Honestamente fazem falta mais jogos de terror com cenário espacial, já que desde Dead Space, contam-se poucos que cumprem com estes requisitos. Moons of Madness não é um jogo de ação, mas tem suspense suficiente para que nos deixa agarrados à sua narrativa até ao fim, se bem que com alguns percalços.
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Mas será que satisfaz a necessidade de quem gosta deste tipo de jogo?
Isolamento no espaço
Somos Shane Newehart, um engenheiro colocado na base Invictus em Marte. Rapidamente temos noção que algo está errado quando há uma falha energética e temos de sair da base para reparar os painéis solares que a alimentam. Sentimos que não são só as condições adversas da atmosfera marciana que nos começam a complicar a vida quando vemos diante dos nossos olhos, algo de estranho a invadir os espaços da nossa base. E quando estamos em Marte, isso pode ser muito complicado.
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Moons of Madness é um jogo de exploração com vários puzzles, ambientais e não só, que se sobrepõem à ação, ou seja, é um walking simulator com algumas partes de ação, mas em que o suspense é predominante. Em Moons of Madness, passamos a maior parte do tempo a ver e-mails, a encontrar novos cartões de segurança para aceder a novas áreas e a usar o nosso fiel companheiro scanner para analisar qualquer coisa fora do comum. O scanner também serve como uma ferramenta útil para nos ligarmos a qualquer sistema informático que temos de aceder.
Os puzzles que vamos enfrentando na nossa aventura servem também para nos contar um pouco da narrativa, não estão só lá por estar, mas fazem com que tenhamos atenção a todas as notas que encontramos, aos e-mails, a explorar cada canto da base e de todos os cenários que nos apresentam. Uns mais difíceis que outros, frustrantes também, mas que não retiram nenhum prazer da experiência. Claro que já fizemos alguns noutros jogos do tipo, mas perante o problema que temos, não são descabidos. O que é certo é que são todos uma maneira de progredirmos na história e de um momento assustador para o outro.
Marte é assustador ou não?
Quando Moons of Madness começa a aumentar a sensação de medo, torna-se uma experiência um pouco estranha. Desde mensagens rabiscadas nas paredes a sombras nos cantos do nosso campo de visão, sentimo-nos, bem como Shane, constantemente em perigo. Existe alguma variedade de inimigos, mas não combatemos com elas. Temos de achar maneira de fugir ou com ajuda do nosso scanner, entrar nos sistemas de segurança para escapar ao perigo. Só podemos dizer que vão ver muitos tentáculos ao longo da vossa tentativa de sair de Marte. O planeta vermelho cria um cenário incrível para esta aventura de “terror cósmico”, e os segmentos ao ar livre incutem o sentido de ambiente inóspito e assustador de um cenário que desconhecemos… ou seja, realista e solitária.
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Mas esta base parece realmente um local arrancado de um filme de ficção cientifica série B, e o seu público alvo também é esse. A Rock Pocket Games fez um trabalho notável em alguns detalhes imersivos. Temos de manter o nosso oxigénio sempre em limites aceitáveis, trancar portas quando entramos e saímos de espaços pressurizados, e isso, mesmo que nos faça perder algum tempo, faz parecer real a vida em Marte.
Mas passar estes tempos complicados em Marte tem o seu preço. A história que nos apresenta Moons of Madness tem o seu bom e mau… passa entre o bom e o medíocre com alturas que perdemos o fio da narrativa e isso nota-se. As alturas em que tem os pés no chão, chega a ser tudo o que queremos num conto de sci-fi, mas depois roça o entediante em algumas partes e isso tem o seu preço. Tem pontos altos e baixos onde em alguns momentos compreendemos o que se passa, e noutros estamos totalmente a leste do que se passa. O final ata algumas coisas, mas não completa toda a experiência.
Considerações finais
Moons of Madness já se encontra disponível para Windows PC, Xbox One e PlayStation 4.
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N.R.: A análise a Moons of Madness foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a um cópia do jogo, gentilmente cedida pela Evolve PR.