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Análise Judgment — Já conhecem a cidade de Kamurocho?

Autor convidado – André Ratola
O título que me traz até aqui hoje foi lançado recentemente para PlayStation 4 e consegue, à sua maneira, transportar quem o joga para o Japão onde mistério e ruas escuras nos esperam. Desenvolvido pelos Ryu Ga Gotoku Studio e publicado pela SEGA, o jogo que conta com Toshihiro Nagoshi como diretor vem assim dar continuidade à serie Yakuza.
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Judgment tem lugar na Análise Judgment — Já conhecem a cidade de Kamurocho?, uma réplica da verdadeira Kabukicho no Japão. Uma cidade de entretenimento noturno que é controlada pelo “Tojo Clan”, a maior organização criminosa da Yakuza, a temida máfia Japonesa.

Mistérios para desvendar

A nossa personagem é Takayuki Yagami, um ex advogado que deixou a sua carreira após ter defendido um homem acusado de assassinato, ele ganhou o caso e o seu cliente após ter saído em liberdade assassinou a namorada. Com a sua reputação arruinada e consumido pela culpa, Yagami deixa a advocacia e abre uma pequena agência de detetives privados com o seu parceiro Kaito-San, um ex Yakuza.

Enquanto tenta desvendar quem é o misterioso assassino em série, Yagami vai resolvendo casos do seu antigo escritório de advogados, procurando por evidências. A par disto, a nossa personagem vai tendo missões amigáveis como ajudar pessoas que encontra nas ruas de Kamurocho, desde encontrar gatos perdidos a resolver problemas passionais. Yagami vai criar laços de amizade com estas personagens proporcionando recompensas e items exclusivos. Algumas das personagens poderão até vir a ajudar durante o jogo. Na cidade de Kamurocho é possível entrar em restaurantes para restabelecer saúde, entrar em lojas e comprar itens, ir a um salão de jogos e jogar nas máquinas arcade com jogos clássicos da SEGA.

Ao longo do jogo vamos vestir a pele de um verdadeiro detetive e para isso temos que tirar fotografias suspeitas, procurar por pistas nas cenas do crime, usar disfarces para conseguir entrar em certos edifícios, abrir fechaduras e perseguir suspeitos sem sermos vistos.

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Enquanto o nosso protagonista percorre a cidade vai sendo confrontado por pequenos grupos de delinquentes, o que estes não sabem é que Yagami é perito em artes marciais tendo desenvolvido duas técnicas de combate, Tiger e Crane; a primeira mais apropriada contra apenas um adversário, desferindo poderosos murros e pontapés, já Crane adequa-se a grupos pois dá mais importância à velocidade de movimentos como esquivar-se de golpes. Quando estamos numa luta também é possível agarrar objetos e atirá-los contra os nossos adversários. Podemos desbloquear novos golpes com o dinheiro que vamos ganhar das missões secundárias .

Apesar destes encontros de rua serem bastante acessíveis já contra um boss o caso muda de figura aumentando consideravelmente a dificuldade.

Voltando à história principal, tudo começa quando três membros da Yakuza são encontrados sem vida e sem olhos. Yagami não vai desistir até encontrar o verdadeiro serial killer numa tentativa de se redimir pelo que aconteceu há 3 anos. Uma história dramática, envolvente, mas perigosa que nos vai prender e querer investigar mais a fundo o que realmente se passou. Com um equilíbrio entre cenas de ação e de investigação e umas cut scenes incríveis, Judgment é um jogo muito bem conseguido.

Arte visual e gameplay

Bem à semelhança dos jogos anteriores da YakuzaJudgment é graficamente realista à sua maneira, uma estética agradável tanto nas pessoas; que podemos ver a andar livremente pelas ruas de Kamurocho, como nos carros que vemos a passar por nós no seu quotidiano. Em geral, a cidade está muito detalhada fazendo parecer uma cidade real, tanto de dia como de noite com a sua iluminação.
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Quanto ao gameplay, este jogo traz novos mecanismos como o modo de investigação em primeira pessoa, no qual teremos de investigar o local do crime, tendo por base tópicos que vão aparecer no lado direito do ecrã, por vezes até usar um drone para ter uma melhor perspetiva do local. Acontece também a Yagami ter de procurar por pessoas conforme a descrição que lhe é fornecida. Só depois de concluir estes tópicos o local terá sido investigado com sucesso. Quanto à perseguição de um suspeito, o nosso detetive vai ter de ser cauteloso e evitar ser visto, vão haver momentos em que o nosso alvo vai achar que algo não está bem e vai virar-se, no mesmo instante vamos ter de nos esconder por de trás de algo.
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Outro modo particularmente interessante é a perseguição em corrida em que Yagami começa a correr automaticamente, mas vai ter de se desviar de obstáculos que vão surgindo… Cabe-nos a nós premirmos os botões certos na altura certa para evitar que a pessoa escape.
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Também vamos poder interrogar suspeitos escolhendo as perguntas certas, mas aqui está o menos bom do jogo pois mesmo falhando não se perde praticamente nada, simplesmente continuamos a tentar fazer outras perguntasJudgment tem também o seu próprio seguimento e por vezes faz falta haver outras alternativas para resolver os mistérios à nossa maneira.

Consideracoes finais

Judgment é, para mim, um dos melhores jogos feito pela SEGA e podem esperar deste jogo cerca de 50 horas de entretenimento, com muito para fazer além da história principal. Um drama intrigante com muitas reviravoltas, narrativa muito forte e um excelente elenco. Tem tudo para nos prender do início ao fim.
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Judgment já se encontra disponível para PlayStation 4 e é certamente o jogo para vocês caso gostem de histórias envolventes acompanhadas de um bom gameplay.
Caso encerrado.
N.R.: A análise a Judgment foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a uma cópia do jogo gentilmente cedida pela EcoPlay.

 

Judgment - Im dos melhores jogos feito pela SEGA
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Qualidade gráfica de topo
História cativante
Diversidade das missões
Modo detetive demasiado simples
Dificuldade dos combates sem meio-termo
Gameplay repetitivo
4