Análise Samsung Galaxy A31 – O gladiador da Samsung para o coliseu do mid-market

A gigante tecnológica sul-coreana posiciona-se numa situação complicada todos os anos no mercado mid-range. A franja de mercado de telemóveis budget está cada vez mais sobrelotada com inúmeras marcas a lançar vários dispositivos anualmente. Será que a Samsung consegue vingar numa parte de mercado dominada atualmente pelos os concorrentes Chineses?

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Mas o que é o Samsung Galaxy A31?

Este telemóvel apresenta-se como uma das opções mais baratas para entrar no universo móvel da Samsung. Apesar de ser um dispositivo criado para tentar ser o mais económico possível para o consumidor, a Samsung não cortou nenhuma curva no que toca as características que todos esperamos de um telemóvel Samsung.

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O A31 chega ao mercado com um ecrã Super AMOLED fazendo destacar-se perante os seus irmãos mais novos, o A21 e o A11. Olhando para a “gama A” da Samsung, o Galaxy A31 destaca-se pela sua bateria de 5000 mAh, ultrapassando até o A41. Aliado a uma boa bateria, e um ecrã considerado por muitos os melhores ecrãs no mercado móvel, temos características bastante boas para o preço do dispositivo.

Primeiras impressões

O A31 chegou em 2020 com um design modernizado, semelhante ao A51. É umas gramas mais pesado que os seus concorrentes diretos na gama A da Samsung por ter uma bateria maior que irá dar ao consumir mais tempo de utilização, o que é um ponto muito importante quando se comparar estes dispositivos.

No entanto, o Galaxy A31 não é o irmão perfeito. Quando comparamos com o A51 e A41 vemos que o A31 ainda tem molduras em torno do ecrã que parecem last-gen, e ainda com o notch superior em forma de U. Pessoalmente não sou fã deste tipo de notch, e espero que a Samsung em 2021 traga para toda a gama A o notch tipo “punch hole” que já tem em vários dos seus equipamentos.

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Apesar do Samsung Galaxy A31 ser construído com o alvo de ser um dispositivo de uma gama inferior para aqueles que procuram uma oferta mais económica, o seu corpo em plástico não deixa uma impressão de fragilidade na mão. Tem um corpo bastante rígido e dá alguma sensação de segurança quando comparamos com os rivais das grades marcas chinesas.

Segurança biométrica

O Galaxy A31 oferece duas formas de segurança biométrica, o reconhecimento facial e um leitor de impressões digitais, este segundo está presente por baixo do ecrã. Esta última é das tendências que mais está na moda, e quando é bem implementada é fantástico. Infelizmente, isso não pode ser dito em relação ao Samsung Galaxy A31. O sensor é bastante lento quando comparado com outros dispositivos moveis da mesma gama no mercado, e para complicar mais as contas, a taxa de falha é bastante alta. Por diversas vezes que o telemóvel teve de pedir a password após falhar aquela meia dúzia de vezes que tenta ler a impressão digital.

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Quanto ao reconhecimento facial não há muito a dizer, não é dos mais rápidos que se encontra hoje em dia, e a taxa de erro está dentro da média, ou seja, o número de vezes que não consegue identificar a nossa cara é tolerável.

Eye-candy

Com uma resolução de 1080×2400 pixéis, o Samsung Galaxy A31 tem uma densidade de pixéis de 411, o que é bastante bom para o tamanho de ecrã que tem. O Samsung Galaxy A31 é uma das opções mais baratas da Samsung que permite ao consumir usufruir dos fantásticos ecrãs Super AMOLED. Com uma capacidade de brilho e luminosidade quase inigualável no mercado, estes painéis são incríveis para usar tanto em interior como no exterior. Adicionalmente temos as já conhecidas características destes ecrãs, com as cores pretas a serem realmente pretas (sem branqueamento) e com as cores mais vibrantes do mercado.

Bateria para quase uma semana?

Quando precisas de fazer um carregamento completo para analisar o tempo de carga, e também analisar a duração de uma carga completa, e a bateria simplesmente não acaba… Pois, são estes os problemas de primeiro mundo de quem faz análise ao Samsung Galaxy A31…

Deixando o tom de brincadeira, já devem ter percebido que para além da grande bateria que o A31 tem (5000 mAh), este faz um uso muito económico da mesma. Com um uso normal diário de chamada, redes sociais, etc… conseguimos fazer 3 a 4 dias na mesma carga, que é bastante impressionante. Quando falamos de tempo para recarregar completamente o dispositivo, os tempos médios que obtivemos rondam as 2 horas e 40 minutos.

Performance e Gaming

É difícil considerar o Samsung Galaxy A31 “um maquinão” porque na realidade não é, nem tenta ser. A Samsung traz este dispositivo para o mercado com o chipset  MT6768 Helio P65 da MediaTek, e não com os seus próprios chips Exynos, que são usados em gamas superiores como o M21, M31 e o A51. Esta decisão realmente fica notória no desempenho do dispositivo, como em funcionalidades como gravação vídeo em 4K.

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Fizemos alguns benchmarks para ter melhor noção da performance quando comparado com os “rivais” da própria marca, e rivais de outras marcas. Em primeiro lugar temos o teste ao processamento linear de um único core, o que será uma representação do processamento computacional linear usado por maior parte das aplicações.

Podemos ver que neste cenário o MediaTek fica até um pouco à frente dos Exynos usados nas gamas superiores da Samsung. No entanto, para avaliarmos o comportamento deste dispositivo no dia a dia, com um uso normal de alternação de aplicações constantemente, temos de medir o processamento paralelo.

Estes resultados são também muito interessantes, pois este MediaTek consegue estar a par dos “rivais” mais caros da Samsung, o A51, M21 e M31. Apesar de no gráfico aparecer em último, a diferença de pontuação é algo que não seria bem notório em cenários normais de utilização. Isto é tudo muito bonito, mas qual é o significado? O Samsung Galaxy A31 é igual aos outros que são mais caros? Não é bem assim… dependerá sempre do uso que vamos dar ao telemóvel.

Para um uso do Samsung Galaxy A31 se baseia em usar aplicações de Email, Social Media (WhatsApp, Instagram, Facebook, TikTok, etc) recomendamos o A31 sim. É um bom dispositivo com uma excelente bateria e vai responder a todas as necessidades, e por um preço inferior.

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No entanto, grande parte dos nossos leitores são ávidos na arte de jogar, e precisam de ter acesso aos seus jogos on the go. E aqui coloca-se a questão, será que o Samsung Galaxy A31 vai responder quando precisamos de todos os FPS disponíveis? Quando começamos a juntar renderização gráfica ao processamento é quando o MediaTek começa a ficar para trás. Fizemos dois benchmarks bastante comuns e conhecidos para comparar com outros dispositivos.

Em primeiro lugar temos um teste conjunto da AnTuTu onde vemos os poderosos chips Exynos da Samsung a trunfar a MediaTek.

Por fim temos um teste da 3DMark OpenGL, onde conseguimos ter uma leitura do desempenho da capacidade de renderização. Novamente temos os chipsets da Exynos a mostrar o seu valor.

Em jogos mais exigentes como PUBG ou Fortnite realmente nota-se que este dispositivo está fora da zona de conforto. Por isso se este tipo de jogos é algo para o qual o leitor tenciona usar o dispositivo, então neste caso estará melhor servido com um Samsung Galaxy A51 ou M31 (dentro desta gama mid-range).

Mas será um caso perdido para usufruir de uma boa experiência gaming?

Resposta curta, não. Mas com um preço associado.

Felizmente vivemos num mundo onde existe o Xbox Game Pass Ultimate que oferece um serviço de cloud gaming. Atualmente com o serviço disponível apenas para Android, através de uma subscrição ao Xbox Game Pass Ultimate temos acesso a uma biblioteca inacreditável de jogos, prontos a serem jogados, sem downloads, à distância de um clique.

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Para esta análise testamos vários jogos no Xbox Game Pass, numa rede Wi-Fi doméstica, onde não tivemos qualquer problema, correndo todos os jogos através do xCloud. Deixamos de seguida dois pequenos clips de vídeo onde jogamos DiRT 5 e Madden NFL 20 através do serviço de Cloud Gaming da Xbox.

Para além deste serviço de Cloud Gaming da Xbox, a Google também já lançou a sua oferta de Cloud Gaming em Portugal, o Stadia.

Considerações finais

A gigante sul-coreana apresenta-se com duas gamas de telemóveis muito próximas e com vários modelos, são elas a gama A e a M. Apesar de na teoria estas duas gamas se espaçarem em dois segmentos diferentes de mercado, a realidade é que com retalhistas a fazer promoções torna-se bastante difícil para o consumidor conseguir escolher um dispositivo entre as várias dezenas de opções quando juntamos as marcas rivais.

O Samsung Galaxy A31 na altura de escrita deste artigo é um dispositivo que ronda os 200€, variando o preço consoante o retalhista escolhido. Neste patamar há muita oferta, mas o Galaxy A31 consegue destacar-se pela sua grande bateria e boa gestão da mesma, assim como a grande vantagem de possuir um dos melhores ecrãs do mercado, os Super AMOLED da Samsung.

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Conseguimos recomendar este dispositivo a alguém que pretenda um telemóvel de boa qualidade e de uma marca fiável. A Samsung consegue dar um bom suporte ao cliente em Portugal, o que não pode ser dito de algumas marcas rivais. Se o uso que o leitor dá ao dispositivo móvel é o dito “normal”, ou seja, chamadas e mensagens, aplicações das respetivas redes sociais, o Samsung Galaxy A31 irá garantir essas necessidades e por um bom preço.

Para alguém que pretenda um uso mais avançado e exigente do seu terminal como, por exemplo, usa-lo como estação de gaming, o Samsung Galaxy A31 não será a melhor escolha. Nestes casos recomendamos um dispositivo superior (mas também mais caro), como o Samsung Galaxy A51 ou o M31.