Análise The Surge 2

The Surge 2 parece muito semelhante ao seu antecessor e outros RPGs de ação do tipo Soulslike. Tem um combate calculado, pontos de save em que os inimigos fazem respawn, e lutas contra bosses que podem frustrar-nos a fazer rage quit. O normal neste género.

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Embora a sequela tenha um estilo de jogo um pouco mais distinto através de pequenos melhoramentos: É difícil sem ser obtuso, desafiador sem nos forçar a conquistar cada centímetro de progresso no mapa. Embora tenha algumas falhas sérias que o afastam de ser obrigatório, The Surge 2 consegue aproveitar esta premissa e, ao mesmo tempo, vai-se afastando do género Soulslike mais concretamente da sua fórmula muito rígida.

The Surge 2 volta à narrativa do original, assumindo a sua premissa e aplica-o a um mundo maior. Desta vez, em vez de uma fábrica de robôs, enxames de nano máquinas estão a causar estragos na metrópole futurista da cidade de Jericho. Desta vez, personalizamos um personagem e acordamos sem memória já que acabámos de ter um acidente de avião. Rapidamente aparecem pistas para que consigamos encontrar a nossa identidade, de onde viemos e o que podemos fazer a seguir. Esse mistério, e toda a trama ao nosso redor, parece ruído de fundo. É algo estereotipado, que já vimos algumas vezes, e claro que também não ajuda o facto dos personagens que vamos conhecendo tenham uma só dimensão, sem grande interesse nem profundidade.

Mundo bem conseguido

Apesar disso este título tem uma “textura” interessante através da sua arte visual. The Surge 2 dá um grande salto em relação ao original, tanto na fidelidade visual como na criação do seu povo, lugares e coisas. As armas e armaduras industriais pesadas de The Surge deram lugar a uma fantástica gama de armas, incluindo machados grosseiramente construídos ou mesmo lanças elegantes e futuristas. Os escombros da cidade de Jericho são uma combinação perfeita para o design labiríntico de um Soulslike. As portas de entulho ou com mau funcionamento que bloqueiam o caminho, podem mudar ou ser reparadas, abrindo novos atalhos.

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Como no título original, os pontos fortes de The Surge 2 são o combate e progressão. No combate, conseguimos direcionar o nosso ataque a secções do corpo, pernas, braços, cabeça ou tronco e, quando danificada essa parte, podemos usar um movimento final para extrair essa secção do corpo. Ao extrair com sucesso essa parte, ganhamos uma nova arma ou peça de armadura para essa parte do corpo, ou podemos ainda criar materiais para melhorar esse equipamento.

Cyborg!!

O sistema de combate adiciona estratégia e risco extra a cada luta. Para atualizar e melhorar a nossa armadura de maneira uniforme queremos ter como alvo, diferentes membros a cada luta. Além disso, muitos inimigos têm membros que não blindados, que também podemos atacar para matá-los rapidamente, mas onde não ganhamos qualquer acessório para melhorar a nossa armadura.

Este jogo recompensa a maneira que jogamos… e se jogarmos agressivamente em vez de na defensiva temos alguns benefícios. A energia da bateria, que alimenta, por exemplo, a nossa capacidade de cura, carrega quando atingimos um inimigo e vai-se esgotando lentamente se estivermos muito tempo sem atingir um inimigo. Entre lutas, ganhamos materiais de fabricação e novos equipamentos, tanto de inimigos desmembrados como de itens que apanhamos no mundo de jogo, estes materiais podem ser usados para personalizar o nosso exoesqueleto, a nossa armadura e “implantes”, que incluem habilidades e regalias.

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Ao ganhar experiência e subir de nível, ganhamos a capacidade de atualizar uma das três estatísticas – saúde, resistência e energia da bateria. Este sistema parece mais simplificado que o seu antecessor. No primeiro The Surge todas as atualizações além da barra de vida estavam ligadas a implantes e atualizações baseadas em itens. Nesta versão, há um progresso mais geral e a personalização é limitada para aprimorar o nosso estilo de jogo, e até podemos guardar vários loadouts. Como resultado, é mais fácil seguir em frente sem mexer constantemente no inventário.

Esses ajustes no sistema, todos combinados, dão a The Surge 2 um ritmo alto com muita ação. O progresso parece muito atingível, em relação a outros jogos Soulslike. Como curar o nosso personagem está ligada à nossa bateria, não temos de repetir trechos de cada mundo muitas vezes para memorizar padrões de ataque dos inimigos e podemos ir fazendo progressos concretos na aventura.

Considerações finais

Para os jogadores que já são experientes por “terras” de Lordran e Yarnham, pode parecer que The Surge 2 se tornou fácil. Não é fácil, talvez mais acessível. Toda a luta exige uma cuidadosa estratégia de jogo que aprendemos com outros jogos do género, até inimigos simples nos matam se não prestarmos atenção. Podemos exaltar o mundo de The Surge 2 mesmo que seja repetitivo andarmos por Jericho, no entanto, a jogabilidade também não é a melhor, o movimento, salto e controlo por vezes não é o mais fluido e sabemos que neste género, controlo e conseguir fazer tudo para ultrapassar os inimigos, são dos aspetos mais importantes.

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Não deixa de ser uma opção válida e um bom jogo de aventura. Se gostaram do original, gostarão de certeza do esforço que a Deck 13 fez para nos conseguir dar mais um jogo que certamente não irá desiludir os fãs.

The Surge 2 já se encontra disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows PC.

N.R.: A análise a The Surge 2 foi realizada através de uma PlayStation 4 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela EcoPlay.

The Surge 2 - Um jogo de ritmo alto com muita ação
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O mundo de Jericho, mesmo que repetitivo
Sistema de angariação de armaduras
Combate melhorado quando comparado com The Surge
História sem grande imaginação
Personagens nada memoráveis
Jogabilidade nem sempre é a melhor
3.5
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