve e o nevoeiro. Mantendo a nossa linha gráfica, podemos dizer que Vigor tem um razoável padrão de qualidade gráfica e mecânicas de jogo interessantes, principalmente quando a nossa personagem está a fazer a travessia de um rio onde sentimos a corrente e isso dificulta a nossa tarefa.

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No decorrer do jogo e no caso de um encontro ou confronto com um outro Outlander há que puxar pelo instinto de sobrevivência, não entrar em pânico, e pensar numa forma de usar os recursos adquiridos. No caso de perder a jogada e morrer, o vencedor pode roubar todos os recursos adquiridos como também as armas e munições que nos pertenciam, tal como nos restantes Battle Royale. A possibilidade de isto suceder torna-se perturbadora e angustiante, pois para todos os confrontos é necessário irmos com a nossa máxima força, o que nos torna vulneráveis a situações imprevistas.

Existem cofres para encontrar em cada mapa, em locais aleatórios, juntamente com uma estação de comunicação, que permite mover o airdrop para uma área do nosso gosto. Temos também a possibilidade de usar um detetor de sinal que permite visualizar todos os Outlanders que se deslocam no mapa por um determinado tempo. Valiosa informação dado que sabemos sempre com quantos Outlanders contamos em jogo.

Havendo apenas um, poderá valer a pena tentar chegar ao lançamento aéreo, mas o risco é, geralmente, grande demais para a recompensa.

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Por fim, importa referir que o sistema de mira do jogo poderia ser um pouco mais polido, a experiência é um pouco estranha e levou algumas rondas até que nos conseguíssemos habituar a esta parte tão importante de um jogo dentro deste estilo. Vigor é um jogo de sobrevivência, em que a exploração de mapas que conduzem a um destino final, mão nos parece ser um jogo com grande longevidade, até porque está baseado na repetição sucessiva de processos, o que se pode tornar um pouco aborrecido. 

Vigor é um jogo gratuito, mas que, como seria de esperar, tem a possibilidade de adquirir items através de microtransações. É uma pena, mas não existe muito espaço para o desenvolvimento de outro tipo de atividades ou mesmo objetivos.

N.R.: A análise a Vigor foi realizada numa Xbox One com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente cedida pela Evolve PR. 

 

 

Vigor - Mas pouco
Reader Rating3 Votes
Boa variedade de mapas
Otímas opcões pós-saque
A construção e a modernização de abrigos pode ser gratificante
Falta de desafio e conteúdo
O desejo de comprar moedas pode ser forte (microtransações)
Texturas demoram a carregar
2.5