O ano de 2020 está a ser um ano muito bom para os jogadores que apreciam o género de simulação. Para todos os gostos e feitios, o género de simulação, embora não tenha adquirido grandes ideias nos últimos anos, teve algumas ideias inovadoras acrescentadas no passado. Estas ideias têm vindo a ficar cada vez mais maduras, o que só por si vale, a cada aprimoração, uma qualidade extra, um estilo cada vez mais ousado, mais rigoroso, e obviamente, tudo se traduz em mais diversão.
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Embora chegue num período meio de transição para uma nova geração de consolas, The Survivalists chega com um propósito de oferecer de tudo um pouco, numa matriz de jogo de simulação, sobrevivência, com leves elementos de ação, aventura e RPG. A proposta do jogo é do mais simples que pode haver: a ideia é sobreviver numa ilha, nem que por isso seja necessário lutar, caçar, colher. À medida que o jogador vai explorando os cantos à ilha, irá descobrir que não está sozinho naquele ambiente, que é gerado aleatoriamente, e onde pode também conter uma grande diversidade de biomas. Com estas especificações, o jogador pode desde logo ter uma certeza: cada experiência será ímpar a cada novo jogo.
Ir à descoberta, como se veio ao mundo
O jogo inicia-se com a criação de uma personagem onde o jogador poderá escolher uma série de formas para personalizar a seu bel prazer a sua figura no seu próprio jogo, que poderá ser jogado juntamente com outros três jogadores. Conforme o progresso vai se fazendo, a aventura vai ficando cada vez mais rica, com mais recursos, mais formas de elaborar a construção de novas ferramentas. A cada nova construção, a árvore de habilidades vai crescendo, e com isso o jogador poderá ter mais por onde escolher e o onde que construir, conforme a área onde esteja no momento. E é isso que é mais enriquecedor em The Survivalists: o crescimento. Se por um lado o jogador começa praticamente nu, sem conhecimento, sem armas e sem forma de se alimentar, o jogador vai crescendo com o jogo, vai crescendo com o ambiente à medida que o explora e tira recursos à natureza para resistir.
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Ainda dentro da aventura que se vai desenvolvendo, a certa altura o jogador também poderá tirar proveito da vida animal, não só para se alimentar, mas também para tornar as suas tarefas mais leves. Com o auxílio dos macacos que habitam as ilhas, o jogador poderá ensinar a que os macacos reproduzam exatamente as mesmas ações que o jogador já teve a oportunidade de realizar, ora se por um momento precisar de um construtor, poderá assim fazê-lo, basta dar os recursos e as ferramentas necessárias, e o pequeno macaco irá realizá-las com o maior dos prazeres. Ao fim de algum tempo, o jogador vê-se na obrigatoriedade de orientar cada um deles, mas tudo por um bem maior, pois ter de fazer de lenhador, ou de mineiro, enquanto se é encurralado por inimigos, não é tarefa fácil. Assim, os macacos servem não só de companhia, como também são bastante úteis.
Não veio revolucionar, nem acrescentar nada, mas robustece algumas mecânicas
The Survivalists na sua ideia base não foge muito dos outros simuladores já existentes no mercado, o que lhe dá mais corpo são as ideias maturadas existentes de outros jogos, e isso acaba por fazer toda a diferença num jogo colorido, bem desenhado, com estilo pixelizado, com animações vivas e bem feitas. O ambiente sonoro também acaba por combinar na perfeição não só com a estrutura do jogo em si, como também nos momentos em que o jogador se possa encontrar, e isso também acaba por oferecer uma vida extra a cada momento. Mas infelizmente, nem tudo são coisas boas.
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A forma como The Survivalists embora tenha sido bem-adaptado para consolas, os seus controlos levam a um processo de habituação, e mesmo seguindo alguns tutoriais dispostos no jogo, nem sempre as instruções são claras. A forma como todo o processo de construção, execução, ida aos menus ou manipular itens, realizar uma ação no jogo no geral, foi pensado com o uso de rato e teclado, e isso por muito esforço que tenha sido feito no port para as consolas, faz-se notar. A forma como a árvore de tecnologias e habilidades se vai abrindo também nem sempre é explicito, dando por demasia a sensação de desconhecimento ao jogador, o que por vezes pode ser entediante estar a construir coisas de forma aleatória para se ter uma tentativa de abrir caminho para novas construções na árvore de novos conhecimentos.
Considerações Finais
Embora sem valores de produção de grandes títulos, The Survivalists é um jogo bastante divertido, com o uso da simulação e estratégia em permaneça. A ideia de colocar uma personagem numa ilha e fazer com que ela sobreviva, tendo de explorar, caçar, lutar, e construir não é revolucionaria, mas a forma como a execução é feita é robusta.
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Embora a proposta desta análise tenha sido feita de comando na mão, a ideia que fica é que com rato e teclado a jogabilidade ganha uma nova vida, porém, a adaptação ainda assim foi bem feita, dentro do que seria possível para um jogo deste género. Tem algumas falhas, pequenas, na forma como o progresso é feito, mas no geral é um simulador que não desiludirá os apreciadores do estilo.
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N.R.: A análise a The Survivalists foi realizada numa Playstation 4 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Team 17