Análise The LEGO Movie 2 Videogame – Uma expansão do filme

A história de LEGO como videojogo já conta com alguns anos, vinte e quatro para sermos exatos: Começou em 1995 com LEGO Fun to Build para uma consola da SEGA que mais se assemelhava a um daqueles computadores para crianças, a SEGA Pico. Dois anos mais tarde chegava aos computadores com o sistema operativo Windows através de LEGO ISLAND e em 1999 com LEGO Racers chegava pela primeira à consola da Sony. LEGO Racer teve também versões para Windows PC, Nintendo 64 e Game Boy Color.

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Desde então são já sessenta e nove os títulos, divididos entre os originais e os títulos licenciados, que fazem parte do catálogo de videojogos com a marca LEGO. Já nos anos 2000 a marca chegou também ao cinema e com isso apareceram os videojogos baseados nas aventuras dos pequenos blocos de construção no grande ecrã, em 2014 aparecia The LEGO Movie com o moto “Everything is Awesome” (Tudo é incrível) e em 2019 aparecia The Lego Movie 2: The Second Part e com ele o videojogo The LEGO Movie 2 Videogame… mas será que é assim tão awesome?

The Lego Movie 2 Videogame, produzido pela Traveller’s Tales e publicado pela WB Games, leva-nos a percorrer um universo na pela de Emmet e Lucy enquanto procuramos os nossos amigos raptados por ordens da rainha Watevra Wa-Nabi. Embora o jogo se passe no ambiente de The Lego Movie 2 a verdade é que tem uma forma muito boa de ambientar o jogador ao título, mesmo que este não tenha visto Emmet e Lucy na sala de cinema.

Durante o decorrer do jogo vamos ter oportunidade de visitar vários planetas, todos eles bastante distintos, com personagens diferentes a serem introduzidos no título e com banda sonora distinta. No entanto estes planetas têm algo em comum, todos eles se apresentam com um mapa de mundo aberto e com o mesmos objetivos: Descobrir as master pieces (peças roxas que nos permitem avançar de mundo para mundo) e ajudar os habitantes locais a recuperar o seu mundo, que fora atacado por aliens, para que assim possamos descobrir mais pistas sobre o paradeiro dos nossos amigos.

Durante o decorrer do jogo vão perceber que são vários os incentivos para que explorem o mapa, para assim descobrir todas as master pieces e as várias relíquias espalhadas por aquele mundo. Estas relíquias vão dar-vos acesso a mais personagens, armas ou mesmo construções… mas será que este incentivo é suficiente para fazer o jogador afastar-se da missão principal? Não me parece… existem mundos onde podemos descobrir 50 destas peças principais mas onde na verdade só precisamos de menos de metade para conseguir passar para um novo planeta e assim continuar a operação de busca interplanetária.

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Importa ainda referir que todas estas master pieces estão assinaladas no mapa o que faz a missão de as encontrar bastante básica, caso estejam à procura de um desafio não o vão encontrar aqui. Podem também comprar pelo menos umas destas peças na loja de cada planeta. Comprar? Sim o jogo tem uma moeda, ou melhor uma peça. Grande parte das interações que vão encontrar serão com objetos inanimados, ao partirem estes objetos vão ganhar peças que servem para comprar armas, personagens ou mesmo algumas relíquias na loja de cada planeta (tudo isto é… limitado ao stock existente)

Um dos pontos que me chamou mais à atenção neste título foi a possibilidade de conseguir, tal como com as pequenas peças de LEGO, personalizar a Emmet com “pedaços” de outras personagens. A roupa de Bad Cop com o cabelo de Lucy e quem sabe um chapéu de cowboy… Tenho que admitir que passei uns bons 10 minutos a escolher a melhor combinação para Emmet (quanto mais tarde no jogo fizerem isto mais conteúdo vão ter disponível). O senão aqui é o facto de alguns dos habitantes dos mundos apenas falarem connosco se tivermos disfarçados de uma determinada personagem, e ao mudarmos para essa personagem perdemos a personalização que tínhamos passado tempo a criar.

Luta, construção e selfies.

Durante a exploração dos mundos, mesmo que a exploração se fique pela essencial para avançar para o mundo seguinte, vão encontrar alguns inimigos… escusado será dizer que vão ter que os enfrentar. Não se preocupem, porque se este não for o primeiro videojogo que estão a explorar vão achar as mecânicas de combate um pouco simples demais, no máximo existe um combo de duas teclas e mesmo para lutar contra os boss a mecânica é a mesma… mover o vosso protagonista e carregar em duas teclas (nunca ao mesmo tempo).

Se por acaso forem capazes de perder os quatro corações que constituem a vida da vossa personagem não se preocupem, vão renascer exatamente no mesmo sítio e se perderem algumas moedas não são suficientes para que se venham a aperceber disso.

Para saltar de plataforma em plataforma basta carregar na tecla que aparece no vosso ecrã. Se aqui poderia existir a possibilidade de ter um pequeno desafio, isso não acontece pois a tecla que têm que carregar é sempre a mesma.

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Um dos pontos fortes deste jogo seria a possibilidade de conseguirem construir em qualquer lado. A qualquer altura podem fazer uma construção para vos ajudar na vossa missão ou só mesmo porque vos apetece ter um meio de transporte novo. E LEGO é mesmo isso não é? Construção! É pena que para construírem apenas tenham que ir ao livro de construções, selecionar a construção que querem e carregar na tecla para construir… está feito. 

Embora sejam precisas peças de diferentes cores dependendo do que querem criar, a verdade é que nunca tivemos que pensar nisso pois as peças são tão simples de adquirir que se torna muito improvável passar pelo cenário de falta de peças.

O jogo, a partir de certo momento, oferece ainda a possibilidade de fotografar e guardar as nossas aventuras no álbum do jogo na nossa plataforma de eleição. Este modo oferece vários filtros, alguns deles bastante engraçados mas que não passa disso… algo engraçado que nos ajuda a mais tarde recordar os locais por onde passamos no decorrer de The LEGO Movie 2 Videogame.

No que toca à imagem importa ainda referir que os controlos da câmara não são de todo o melhor, o que faz com que se torne complicado mover o personagem em espaços mais apertados onde acabamos a ver o topo da cabeça de Emmet ou mesmo alguns saltos que acabam por correr mal pois para além do salto conseguimos rodar a câmara em 180 graus… não propositadamente está claro.

Considerações finais

The LEGO Movie 2 Videogame é um jogo que faz sentido para os amantes da marca e para os verdadeiros fãs dos filmes, pois atua quase como uma expansão ao que se passa no grande ecrã, apresentando várias referências às personagens dos dois filmes. Sendo um jogo que consegue ser divertido em grande parte do decorrer da história não é um jogo para toda a gente pelo seu caráter simples e pela falta de desafios que nos façam querer ficar agarrados ao comando.

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Este novo título da WB Games é o videojogo ideal caso esteja na altura de mostrar o fantástico mundo dos videojogos às crianças aí de casa [PEGI 7]. Músicas divertidas, personagens sempre alegres e os tão conhecidos blocos de construção… tudo isto aliado às suas características simples e as mecânicas fáceis de compreender fazem com que o título vá fazer as maravilhas dos mais novos.

The LEGO Movie 2 Videogame já se encontra disponível para macOS, Windows PC, Xbox One, Nintendo Switch e PlayStation 4.

N.R.: A análise a The LEGO Movie 2 Videogame foi realizada numa PlayStation 4 Pro com acesso a uma cópia da versão final do jogo gentilmente cedida pela Upload Distribution 

Análise The LEGO Movie 2 Videogame
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Jogo continuará a receber conteúdo de forma gratuita
Banda sonora bastante diversificada
Jogo ideal para os mais novos
Titulo demasiado simples para jogadores mais experientes
Câmara nem sempre se comporta nas melhores condições
6.5
EM 10
André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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