Em 2015 a Moon Studios fazia chegar ao mercado aquele que era o aparecer de uma nova franquia de jogos de plataformas, ao bom estilo metroidvania, para as consolas Xbox e para Windows PC. Ori and the Blind Forest apresentava-nos o nosso novo heroi, Ori, a explorar um mundo com uma arte divinal, uma narrativa simples mas com bastante emoção e, claro, uma banda-sonora que nada lhe ficava atrás. Depois de o primeiro título ter chegado às consolas Nintendo Switch em 2017, é altura de, em 2020, ficarmos a conhecer a sequela da primeira aventura de Ori: Ori And The Will Of The Wisps.
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Mas, depois de uma entrada em grande, com a critica especializada a ficar apaixonada pelo primeiro título, será que Ori And The Will Of The Wisps cumpre as expectativas?
Um novo mundo, o mesmo herói. Depois de um início de narrativa bem animador e com uma mensagem de entreajuda, com novos elementos na família, uma tempestade faz com que tudo mude e Ori encontra-se novamente sozinho, com um mundo cheio de obstáculos para explorar enquanto procura por Ku. O recém-nascido filho da personagem antagonista do primeiro jogo é o mote para a nossa aventura com Ori neste Ori And The Will Of The Wisps.
A luz
Ao começar a narrativa de Ori And The Will Of The Wisps, isto pode aplicar-se mesmo a quem não jogou o primeiro título, depressa percebemos as mecânicas do jogo, como é que ganhamos habilidades de combate ou mesmo certos skills que acabam por nos ajudar no decorrer da história. Neste sentido a Moon Studios fez um grande trabalho, ajudando qualquer tipo de jogador a adaptar-se rapidamente ao estilo metroidvania que Ori contínua a apresentar.
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Com o decorrer da narrativa vamos tendo oportunidade de fazer upgrade às nossas habilidades, o que ajuda a ultrapassar alguns inimigos ou mesmo a abrir certas áreas do mapa que se encontram bloqueadas até conseguirmos acesso a uma determinada habilidade. Em Ori And The Will Of The Wisps existem dois tipos de habilidades:
- As habilidades ativas, como por exemplo restaurar a vida ou mesmo atacar. Para além de gastarem energia, só podemos ter três destas habilidades acionadas. Isto acontece porque temos que mapear cada uma das habilidades a um dos botões do comando Xbox, sendo que o A já se encontra ocupado pelo salto.
- Já as habilidades passivas podem ser adquiridas com os Spirit Light Orbs que vamos adquirindo ao longo da nossa jornada. Estas habilidades estão sempre connosco e não precisamos de ativamente aciona-las sempre que as queremos. No entanto, é preciso ter em conta que só podemos ter três destas habilidades ativas, mas podemos trocar de habilidades as vezes que quisermos.
Se o balanço entre acessibilidade e dificuldade fazem com que a jogabilidade de Ori And The Will Of The Wisps esteja perto da perfeição, a arte presente no jogo faz com que as batalhas com o mais feroz dos inimigos sejam um verdadeiro suplício, não porque o sistema de combate é fraco, muito pelo contrário, mas sim porque demos por nós a não querer aniquilar uma criatura tão bela. Se podemos dizer que os bosses desta segunda entrada da franquia estão mais bonitos também temos que dizer que estão mais capazes, tornando num verdadeiro jogo de nervos quando tentamos ultrapassar alguns dos bosses que se metem entre nós e o nosso destino.
O combate é equilibrado, sendo fácil de dominar, mas com alguns segmentos onde, como referido anteriormente, acabamos por ganhar alguns cabelos brancos de tentar e tentar sem conseguir ultrapassar o inimigo, de grandes dimensões, que temos pela frente.
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Embora o mais pequeno dos inimigos consiga danificar a nossa barra de vida com o mais vulgar dos golpes a verdade é que o mapa de Ori And The Will Of The Wisps está bem munido de orbs que nos vão restaurando a vida perdida, isto sem falar de habilidades que fazem o mesmo caso tenhamos energia para gastar. O que também existe em bom número no decorrer da nossa aventura, e como não podia deixar de ser, são itens para encontrar, alguns deles bem escondidos, mas nos quais acabamos por tropeçar… nem que seja num beco sem saída.
A Sombra
Não há muito que se possa dizer no que toca a pontos negativos de Ori And The Will Of The Wisps. Porque, se quando começámos a fazer a nossa análise existiam alguns problemas relacionados com frame rate que mostravam que o título não estava bem otimizado para consolas como a não tão poderosa Xbox One S, a verdade é que após passarmos a nossa análise para um PC gaming através do Play Anywhere da Xbox, a performance do jogo melhorou de forma considerável.
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E antes que comecem a pensar que vão ter problemas a jogar na vossa Xbox One S ou mesmo na Xbox One S All Digital, a razão pela qual atrasámos a nossa análise foi para assim conseguirmos atualizar o título na Xbox One S e verificar se os problemas de performance continuavam depois do, já disponível, Day 1 Patch instalado. E a verdade é que temos boas notícias – A performance melhorou e está agora ao nível daquela encontrada no Windows PC. Importando apenas referir que este jogo encontra-se otimizado para conseguir aproveitar todo o poder da Xbox One X.
Considerações Finais
No fim de contas, Ori And The Will Of The Wisps é um trabalho fantástico da Moon Studios, combina a quantidade ideal de dificuldade em combate com puzzles bastante interessantes, uns mais difíceis que outros, mas que nunca se tornam frustrantes. Tudo isto, aliado a uma banda sonora belíssima e um estilo artístico muito próprio.
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Se gostam de jogos de plataforma 2D que se enquadram no subgénero que é o metroidvania, este Ori And The Will Of The Wisps é sem dúvida alguma um jogo obrigatório. O título fica disponível no dia 11 de março de 2020 para as consolas da família Xbox e também Windows PC, na mesma data os subscritores do serviço Xbox Game Pass podem também fazer download e começar a aventura.
N.R.: A análise a Ori And The Will Of The Wisps foi realizada numa Xbox One X e em Windows PC com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente cedida pela Xbox Portugal.