Análise Just Cause 4: Explosões, explosões e mais explosões

Just Cause fez a sua primeira aparição em 2006, um jogo onde o caos era a palavra de ordem e onde o principal objectivo era aniquilar inimigos. Doze, sim 12, anos depois chegou Just Cause 4, disponivel para PlayStation 4, Xbox One e Windows PC. Aqui o caos continua a reinar, e se são adeptos de ambientes caóticos então a diversão é garantida. Mas não se preocupem, entre explosões, tiros e helicópteros em queda terão missões mais calma para concluir.  

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Quando surgiu a oportunidade para analisar Just Cause 4 fiquei um pouco apreensivo, era a minha primeira vez a jogar um dos Just Cause e normalmente prefiro jogos mais calmos. Este Just Cause 4 é loucura na essência da palavra, dá para tudo, andar de carro, mota, barco, avião até para saltar de pára-quedas… isto tudo enquanto coisas explodem á nossa volta e inimigos são aniquilados. E o mapa? Bem o mapa… existem jogos com mapas grandes, jogos com mapas enormes e depois temos Just Cause 4. Que mundo aberto fantastico.

Não existem momentos propriamente calmos, o título consegue trazer ação a qualquer parte do mapa, Just Cause 4 é um título de ação, como aqueles filmes que gostamos de ver ao domingo. Tiros, explosões e algum drama lá pelo meio. Mas nem tudo é maravilhas neste jogo dos Avalanche Studios, existem coisas que mereciam um pouco mais de atenção, mereciam ser polidas de outra forma.

Que mapa!

Nunca fui grande entusiasta de jogos open world, aqueles com mapas enormes onde temos que atravessar o mundo vezes sem conta para completar as missões. A minha ideia deste tipo de jogos mudou, muito por culpa de Red Dead Redemption 2, e entrei no mundo de Just Cause com a mente aberta e com a ideia que teria muito para explorar.

A primeira experiência que tive no mundo gaming foi com o Spectrum 148k, tenho por isso já algumas horas de jogo e passei pelas diferentes fases da indústria. Com o passar dos anos e com as responsabilidades a aumentarem comecei a deixar de lado os jogos que consomem muitas horas, até porque o tempo é cada vez mais escasso e procuro principalmente jogos que me ofereçam diversão imediata, e este Just Cause 4 faz isso muito bem. Temos missões para completar está certo, mas a verdade é que o mapa deste título é uma enorme fonte de diversão, o que me fascinou desde o momento em que liguei a consola para começar a trabalhar nesta análise.

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O mapa de Just Cause 4, como sería de esperar, é um território muito rico. De uma ponta a outra podemos encontrar montanhas, rios, aldeias, cidades e até pequenas aldeias perdidas no meio de uma montanha. Temos zonas de deserto, zona de floresta e até zonas onde a paisagem é branca de tanta neve que tem. Para explorar este mapa comecei o jogo sem dar grande importância às missões, diverti-me a procurar confusão com os inimigos que não param de aparecer em todas as partes do mapa… há sempre alguém disposto a dispara contra a nossa personagem.

A melhor forma para procurar por mais ação é o uso de uma ferramenta, bem conhecida dos amantes dos jogos da série, o Grappling Hook. Com este pequeno gancho conseguimos atingir inimigos, prender carro, ou mesmo subir ao topo de um edifício e tentar apanhar um dos avioes ou helicopteros que vão passando. Para além disso permite-nos, quando estamos a pé, passar do ponto A para o ponto B em segundos… ótimo para surpreender inimigos ou mesmo para sair de forma rápida de uma situação mais complicada.

Muito caos, mas então e as missões

Talvez seja aqui que Just Cause 4 mais perde, a narrativa do título poderia estar bem mais desenvolvida. A mecânica de cada missão é bastante simples de compreender mas o facto de, na minha opinião, não existir uma sequência lógica de uma missão para a outra faz com que tivesse sido difícil querer passar de uma missão para outra. Tal como noutros jogos do género existem missões bastante simples, hackear um sistema de segurança ou abrir um portão são alguma das coisas que temos que fazer. Este tipo de missões simples, em que temos que viajar do ponto A ao ponto B encontrando entre os dois pontos centenas de inimigos faz com que o nosso foco passe para a ação caótica do jogo e a narrativa fique o pouco esquecida, menos inimigos ou um cliffhanger no fim de cada missão podiam fazer com o jogo se torna-se muito mais cativante.

A única forma que o jogo teve de me deixar agarrado às missões foi o facto de com o avançar da narrativa e com a conclusão das missões conseguir ter acesso a mais viaturas, mais armas, conseguir aperfeiçoar o tal ganho que referi anteriormente… e claro ter acesso a outras partes do mapa onde podia procurar por mais momentos de tiros e explosões.

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Com o descobrir de mais partes do mapa consegui também perceber algo de fascinante, e muito bem executado neste título. As condições climatéricas e as mudanças que se fazem sentir de um momento para o outro, fazem com que a mesma base inimiga tenha que ser atacada de formas diferentes… temos tempestades de areia, nevões, trovões e até um tornado que vamos encontrando pelo mapa.

A diversidade climatérica em conjunto com o mapa gigante fazem deste Just Cause 4 um jogo bastante apelativo. Com uma narrativa mais profunda e com melhor ligação entre missões teríamos aqui um título de enorme sucesso.

Porque tiros e explosões não são tudo, existem falhas que devem ser corrigidas…

Como já referi anteriormente o mapa e a acção deste título fazem-no um jogo bem apelativo. Mas isto não é, nem pode ser, tudo. Existem algumas falhas que podem, e devem, ser corrigidas em atualizações futuras. O frame rate do jogo podia ser bem melhor, pelo menos quando testado numa PlayStation 4. Viagens mais rápidas entre dois pontos do mapa fazem com que se note que o trabalho gráfico do jogo poderia ter sido mais polido, o tempo de resposta com o DualShock 4 também não é o melhor o que faz com que uma situação em que estamos rodeados de inimigos se torne mais difícil de ultrapassar… mesmo com o gancho que temos disponível, pois até esta ferramenta por vezes funciona menos bem.

Considerações finais 

Faz parte da minha missão, enquanto estou a analisar um jogo, perceber o qual o grande objectivo do jogo… o que é que os developers tinham em mente para o jogo, e perceber também se o conseguiram fazer ou não.

A grande visão para Just Cause 4, na minha opinião, seria a de um jogo capaz de proporcionar horas de diversão a quem ousa pegar em Rico Rodriguez e se lance à aventura enquanto vai destruindo bases inimigas.

Depois de um dia de trabalho nada melhor que fazer isso mesmo, libertar algum stress com a ajuda de Rico Rodriguez, e quem sabe ainda sobre tempo para pilotar um avião ou andar de jipe pelo meio da montanha… e quem sabe fazer mais uma missão.

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Just Cause 4 é o jogo que nos permite ligar a consola e ter diversão imediata, sem ter que pensar muito. Se procuram um jogo que vos faça pensar, com uma história mais consistente existem outras opções… mas as cenas de combate fantásticas, momentos hilariantes e uma liberdade incrível fazem deste jogo o ideal para aqueles momentos em que só queremos jogar para passar um bom bocado.  

O jogo já se encontra disponivel para Xbox One, Windows PC e PlayStation 4.

N.R.: A análise a Just Cause 4 foi realizada com acesso a uma cópia da versão final do jogo para PlayStation 4, gentilmente cedida pela Ecofirma

Just Cause 4
Reader Rating1 Vote
9
Mapa gigante e mudanças climatéricas
Condução de veículos
Ação no seu estado mais puro
Narrativa pouco desenvolvida
Missões pouco variadas
Trabalho de grafismo poderia ser mais polido
7.5
EM 10
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