Análise Pokémon Let’s Go: Uma maravilhosa viagem ao passado

O primeiro jogo na série data de 1996, lançado unicamente no Japão, Pocket Monster Red e  também a sua versão Green era o primeiro título daquele que viria a ser uma das séries mais famosas, não só do mundo Nintendo mas, de todo o universo dos videojogos.

Os pequenos pocket monsters chegaram ao continente europeu três anos depois, em 1999, com as versões Red e Blue. No ano de 2000 chegava à Europa Pokémon Yellow, uma edição especial que trazia na capa o famoso Pikachu.

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As primeiras versões de Pokémon passavam-se em Kanto, uma região onde as 151 espécies de Pokémon se encontravam espalhadas por áreas com diferentes características geográficas e que iriam influenciar o tipo de Pokémon que encontrávamos. Para além de todos os Pokémon a região também é habitada por humanos, não fosse ela inspirada na região Japonesa de Kantō.

Mais de 20 anos depois do lançamento original voltamos à região de Kanto, desta vez através do lançamento de Pokémon Let’s Go para a Nintendo Switch. O jogo foi lançado no dia 16 de novembro e conta com duas edições: Pikachu! e Eevee!

 

 

De volta a Kanto, deste vez com Eevee

Pokémon Let’s Go leva-nos de volta ao início da aventura e tal como nas primeiras versões da série vai-nos ser possível encontrar os 151 Pokémon originais, mas com um bônus… em Pokémon Let’s Go temos disponíveis as mega evoluções destes Pokémon (que aparecem originalmente em Pokémon X / Y e nas edições Omega Ruby / Safira) e ainda as suas formas Alolan lançadas originalmente em Pokémon Sun e Moon.

Tal e qual como nos jogos originais começamos Pokémon Let’s Go com o companheiro que escolhemos (ao qual podemos fazer festas, brincar ou até dar algumas berries para deixar mais feliz), a única diferença é que aqui a escolha é feita no momento da compra e não quando nos encontramos com o Professor Oak. Quem escolher a edição Pikachu terá como primeiro companheiro o monstrinho amarelo, já o adorável Eevee fará companhia a quem tirar da prateleira (ou da eShop) a edição alusiva a este Pokémon. 

No novo título Pokémon, que pode muito bem ser visto como um remake da versão Yellow ou mesmo um aquecimento para o que está para chegar em 2019, um mundo bastante intuitivo… ideal para novos treinadores ou para aqueles que querem matar saudades das muitas horas que passaram agarrados ao Game Boy Colour. Pokémon Let’s Go apresenta-se com uma jogabilidade bastante simples e com a mesma ideia que nos foi apresentada em 1996, andar de cidade em cidade enquanto nos encontramos com outros treinadores para ganhar experiência e algum dinheiro (ideal para aquelas Ultra Balls ou Revives que podemos comprar nas lojas em cada cidade que visitamos). Pelo caminho vamos também encontrar Pokémon que podemos capturar ou mesmo evitar, basta que para isso passemos fora do seu campo de visão.

É aqui, no momento da captura de cada Pokémon, que começamos a perceber a influência de Pokémon Go, lançado em 2016 para dispositivos móveis. A forma de captura vai mudar caso esteja a jogar em modo handheld com os joy-cons na consola ou num monitor com os joy-cons fora da consola, existe ainda o acessório Poké Ball Plus que é usado para capturar cada um dos Pokémon.

Caso queira mesmo apostar no modo nostalgia máxima e jogar em modo handheld capturar Pokémon é tão simples quanto fazer pontaria, usando os sensores da consola, e carregar na tecla para lançar a Poké Ball. Neste modo diria que as probabilidades de acertar no alvo estão a rondar os 100% e que embora possa falhar a captura as hipóteses são muito reduzidas dado que a única coisa a que tem que dar atenção ao ao timing do lançamento.

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Se optarem por jogar com os joy-cons fora da consola fiquem a saber que a tarefa de apanhar um Pokémon pode ser mais complicada já que terão que ter em atenção não só o timing mas também a pontaria, dado que a direção é dada tendo em conta para onde estão a apontar o joy-con em uso.

A referência ao joy-con na sua forma singular é feita de forma propositada pois o jogo está desenhado de forma a que cada jogador só precise de usar um comando, o outro pode ser partilhado com alguém e assim ter a mesma experiência de jogo mas em co-op. Basta abanar o segundo joy-con e já está… podem passear por Kanto acompanhados e mesmo apanhar cada um dos Pokémon atirando duas Poké Balls em simultâneo (aumentando as probabilidades de captura) ou mesmo participar nas batalhas com outros treinadores com ajuda do vosso companheiro (ou companheira, obviamente) de viagem.

Um RPG que une os jogadores

Durante a nossa viagem, de cidade em cidade, vamos deparar-nos com muitos Pokémon o que por vezes pode fazer alguns treinadores quererem evitar aquele rattata que está sempre a aparecer ou mesmo o pidgey que insiste em voar perto de nos a cada canto do mapa. Se são novos no mundo de Pokémon o conselho que vos podemos dar é que, pelo menos na fase inicial do jogo, não evitem nenhum destes Pokémon e tentem participar em todos os confrontos possíveis com outros treinadores. São estas capturas e estes confrontos que vão dar experiência aos vossos Pokémon para que estes subam de nível, nível esse que vai ser necessário para combater em alguns ginásios.

Por isso, mesmo que o vosso sonho seja viajar por Kanto para completar o vosso Pokédex e não tenham interesse em apanhar Pokémon “repetidos” pensem duas vezes… podem ser importantes.

Como é descrito neste artigo do Meus Jogos, mais à frente no jogo (cerca de 20h de gameplay) vão poder conectar o vosso dispositivo com Pokémon Go à vossa Nintendo Switch com Pokémon Let’s Go e partilhar as criaturas de Pokémon Go com Let’s Go.

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No que toca a interação com outros treinadores é ainda possível fazer batalhas, quer seja através de internet ou de uma comunicação wireless entre Nintendo Switch próximas uma da outra. As batalhas dividem-se em batalhas singulares ou em pares, e podem ser disputadas a qual altura do jogo, basta que se sinta confiante o suficiente para levar os seus Pokémon à luta.

Esta comunicação permite também fazer a troca de Pokémon com outros treinadores. Estas possibilidades de interação entre diferentes consolas / diferentes treinadores faz com que os jogadores se sintam mais próximas, com que haja mais interação humana… Algo que a franquia japonesa, bem como a própria Nintendo, sempre tentou.

Considerações finais

Não há muito mais a dizer sobre Pokémon Let’s Go, apenas que é o que a franquia Pokémon mais precisava depois do sucesso de Pokémon Go. Tem o que é necessário para puxar novos jogadores para a série japonesa ao mesmo tempo que consegue manter os entusiastas da franquia agarrados à consola, uns porque realmente querem consumir tudo o que existe deste fantástico universo, outros porque o shot de nostalgia é tão forte que é impossível resistir.

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Pokémon Let’s Go: Pikachu! e Eevee! já estão disponíveis para a Nintendo Switch e podem ser encontrados tanto na eShop da Nintendo como em lojas físicas. Podem ainda encontrar uma versão especial com a inclusão do acessório Poké Ball Plus.

 

N.R.: Esta análise foi realizada com acesso a uma cópia de Pokémon Let’s Go: Pikachu! e Eevee! para a Nintendo Switch, cedida pela Nintendo Portugal

Pokémon Let’s Go
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Co-op
Adição das mega evoluções
Apanhar Pokémon torna-se bastante divertido
Não traz nada de novo
9
EM 10
André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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